31.12.09

FELIZ ANO NOVO!!!!


Meus queridos,

desejo que a virada de vocês seja um derrame de emoções e felicidade.

que a paz e a alegria estejam com todos nós.

Amanhã será, literalmente, um novo dia,

mas também um novo ano.

um 2010 cheio de novidades, sonhos e esperanças concretizadas.

sonhem, amem e aguardem...

no novo ano, nosso holofote estará voltado a novas entrevistas e reportagens.

beijo no coração !!!!

Luciana, do
Holofote Virtual

30.12.09

Retrospectiva - Lembranças de um ano cinematográfico

O ano do cinema em Belém começou em janeiro com várias mostras que pontuaram o Fórum Social Mundial.

Duas delas tiveram destaques, a oficial do FSM, que ocorreu no prédio central da UFRA, com mais de 50 filmes vindos dos quatro cantos do mundo, na grade de exibição, e a de filmes amazônicos, no cinema Olympia, promovida pela ABDeC-PA e parceiros.

O longa metragem “Mataram Irmã Dorothy” ainda não tinha estreado no circuito comercial e foi um dos destaques da mostra do FSM, com três sessões inteiramente lotadas.

Ao longo de 2009, vários cineclubes foram inaugurados, como o Pedro Veriano, na Casa da Linguagem, e o Inovacine, no espaço Ná Figueredo. Uma rede cineclubista inundou a cidade e invadiu a internet.

Foram inúmeras as ações de cinema de rua. O Corredor Polonês tinha atividade audiovisual quase que toda sexta-feira, infelizmente cessadas no segundo semestre. Já o Molcuma levou filmes para a praça Tancredo Neves da Marambaia.

Do ponto de vista das exibições, podemos citar, nesta breve retrospectiva, o I Amazônia Doc, que trouxe várias oficinas para a cidade, além de mostra com cinema documental da Amazônia brasileira e internacional; assim como a 4ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos da América do Sul”.

A Mostra Curta Pará Cine Brasil chegou ao seu sexto ano e trouxe, na abertura, a estréia de “O Sol do Meio Dia”, de Eliane Caffé, com vários atores do elenco paraense na tela.

O Festival de Belém do Cinema Brasileiro, este ano previsto para o mês de dezembro, ainda está na pendência. Na última vez que falei com o produtor Emanoel Freitas, o problema ainda esbarrava na captação de recursos.

Produções - Na prática, o ano também teve uma grande movimentação na produção. Só no segundo semestre rolaram os curtas “Uma Canção para Eleanor” (Walério Duarte) - prêmio MIS de Cinema – Edital Secult-2008 (que não teve nova edição em 2009); “Shala” (João Inácio), “Matinta” (Fernando Segtowick - Set do filme na mata do Utinga, na foto acima) e mais recentemente “Ribeirinhos do Asfalto” (Jorane Castro), todos premiados com edital do MINC para curta metragem.

Houve, ainda, a gravação da minissérie “Miguel Miguel” (Roger Elarrat – Prêmio Funtelpa-Minisseries-2009). Todos com estréia prevista para 2010.

Sobre "Matinta", "Ribeirinhos do Asfalto" e "Miguel Miguel" posso dizer que são três produções que trarão boas surpresas nas telas de 2010. Tive o prazer de trabalhar nas três empreitadas.

Nos dois primeiros, além das equipes ótimas, tivemos como protagonista a atriz Dira Paes (na foto em Ribeirinhos do Asfalto) que com certeza, com seu talento, soube ter o ano de 2009 em suas mãos.

Uma das atrizes que reconhecidamente é uma das mais atuantes no cinema brasileiro de longa metragem, fez aqui no Pará, numa tacada só, seus dois primeiros curtas.

Na minissérie "Miguel Miguel", outras gratas supresas na atuação de Henrique da Paz e na direção de fotografia de Carlos Ebert, veterano do cinema nacional.

Torço para que o diretor e roteirista da obra (baseada na homônima novela de Haroldo Maranhão), Roger Elarrat, consiga captar (ganhou certificado da Lei Semear) para realizar a finalização em película, nos presenteando com o tão aguardado longa metragem paraense, décadas depois de Líbero Luxardo.

O ano foi produtivo. Mas há pendências. O segundo prêmio Funtelpa para Minisséries não aconteceu. Até onde se sabe, os recursos destinados não foram repassados em tempo para a viabilização da produção que está à cargo de Walério Duarte.

O curta “Gatilheiro – a história de Quintino da Silva Lira” (Edital Secult -2008) está em andamento (foto ao lado).

De acordo com um dos diretores, André Miranda, as filmagens foram concluídas desde setembro, quando a equipe viajou para Viseu e mais de 10 comunidades da Gleba Cidapar, Santa Luizia, Capitão Poço, Ourém e Capanema.

Depois deste período, André me explica que houve problemática na aprovação da prestação de contas do filme, relativas a própria natureza do edital, como foi colocado à equipe pela setor jurídico e financeiro da Secult.

“Neste momento estamos esperando a segunda parcela da premiação, para poder dar continuidade a edição do filme”, disse André ao Holofote Virtual (na foto abaixo, set de Quintino...).

E fazendo uma varredura mais para trás de 2009, lembro também dos filmes que deveriam ter estreado este ano, como “Mãos de Outubro” (Vitor Lima – edital MIS de Cinema - Secult 2008) e “Quando a Chuva Chegar” (Jorane Castro - 2007), já prontos para serem lançados.

De acordo com a cineasta Jorane que produziu o primeiro e dirigiu o segundo, não há pauta disponível nos cinemas para os lançamentos.

Estes, juntam-se a uma outra lista, de filmes rodados, mas que não foram finalizados. Cito “Alice?” (Rubens Shinkai – ainda do II Prêmio Estímulo - 2003), “Era Uma Vez Carol” (Emanoel Freitas - MINC 2005) e “De Assalto” (Ronaldo Rosa - Independente - 2006).

O Holofote Virtual está completando um ano no ar e comemora com todos os leitores, nesta virada de ano, as conquistas de 2009. Tenho certeza que nesta breve retrospectiva deixei de falar sobre tantas outras ações. Por isso mesmo, deixo o espaço aberto à colaboração de todos.

Deixem em seus comentários outras lembranças cinematográficas, com votos de que, no ano que chega, mais filmes sejam feitos e que possamos vê-los todos nas nossas telas e nas de festivais espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Feliz 2010!!

28.12.09

Mestre Vieira toca na praia de Tambaú na Paraíba

A guitarrada vai dar o tom da programação Música do Mundo, no espaço Busto de Tamandaré, na Praia de Tambaú, na Paraíba. Mestre Vieira pega um avião nesta terça-feira, junto com Pio Lobato.

Vão levar a banda completa de Belém, com direito a percussão e teclados deixando o som da guitarrada original. O show acontece no dia 30. Sorte dos paraibanos que terão bem próxima a virada para 2010, a tão ilustre presença de Vieira.

Em 2009, Mestre Vieira fez inúmeros shows, não só no Pará. Ele também esteve em Belo Horizonte e mais recentemente, no dia 02 de dezembro, no Rio de Janeiro, onde se apresentou na festa de pré-lançamento do filme “A Todo Volume”, no Jockey Club.

A combinação não poderia ser melhor. Com direção de Davis Guggenheim o filme é um documentário sobre guitarras e guitarristas, que se passa no dia em que Jimmy Page, Jack White e The Edge se encontram pela primeira vez, para compartilhar suas histórias, ensinar e tocar.

Na platéia, formada na maioria por músicos, estavam também a atriz Dira Paes (na foto abaixo com Vieira) e o marido, o diretor de fotografia Pablo Baião, que se confessam fãs da guitarrada e estavam, há meses, com vontade de ver um show de Vieira. Foi a oportunidade.

Em 2010, o projeto de DVD “Mestre Vieira – 50 anos de guitarrada” sai da gaveta. Atualmente aprovado pela Lei Semear e em fase de captação, deverá ser produzido a partir do próximo mês de junho.

Acidente - Enquanto isso, na noite de 24 de dezembro, em meio a vários telefonemas de amigos que queriam desejar um feliz natal, levei um baita susto. Ao tocar o celular por volta das 23h, atendi Mestre Vieira, que foi logo me contando de supetão: Fui atropelado. O que? atropelado, Mestre? Ainda bem que nada foi grave. Ele caminhava próximo ao mercado de Barcarena quando uma moto, vindo do nada, o derrubou.

Não entrou em detalhes, mas disse que se machucou um pouco nas costas e bateu de leve a cabeça, e já estava bem. O encontrei hoje em Belém, na hora do almoço. Veio receber um cachê da Secult pela participação do Circutio Cultural Paraense, ainda do mês de agosto, em Tucuruí.

Feliz com a viagem para a Paraíba, ele também me disse que o CD “Guitarrada Magnética” está sendo bem procurado. Já vendeu 300 da cota que lhe coube e que acredita logo, logo será preciso uma nova tiragem.

É possível conseguir comprar o CD também via internet. Basta entrar em contato através do blog em homenagem ao mestre no endereço: http://mundialprog-ponteado-mestre.blogspot.com/ Falem com o Givaldo Pastana. Há também telefones de contato.

27.12.09

Tem projeto Somribeira neste domingo

Neste domingo, 27, aos que ainda tiverem fôlego depois das comemorações prorrogadas deste natal, aí vai a dica. A partir das 16h tem projeto Somribeira na Baiúca.

Na programação, shows das bandas Tio Nelson (foto), Banda H8, Mururé e Joelma Klaudia e Banda Flores Astrais, além da participação do DJ Porco Voador.

O ingresso custa R$ 10,00 ou R$ 5,00 + 1Kg de alimento não perecível.

A Baiúca fica na Rua Boaventura entre Almirante Tamandaré e Alenquer, no final da Tamandaré. Mais informações: (91) 8175-5909 / 8257-2309.


23.12.09

Sete anos de bravura e farra natalina

O Jingle Hell chega à sua sétima edição trazendo a melhor do natal depois do ritual sagrado da ceia e troca de presentes em família.

Texto: Se Rasgum.
Foto: Renato Reis

Desta vez, a festa será no Centro Cultural Cidade Velha (ex-Manzuá do Carmo), mais uma vez com o Presidente Elvis e seu único show anual.

Todo ano a mesma coisa. Mas beleza, tradição é tradição. Então, em Belém, o roteiro é assim: dar o presente do afilhado, deixar para montar o brinquedo na manhã seguinte, dar um abraço nos parentes e seguir para a Cidade Velha. Lá no Centro Cultural Cidade Velha você vai encontrar:

No palco, a banda Presidente Elvis, formada pelos produtores da Se Rasgum, se apresenta pelo sétimo ano consecutivo na festa natalina, transformando o show em um ritual sagrado (só para eles) da festa Jingle Hell.

Esse ano, com mais da metade da banda desfalcada, o Presidente Elvis terá três participações especiais: Cláudio Darwich (Nó Cego) no baixo, Marcelo Kahwage (Dharma Burns / The Baudelaires) na guitarra e Bruno (The Baudelaires) na bateria, que se juntam a Gustavo Rodrigues (voz) e Marcelo Damaso (guitarra), remanescentes da fundação da banda.

O repertório vem especial com clássicos do rock dos anos 70, 80 e 90, indo de Rolling Stones e David Bowie a Talking Heads, The Clash e Teenage Fanclub, algumas novidades e mais tudo aquilo que você já sabe que eles vão tocar.

Discotecagem - Na pista, o casal de DJs Aloizio e Natália mandam as pérolas do novo rock indie e britpop com os hits de 2009 e uma seqüência inesquecível com os melhores da década. Outro casal vai comandar a noite também, programando seqüências alucinantes de rock eletrônico: o Bembom de Geraldo e Mari Jares. Giovanni Bittencourt, da Durango 90, é mais um convidado que vai espalhar pela pista seus clássicos do rock nacional e internacional.

E do lado de fora, na pista 2 do Centro Cultural Cidade Velha, o balanço dos DJs Bina Jares e Salsix, com música brasileira, latina, bagaceira e beats globais.

Lista amiga - Para entrar na festa pagando 20 dinheiros, basta mandar nome completo para lista@serasgum.com.br com “Jingle Hell” no assunto. O ingresso custa 20 pilas. Depois não diga que Noel não avisou.

Serviço
Jingle Hell VII - 24 de dezembro. No Centro Cultural Cidade Velha (Rua Siqueira Mendes, em frente à Praça do Carmo). A partir das 0h30. Ingressos: R$ 25,00 ou R$ 20 com nome na Lista Amiga. Apoios: Rádio Unama e MTV Belém.

17.12.09

Fórum Landi fica movimentado com montagem de exposições e produção de cinema

O ritmo anda frenético no espaço do Fórum Landi, projeto dedicado à revitalização do Centro Histórico de Belém, com foco na pesquisa da obra arquitetônica de Antonio Landi, na Cidade Velha.

Por causa da proximidade das filmagens do curta “Ribeirinhos do Asfalto”, cuja base de produção está instalada ali, há mais de um mês, durante toda a semana, o clima foi ficando cada vez mais acirrado, com a preparação para o set.

Hoje, a equipe do filme ficou finalmente completa, com a chegada do diretor de fotografia Pablo Baião e de seu assistente, Pedro von Kruger, vindos do Rio de Janeiro.

Além de reuniões com toda a equipe, que somam mais de 40 pessoas, testes de equipamento, fechamento da ordem do dia e últimos ajustes do plano de filmagem, os atores também estiveram ensaiando. Nesta quinta, já contando com a presença de Dira Paes.

A atriz (na foto ao lado, com Pablo, à esquerda) chegou como sempre cheia de fôlego e vontade de filmar. Há dois meses ela estava em Belém, fazendo o “Matinta”, de Fernando Segtowick.

Voltou para o Rio, fez mais um longa, gravou o programa especial de final de ano, do rei Roberto Carlos, e agora, retorna a Belém, reencontrando no filme de Jorane Castro (mais abaixo, com a atriz, na foto), quase a mesma equipe de profissionais do curta anterior.

Esta semana, porém, o espaço Landi ficou mais agitado ainda com o início da montagem de duas exposições que abrem nesta sexta-feira.

“Entre cores e música, o brega é arte e saudade”, de Jair Júnior, e “Visualidade Ambulante”, de Marcone Moreira.

No passa pra lá e pra cá da equipe do curta, algo chama atenção de todos. Caixas de isopor ali “amontoadas” em um dos salões térreos da galeria do Landi, de um lado e, do outro, pinturas em forma de um LP vinil, de grandes figuras do brega e ídolos dos famosos bailes da saudade.

Não resisti e fotografei. Estão lá: Roberto Carlos, Reginaldo Rossi, Teddy Max, Mauro Cota, Jerry Adriani, Wanderley Andrade, Wanderley Cardoso, Alípio Martins e Cleide Moraes, entre outros artistas.

Jair Junior se inspira na visualidade colorida dos anúncios de festas de aparelhagem espalhados pelo bairro da Pedreira.

Marcone Moreira recria a atmosfera dos vendedores ambulantes, com seus isopores coloridos com fita adesiva, utilizado pelos comerciantes de bebida da orla da cidade de Marabá, cidade do artista.

Interessante como o curta ribeirinhos e a as duas exposições conseguem dialogar e se encontrar numa harmonia. Dira e o Rei. Isopores coloridos e os riberinhos de Jorane. Uma feliz coincidência que só aumenta as boas energias que chegam com as chuvas, intensificando atmosfera festiva de final de ano.

As filmagens começam pra valer nesta sexta-feira, em locação fora da cidade. Vão até dia 23, véspera da véspera de Natal.

Com a cidade em polvorosa, a equipe articula estratégias e planeja muito bem cada passo a ser dado para que o plano de filmagem se cumpra sem problemas.

Já as exposições, ficaram abertas até dia 29 de janeiro. Há bastante tempo para vê-la. Mas a abertura é já.

Nesta sexta, a partir das 19h, no Fórum Landi – Rua Sequeria Mendes, n. 60, na Cidade Velha.

Polichinello homenageia Acácio Sobral e promove lançamentos

Hoje, no Instituto de Artes do Pará, IAP, tem cena da Revista Polichinello. Na programação, exposição de inéditos de Acácio Sobral, artista plástico paraense falecido recentemente e palestra de Nilson Oliveira: “As linha de fuga de Acácio Sobral”.

Haverá ainda os lançamentos da revista n. 11 - A Besta Inominável e dos livros - com leituras de poemas - de Antonio Moura: A Sombra da Ausência, do Livro para distração na tragédia, de Paulo Vieira, e do romance: Girândolas, de Daniel Leite.

E a pojeção dos filmes KinemAndara - A Lua é o Sol e Fonte dos que dormem, de Vicente Franz Cecim, e da revista virtual Não Lugar.

Tudo isso, no Teatro e Hall de entrada do IAP, nesta quinta-feira, 17, a partir das 17h indo até 21h. Entrada franca. O IAP fica do lado da Basílica de Nazaré.

15.12.09

Desafios e experimentações no set de Ribeirinhos do Asfalto

Equipe coloca o blog do filme no ar a partir de hoje. Na foto ao lado, Jorane Castro e Adriano Barroso acompanham a prova de figurino, com Andrea Rezende e Mauriti.

Foto de Marcelo Lelis.

No quadro magnético da base de produção do curta “Ribeirinhos do Asfalto”, situada em ponto privilegiado na Cidade Velha, no Fórum Landi da UFPA, um alerta: Faltam 2 dias para as filmagens.

Isso causa frisson na equipe, mas é importante para ativar a adrenalina necessária com a qual todos estarão em contato durante os sete dias de filmagens, de 17 a 23 de dezembro, em Belém, Combu, Ananindeua e Marituba.

De estética documental, o novo curta da cineasta Jorane Castro oferece riscos e desafios à equipe formada por mais de 40 pessoas, sem contar com os 40 figurantes, selecionados apenas duas semanas antes do início do set.

Mais de 150 pessoas se candidataram. Na última segunda-feira foram feitos os testes de figurino, de Antonio Mauriti e maquiagem, que será assinada pela premiada maquiadora Sonia Penna (Madame Satã).

O elenco, definido há pouco mais de uma semana, é formado por Dira Paes e Adriano Barroso, já experientes. Barroso também assina a direção de elenco.

na foto, Célio Cavalcante. Ao fundo, o elenco reunido

Mas tem também os jovens atores Ana Letícia, vinda do curso de teatro da Unama, que viverá Deisi, filha de Rosa (Dira Paes) e Everaldo (Adriano Barroso).

E ainda Ives Oliveira, da graduação de teatro da Escola de Teatro e Dança da UFPA, que será Nazareno, o cobrador de ônibus.

No elenco ainda, mais um desafio, o menino Guilherme, que será Anderson, também filho do casal, e irmão de Deisi. Ele é morador do Combu e foi descoberto pela equipe de produção. Um ponto à favor, foi o fato de que ele sabe pilotar um barco, habilidade da personagem que vai viver no filme.

Nas participações especiais, nomes do circuito profissional de atores paraenses. Estão confirmados, Anne Dias, que será Dália, a prima que Rosa vem visitar em Belém; Andréa Rezende; Paulo Marat; Marcelo Vilela; Marton Maués e Marcelo Siqueira, o Feijão, do grupo "Os Palhaços Trovadores" (dirigido por Marton). Completam este elenco, Diego Costa, Rosilene Cordeiro e Emerson de Souza.

A produção, iniciada há pouco mais que um mês, tem direção do produtor Luís Laguna, que também assinou a mesma função no filme “Matinta”, de Fernando Segtowick. Rui Santa Helena, cenotécnico de tantos filmes do cinema paraense, assina pela primeira vez, a Direção de Arte.

Na produção, temos Wanderson Lobato (Quero ser Anjo) e Camilla Leal (Matinta). Teo Mesquita (Miguel Miguel), resolve a produção de set, é o nosso Platô. No still, o fotógrafo Marcelo Lélis (Miguel Miguel e Matinta).

Na direção de fotografia, Pablo Baião (Tropa de Elite 2, Matinta), com assistência de Pedro von Kruger. No som, Márcio Camara, que trabalha com Jorane desde "Mulheres Choradeiras" . Ele tem como assistente o paraense Mario Ribeiro.

Enfim, já não faltam dois dias, mas apenas um para começarmos a filmar. Nesta quarta-feira será feita a última reunião de equipe e de figuração.

A ficha técnica completa será publicada no blog do filme que já está no ar. É através da internet que o público interessado poderá acompanhar tudo que estará acontecendo no set de filmagem. O endereço é http://ribeirinhosdoasfalto.wordpress.com.

Na semana passada, entre muita correria e coisas para serem resolvidas, entrevistei a diretora Jorane Castro sobre a concepção do filme. As repostas dela estão logo abaixo. Confiram!


Como surgiu a idéia deste roteiro?
Jorane Castro: A idéia do roteiro surgiu da diferença que existe entre a cidade e as ilhas. São universos tão distantes e tão próximos que me pareceu um bom motivo para fazer um filme.

Além de ser muito rica cinematograficamente. Mas “Ribeirinhos do Asfalto” é um filme de personagens, apesar de ter sido provocado por uma situação estética.

Em linhas gerais quais os direcionamentos do filme?
Jorane Castro: A ação do filme se desenvolve em apenas um dia. Mas este dia muda a vida de todos os personagens principais. O filme mostra as relações humanas entre pessoas que tem que lutar pela sobrevivência, enfrentando a dura realidade, longe de conceitos como bem e mal. A relação entre estes personagens, na realidade do Brasil contemporâneo, é o motor da história.

O que é colocado em discussão?
Jorane Castro: Como enfrentar as dificuldades da vida na cidade grande? Como conseguir alimentar a sua família todos os dias? Como sobreviver em meio a tantas adversidades? Como permanecer humano? Estes são alguns questionamentos colcoados pelos personagens desta história.

Qual é a concepção estética dele?
Jorane Castro: Ribeirinhos do Asfalto é uma ficção. Mas será filmada sob forma de documental. Vamos iluminar pouco, filmar em locações sem alterações e vamos trabalhar com figuração local.

O filme vai ser feito na urgência, apesar de já ter sido bem planejado. Será também feito com improvisações e adaptações à realidade do local escolhido. O set será um lugar onde se vai decidir muita coisa, narrativamente e esteticamente.

Tecnicamente, qual
o formato escolhido?
Jorane Castro: Vamos captar em formato digital. A câmera será a maior parte do tempo na mão. Queremos imprimir um ritmo dinâmico ao filme.

na foto ao lado,
Jorane sob as lentes de Marcelo Lelis

Na ilha do Combu, o filme será em plano seqüência, mais lento, outro tempo. Na cidade, a câmera será mais frenética. Esta será a forma de fabricação do filme, mas que se baseia na vida de pessoas, eles que são o foco.

É um filme de personagens, de atores... O ator é quem leva o espectador do início ao fim da trama.

No início do processo houve uma conversa com a atriz protagonista do curta, Dira Paes. Ela fez considerações à respeito do roteiro. Como foi o papo?
Jorane Castro: Acatei algumas colocações da Dira, sim. Pois eram muito interessantes e traziam mais força à personagem que ela irá interpretar.

A leitura dela fez com que as características da personagem ganhassem em densidade. Não há como recusar uma oportunidade de melhorar o filme.

Este processo que aconteceu com a Dira é uma prática profissional minha. Acredito que o cinema é um trabalho de equipe, que todos podem acrescentar algo ao filme, num processo coletivo de criação. Eu não vejo o roteiro como uma obra definitiva, mas como uma base, e sempre que posso o modifico se for pra melhor.

O roteiro já sofreu várias alterações...
Jorane Castro: Este processo vai continuar nos ensaios com o elenco, durante a filmagem e até na montagem.

Acredito que o filme melhora com a colaboração de todos. Na minha opinião, é assim que se deve fazer cinema.

Os filmes brasileiros, sendo a maioria financiada com dinheiro público, através de renúncia fiscal, deveriam ser experimentações de linguagem.

Talvez seja esse nosso maior compromisso. Por isso gosto da participação de todos, mesmo que a decisão final seja minha, como diretora e responsável pelo filme.


PATROCÍNIOS E APOIOS
O curta "Ribeirinhos do Asfalto" foi selecionado pelo Prêmio Petrobras Cultural e tem patrocínio do Banco da Amazônia através da Lei Rouanet. Apoio: Associação dos Moradores do Conjunto Beija Flor, Núcleo de Produção Digital do IAP, Cerpa, Viação Forte, Sol informática, Forum Landi (UFPA), Praticagem da Barra, Guarda Municipal de Ananindeua, Prefeitura Municipal de Ananindeua, Ver-o-Pêso Hotel, Polícia Militar, Ctbel, Fundação Yamada, TRANMAPA - Transportadora Marítima de Cargas do Pará - LTDA e Secretarias Municipais de Economia, de Saúde e de Saneamento.


Contadores de histórias num solo coletivo cercado por seres d’água

“Quatro meses de muito trabalho, seis horas de ensaio por dia e 24 horas de afogamento. SOLO DE MARAJÓ é resultado desse encontro, desse mergulho na obra de Dalcídio e em nossas memórias.” (C.B.)

“Quando vimos, as personagens da obra conversavam com nossa gente, nossa memória, nossa história. E foi dessa matéria que partimos para uma experimentação na qual dramaturgia, encenação e construção atoral pisavam sempre o mesmo chão.” (A.S.N.)

“Agora emergimos todos para ver o ator tornar-se arquipélago. A palavra de Dalcídio rema pelo corpo do intérprete. Há barcas de aplausos querendo aportar.” (C.C.S.)

Os trechos destacados acima são, respectivamente, de Cláudio Barros, Alberto Silva Neto e Carlos Correia Santos, que estreiam dia 17 de dezembro, às 21h, no Cine Teatro Líbero Luxardo, com “Solo de Marajó” .

Com Cláudio Barros em cena, dirigida por Alberto Silva Neto, com dramaturgia de Carlos Correia Santos, assistência de direção de Papi Nunes, cenografia de Nando Lima, iluminação de Tarik Coelho e produção executiva de Milton Boulhosa, a produção fica em cartaz até o dia 20.

As citações do início do texto, que poderiam ser um só trecho, revelam o espírito com que este espetáculo foi construído. Foram retiradas do espaço da peça, na internet, onde é possível acompanhar todo o processo de montagem.

No título deste texto, brinco com as palavras que intitulam o relato dos três, postado no blog. Acabei de visitar. Há fotos de cena e dos ensaios além das apresentações de cada um , sobre o trabalho coletivo realizado. Segue o link: http://solodemarajo.blogspot.com/

10.12.09

Entrevista: In Bust encerra o ano com "Quebra Nozes" e "Um Conto que eu vim Contar"

Neste mês de dezembro, ao mesmo tempo em que, pela primeira vez está na cena de um balé (Fotos: Pedro Rodrigues), o grupo In Bust – Teatro com Bonecos também faz inúmeras apresentações do espetáculo “O Conto que eu vim Contar”.

Bom para o público já cativo, acostumado aos sábados sim, sábados não de teatro, no Casarão do Boneco.

Enquanto eles estão suspensos, é possível ver o grupo se apresentando em Belém, com o espetáculo que narra uma história natalina, em plena Ilha do Marajó.

"O Conto que eu Vim Contar é uma história de natal que acontece em uma fazenda marajoara. Seu Bastião é o dono desse lugar e tem uma filha, Hosana, que sonha ser chamada de mãe. Ele, com medo de perdê-la, não a deixa sair de casa, mas o lugar onde moram é banhado por um rio cheio de segredos, onde vivem muitas criaturas, inclusive... O Boto”, diz Paulo Ricardo Nascimento, do in Bust.

Nesta sexta-feira, dia 11 de dezembro, às 19h, “O Conto...” estará na Praça do Horto Municipal (na Mundurucus, com a Dr. Moraes), fazendo parte da programação de Natal da SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente, repetindo a dose nos dias 15, 18 e 20 de dezembro, mesma bate hora, bate local. Já aos sábados, está na programação do Natal de Benevides, a partir deste, dia 12, ficando em cartaz até o primeiro sábado de 2010.

Com texto de Adriana Cruz, o espetáculo é inspirado no texto Um Conto de Natal, que David Matos criou para o programa Catalendas, da TV Cultura do Pará.

Os bonecos são para manipulação de vara, confeccionados com patchouli e foram criados e confeccionados por Anibal Pacha, que também fez os cenários e dirigiu o espetáculo.

Bonecos, balé e dança – Neste final de ano, o In Bust está envolvido com o universo da dança. É responsável pela montagem de "Tem tempo que faz tempo", do projeto Nos Passos da Dança do SESC Doca. Não estão no palco, mas trabalham a dramaturgia e fazem a direção cênica do espetáculo, junto à equipe do SESC.

E no final de semana passado, o público deparou-se com o In Bust em cena no “Quebra Nozes”, espetáculo da academia de dança Ana Unger, no Theatro da Paz. Logo no primeiro ato, eles estão lá, manipulando bonecos na encenação deste grande balé, que encanta gerações e gerações, sempre emocionando o público, ainda mais nesta época natalina.

Quem não viu, tudo bem. Ainda haverá chance nos dias 16 e 17 de dezembro, quando o espetáculo volta em cartaz. Aliá, é sobre esta participação deles no “Quebra Nozes” que segue a entrevista abaixo com o Paulo Ricardo Nascimento, ator-manipulador e fundador do grupo In Bust.

Como vocês receberam o convite? Já tinham trabalhado com a bailarina Ana Unger?
Paulo Ricardo: Nunca tínhamos trabalhado em espetáculos do Centro de Danças Ana Unger. Havíamos feito participação em um espetáculo em que a Ana também fazia participação.

E já tínhamos apresentado algum espetáculo nosso em uma programação do Centro de Danças. A Ana nos deixou muito à vontade para a criação, passou algumas referências e confiou na gente.

Como é a participação do In Bust?
Paulo Ricardo: Fazemos uma participação no 1° ato (que é bem teatral) quando, na festa de natal da família, acontece uma encenação com bonecos sobre a luta entre o Príncipe (que foi encantado e se transformou em um quebra-nozes) e o Rei dos Ratos. É uma cena rápida, com três bonecos: os dois que já citei e mais a princesa.

Temos duas equipes de manipuladores: Paulo Ricardo Nascimento (Príncipe), Cristina Costa (Princesa) e Adriana Cruz (Rei dos Ratos). Essa equipe fez as 07 primeiras sessões das 09 sessões. Charles Wesley (Príncipe), Lu Maués (Princesa) e Vandileia Foro (Rei dos Ratos) formam a equipe que fará as outras duas sessões que acontecem na semana que vem. O Anibal Pacha confeccionou os bonecos e a barraca e dá o necessário olhar de fora para a direção da cena.

O que acharam da estréia?
Paulo Ricardo: Estréia é sempre uma energia muito positiva passando. O espetáculo envolve muita gente e tem muita criança nos bastidores, ávidas por entrarem em cena, o que torna tudo mais especial.

Todos são muito responsáveis (incluindo as crianças) e fazem funcionar o mais organizadamente possível. Muito difícil um resultado de um trabalho desse não dar certo. Tem uma qualidade técnica e artística indiscutível. O espetáculo é grandioso e muito bonito.

Como é para o grupo, o contato com o universo do balé?
Paulo Ricardo: Estamos apenas na manipulação, mas buscando fazer com detalhes de gestos e pausas significativas e contando os 8's (tempos na música) como fazem as bailarinas e os bailarinos, para não perder o andamento da cena. Mas é tudo muito rápido.

Já tinham visto o espetáculo antes, conheciam o repertório?
Paulo Ricardo: Já conhecíamos o espetáculo, mas numa versão que não tem bonecos, quer dizer, não tem a encenação com barraca, contando a luta dos personagens. É outra versão, com atores vestidos com roupas de pelúcia, fazendo outra coisa.

Nunca tínhamos participado de um espetáculo tão grandioso, com tanta gente envolvida. Já havíamos feito participações em alguns espetáculos musicais e até de dança. Não é uma coisa que entra no nosso planejamento anual, pois vem sempre em forma de convite, mas é instigante, estimulante e que gostamos de fazer.

Como foi o processo junto aos bailarinos, nos ensaios. Como é o entrosamento do In Bust com a companhia Ana Unger?
Paulo Ricardo: Todos fazem sua parte e as partes vão se encaixando. Como nossa participação é muito rápida e pequena perto do todo, os momentos de ensaio também foram rápidos e o entrosamento vai se dando no percurso dos bastidores. As crianças acabam chegando mais perto de nós que os adultos. Também tem muitos conhecidos pelos bastidores, bailarinos, produção, cenotécnicos.

O teatro sobressai no espetáculo quando vocês entram em cena com os bonecos?
Paulo Ricardo: Talvez a cena sobressaia já que é teatro de bonecos dentro de um grande espetáculo de dança. Mas não é uma cena de bonecos dentro do espetáculo. O foco não é exatamente a cena dos bonecos, é a situação. É claro que o que os bonecos contam tem haver com a história toda e o público mais atento vai prestar atenção.

"Apostolado da Poesia" sai às ruas da cidade e encontra o cinema na Marambaia

Organizado pelo poeta Caeté, o manifesto "Apostolado da Poesia" sairá em cortejo no próximo dia 15 de dezembro.

O trajeto tem início na Rua Siqueira Mendes, percorrendo Feira do Açaí, no Ver-o-Peso, e passando ainda pelo Bar do Parque, Complexo São José Liberto, Mercado de São Brás.

Em cada um desses espaços será recitada uma poesia do livro “Poemas do bom amor para o bem amar”, de Caeté, e serão distribuídas poesias escritas com o contato do poeta para agregar novos colaboradores.

“Pensamos em trabalhar com uma poesia de cada vez para evitar o desgaste físico durante a intervensão e dar oportunidade de continuidade ao projeto, que será todo filmado pelo carpinteiro de poesia e de cinema Francisco Weyl”, diz Caeté.

A caminhada encerra no trajeto que será feito dentro de um ônibus saindo de São Brás em direção à Praça Tancredo Neves, no bairro da Marambaia, onde a poesia encontrará o cinema, na projeção do dos filmes “O Mastro” (documentário média-metragem) e “A Poeta da Praia” (ficção-longa), do realizador Márcio Barradas. Os filmes serão exibidos no âmbito do projeto “Tela de Rua”, às 20h. Antes da sessão, haverá a intervenção poética de Caeté .

O realizador independente Márcio Barradas já fez dois longas (“A poeta da praia” e “O filho de Xangô”) e o doc “O Mastro” (todos rodados em Mosqueiro), além dos curtas “A janela”, “Fluído Humano”, “Coração Roxo” e “Icoaracy”.

A iniciativa é do Movimento Cultural da Marambaia (Moculma), com apoio do Cineclube Amazonas Douro e da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema .

Eis aí, uma bela forma de começar as tradicionais confraternizações de final de ano, regada a muita poesia e cinema de rua, que é onde o povo está e é ator incondicional da vida.

Saravá!


9.12.09

Maria Lídia homenageia Nazaré Pereira

Nazaré Pereira faz aniversário nesta quinta-feira, 10, e é claro que este dia não vai passar em branco.

A comemoração vem em forma de homenagem prestada pela cantora Maria Lídia, que faz temporada sempre ás quinta-feira no Club MPB Bar.

E é ela mesma quem convida: “Amanhã, 10 de dezembro, às 22 horas, no Club MPB Bar vamos comemorar o aniversário da nossa amiga Nazaré Pereira durante o meu guig, com a participação do violonista Jorginho (domiciliado em Paris) e de outros grandes músicos e intérpretes”, descreveu por e-mail enviado a sua lista na internet.

Nazaré Pereira é cantora respeitada da música popular paraense, dentro e fora do Brasil, principalmente em Paris, onde estabeleceu moradia durante muitos anos.

Há 30, ela foi sucesso absoluto ao cantar a música ‘Cheiro da Carolina’, exibindo-se no programa Fantástico, na Globo, chegando ao primeiro lugar nas paradas de sucesso na França.

Ela nasceu no Acre e foi criada no Belém do Pará. Trabalhou no Rio como atriz de teatro e TV. Na França, criou um curso de dança brasileira, mas ficou famosa como cantora.

O início da carreira, como atriz, aconteceu em 1969, quando ganhou uma viagem para a Europa num concurso teatral da extinta TV Tupi.

Nazaré foi para Portugal e, de lá, para a França, país em que posteriormente veio a morar. Projetou-se na dança e na música e desde esta fase, não parou mais de expor seu trabalho ao redor do mundo.

Procurando mais sobre Nazaré Pereira, na internet, encontrei, num site da Globo, uma verdadeira torcida para que ela seja tema de mais uma reportagem da Globo.

Vejam lá e também votem à favor: http://especiais.fantastico.globo.com/fantastico30anosatras/2009/09/29/nazare-pereira-faz-sucesso-na-franca-com-a-musica-cheiro-da-carolina/#comment-3451

Octavio Cardoso abre circuito artístico do IAP com mostra de fotografias digitais

Octavio Cardoso abre exposição nesta quinta-feira, 10, dentro da programação do Circuito das Artes de 2009.

A programação do IAP acontece em vários espaços da cidade até 22 de dezembro, mas algumas exposições seguirão abertas até janeiro de 2010. A mostra de Octavio Cardodo, por exemplo, ganha espaço no FotoAtiva, na praça das Mercês.

“Lugares Imaginários” é a primeira produção em digtial do fotógrafo, a ser mostrada em uma exposição. Captadas em regiões de Santarém, Marabá e da Ilha do Marajó, retratam cenas não comuns do dia a dia.

“Preciso estar desligado da rotina para a criação de meu trabalho autoral. Por isso sempre fotografava durante as viagens de final de semana ou de trabalho. Com a bolsa de pesquisa, pude viajar para três lugares distintos, que escolhi justamente por ter o mínimo de relação com a realidade mais objetiva”, diz Octavio.

Para registrar cenas dos rios Tapajós e Arapiuns, do parque estadual Serra das Andorinhas e de Salvaterra, o fotógrafo procurou explorar recursos oferecidos pelas câmeras digitais, como a distorção de cor e filtros.

Octavio, que começou a fotografar na década de 80, cria do FotoAtiva, da qual passou a ser presidente entre 2000 e 2007. Conhecido por participar de diversas exposições coletivas locais e nacionais, a última individual, “Eu vejo tu sonhas”, aconteceu há dez anos, ainda na inauguração da galeria Fidanza.


Além de trabalhos também na área jornalística e publicitária, Octávio já assinou o Foto Still de curtas metragens paraenses como, por exemplo, “As Mulheres Choradeiras”, de Jorane Castro, em 1999.

Mais recentemtne ele também foi um dos autories das fotos que ilustram o livro “"Art Nouveau em Belém", da pesquisadora Célia Bassalo (http://holofotevirtual.blogspot.com/2008/11/clia-bassalo-redescobre-vestgios-da-art.html).

Como artista fotográfico, tem obras em acervo no MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Centro Cultural Brasil Estados Unidos e MHEP – Museu do Estado do Pará.

O Circuito das Artes vai reunir várias linguagens artisticas e é o momento de mostrar ao público, os resultados das bolsas de pesquisa, experimentação e criação artística oferecidas pela instituição. Na programação, exposições, espetáculos de teatro e dança, shows, exibição de vídeos e performances.

PROGRAMAÇÃO GERAL

Dia 10/12, quarta-feira
Artes Visuais:

Exposição “Lugares Imaginários”, de Octavio Cardoso.
Abertura às 19h, na Fotoativa (Praça das Mercês, nº 19)
A exposição fica aberta ao público até dia 29 de janeiro.

Dia 11/12, quinta-feira
Artes Visuais:

Exposição “Matrizes Urbanas”, de Egon Pacheco.
Abertura às 19h, na Galeria Theodoro Braga (Gentil Bittencourt, nº. 650, subsolo do Centur)
A exposição fica aberta ao público até dia 30 de dezembro.

Dia 15/12, terça-feira
Artes Visuais:

Exposição “Performações Urbanas”, de Carla Evanovitch.
Abertura às 19h, no Laboratório das Artes – Museu Casa das Onze Janelas (Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n. Cidade Velha).
A exposição fica aberta ao público até dia 29 de janeiro.

Exposição “Pra sempre...”, de Daniel Cruz
Abertura às 19h, na Sala Gratuliano Bibas – Museu Casa das Onze Janelas (Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n. Cidade Velha).
A exposição fica aberta ao público até dia 29 de janeiro.

Dia 16/12, quarta-feira
Artes Visuais:

“Cinema Aleatório”, vídeo de Flávia Abtibol.
Exibição às 19h30, no Auditório do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

“Diário de um Palhaço”, vídeo e performance de Cássio Tavernard.
Apresentação às 20h, na Sala de Dança do IAP.

Dia 18/12, sexta-feira
Artes Visuais:

Exposição “Entre cores e música, o brega é arte e saudade”, de Jair Júnior.
Abertura às 19h, no Fórum Landi (Praça do Carmo).
A exposição fica aberta ao público até dia 29 de janeiro.

Exposição “Visualidade Ambulante”, de Marcone Moreira.
Abertura às 19h, no Fórum Landi (Praça do Carmo).
A exposição fica aberta ao público até dia 29 de janeiro.

Dia 19/12, sábado
Música:

“Suíte Guitarradas Amazônicas”, de André Macleure.
Apresentação às 19h, na tenda no Anfiteatro do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

“Carimbó Lata”, de Kleber Moraes.
Apresentação às 20h, na tenda no Anfiteatro do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

“Ver-o-Peso, suíte para quintetos”, de Argentino Neto.
Apresentação às 21h, na tenda no Anfiteatro do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

Dia 20/12, domingo
Teatro:

“Makunaima – herança da gestualidade e sonoridade indígena no povo paraense”, de Alberto Silva Neto.
Apresentação às 18h, na Sala de Dança do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

“Do dia-a-dia à cena, ao som do tecnobrega”, de Maurício Franco
Apresentação às 19h, na tenda no Anfiteatro do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

Dança:

“Vem-de-som - práticas híbridas das artes na vivência dos vendedores ambulantes”, de Ercy Souza.
Apresentação às 20h, na Sala de Dança do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

Dia 22/12, terça-feira
Dança:

Videodança “Dança Líquida”, de Waldete Brito.
Apresentação às 18h, no Auditório do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

Teatro:

“Teatro com bonecos, como atua o ator do grupo In Bust teatro com bonecos e outras possibilidades”, de Paulo Ricardo Nascimento.
Apresentação às 19h, na Sala de Dança do IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica).

8.12.09

“Penumbra” traz novos olhares de Ary Souza

“Penumbra”, de Ary Souza, abre nesta quarta-feira, 09. Uma das quatro selecionadas pelo Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2009, é a última a entrar em cartaz e encerra no ano no espaço cultural do banco, na Av. Presidente Vargas.

A curadoria da exposição de Ary é de um outro fotografo, Mariano Klautau. De acordo com ele, a mostra revela nova faceta do artista.

“As imagens de Ary são conhecidas por sua vitalidade e seus personagens carregam na fisionomia uma atitude simples, franca, honesta. Em Penumbra, este tom muda. Não temos mais um mundo tão visível, exposto em sua exuberância cotidiana”, diz Mariano na sua apresentação da exposição.

Ary atua há 13 anos como repórter-fotográfico. Já acompanhou e registrou inúmeros fatos, mas ficou marcante em sua carreira, a documentação feita ao longo de 43 dias, dos acontecimentos posteriores ao que ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorridos na Fazenda Macaxeira e outras áreas ocupadas.

O olhar jornalístico de Ary une-se a sua sensibilidade para captação das imagens. E Mariano chama atenção para este novo ensaio. “Ary utiliza a cor e decide andar pela sombra e captar, no dia-a-dia da cidade, o que nem sempre é observado com atenção. A imagem em que dois homens de boné sob a luz de fim de tarde, estão sentados em um estado de espera ou descanso; dá a medida certa das novas intenções do fotógrafo”.

Este ano, o prêmio do Banco da Amazônia selecionou quatro projetos. Todos, com temáticas amazônicas, e escolhidos entre produções de todo o Brasil.

Aqui no Holofote chegamos a falar da mostra “Deslocamentos”, de Murilo Rodrigues, uma vídeo-instalação que dialogava sobre a poluição urbana.

Na exposição, o público era convidado a "pedalar" assistindo ao vídeo produzido por Murilo no percurso que ia do município de Marituba até à Av. Presidente Vargas.

“Efêmera Paisagem”, com fotografias de Alberto Bitar, veio em seguida, mostrando imagens que buscaram, na memória, o caminho que o artista percorria com a família com destino a Mosqueiro, quando ele era criança. A terceira foi ‘Água’, uma coletiva de artistas plásticos brasileiros e alemães e agora as obras do fotógrafo Ary Souza fecham o ciclo.

O prêmio do Banco da Amazônia às artes visuais concedeu aos artistas um valor aproximado a R$ 16 mil para as montagens.

7.12.09

Gastronomia na sessão do cineclube Inovacine

Nesta segunda, a culinária é a protagonista da sessão do cinecluber Inovacine, às 18h30, no espaço Na Figueiredo. O curta “Açaí com Jabá”, dos paraenses Alan Rodrigues, Walério Duarte e Marcos Daibes abre a sessão, que terá em seguida, o longa “Estômago”, do diretor Marcos Jorge.

Açaí com Jabá é uma comédia baseada no costume do paraense de tomar açaí. Em cena, um paraense e um turista duelam para ver quem consegue tomar mais açaí acompanhado de jabá e farinha da “baguda”.

O filme foi premiado com edital para produção de curta-metragem do MinC, em 1999 e lançado em 2001, com 13 minutos de duração.

O longa metragem narra uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária. Na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, o protagonista, descobre um caminho à parte: ele cozinha.

E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão - o que ele fez para acabar ali? - que Nonato vive sua intrigante história. Lá ele também aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados.

Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor. Abaixo, entrevista concedida pelo diretor ao site do filme.

O que motivou você a produzir um filme tendo a comida como mediadora das dinâmicas sociais?
Marcos Jorge: Nada do que é humano me é estranho. E tudo o que é humano me interessa profundamente e interessa ao cinema que gosto e que quero fazer. E há algo mais humano do que a culinária? O homem é o único animal que cozinha. Isso já basta para justificar o meu tema em Estômago.

Você comentou que o roteirista Lusa Silvestre escreve contos sobre comida. Qual deles inspirou o filme? Marcos Jorge: Conheci o Lusa quase por acaso, enviando-lhe um e-mail circular convidando-o para a estréia em São Paulo de meu curta-metragem “Infinitamente Maio”. Ele não pode ir, mas desculpou-se enviando dois ou três contos seus para que eu lesse. Eram contos ainda inéditos, e um deles deu origem ao projeto Estômago. No ano passado os contos foram publicados em livro, num volume chamado “Pólvora, Gorgonzola e Alecrim”.

Por quê Estômago?
Marcos Jorge: O conto que deu origem ao filme é intitulado “Presos pelo Estômago” e conta a história de um cozinheiro na prisão. Eu li, gostei, e propus ao Lusa que a transformássemos em roteiro de filme.

Mas a história não era suficiente para alimentar um longa, então inventamos toda uma primeira parte, um antefato, que na realidade é a história do cozinheiro antes de ir para a prisão.

O título do conto não me entusiasmava, e o primeiro nome do projeto foi “Uma História Gastronômica”.

Mas o nome ainda não me convencia completamente, eu precisava de um título mais forte, que fosse compatível com as tonalidades da história que estávamos escrevendo. Aí surgiu Estômago, simplesmente.

Não foi de aceitação imediata, mas acabou prevalecendo. Estômago nos falava obviamente da digestão, mas também de todas as metáforas relacionadas ao órgão: soco no estômago, ter estômago para enfrentar uma situação, dor de estômago...

Numa rápida pesquisa me surpreendi que até agora, depois de mais de cem anos de história do cinema, ninguém tivesse tido a coragem de usar este nome como título de filme. Talvez pelas contra-indicações, que são muitas. Mas o título Estômago reflete bem a visceralidade da história e espero que funcione.

Qual a sua experiência com a gastronomia e como você avalia a importância da comensalidade para compreender fenômenos urbanos, evidenciado pelos hábitos alimentares?
Marcos Jorge: Eu adoro cozinhar. Aprendi a fazê-lo na Itália, onde vivi toda a década de 90. Lá a culinária é coisa séria e bastante difundida entre a população: praticamente não há italiano que não cozinhe. Lá aprendi a respeitar o momento das refeições como algo sacro, um momento de encontro privilegiado entre os comensais.

Do ponto de vista puramente artístico, acredito profundamente em procurar a verdade nos aspectos mais simples da existência humana, nos aspectos mais básicos, essenciais e ancestrais, entre os quais elenco entre os primeiros lugares a alimentação.

A partir desta constatação, fazer um filme sobre comida era quase uma necessidade para mim. O mercado editorial está investindo alto em literatura especializada de gastronomia, mas no cinema brasileiro este tema não era apresentado com destaque.

Estômago inaugura ou apresenta a relevância deste tema?
Marcos Jorge: Não posso dizer que Estômago inaugure algo, pois não tenho conhecimento de nenhum outro projeto cinematográfico em que a culinária apresente a relevância que tem em nosso filme.

Sempre vasculho documentários e curtas sobre o tema, pois é meu tema de interesse. E me desperta a curiosidade saber como a produção audiovisual encara a comida como matéria, já que em algumas áreas, por exemplo, o assunto sempre foi posto em segundo plano.

Qual a vantagem de trabalhar um tema trivial para falar de questões complexas?
Marcos Jorge: Antes de mais nada, não considero a comida como algo trivial. Compartilho a visão de meu personagem Giovanni, que considera a culinária como uma forma de arte. No fundo, aquilo que comemos nos influencia tanto quanto aquilo que lemos ou vemos.

Onde aconteceram as filmagens? E quanto tempo duraram?
Marcos Jorge: Estômago foi filmado em Curitiba e São Paulo, em 5 semanas. Os ensaios com os atores consumiram mais 4 semanas, obviamente antes das filmagens.

Detalhe importante, e que na minha opinião ajuda a explicar porque um tema tão importante como a comida foi um pouco relegado em segundo plano pelo cinema: filmar gente comendo é muito complicado.

Antes de mais nada, é preciso atentar para a continuidade, o que significa continuamente refazer os pratos dos atores. Consumimos uma quantidade enorme de comida em cena, durante as filmagens. Era necessário manter os pratos quentes e agradáveis para os atores, o que exigiu uma equipe dedicada exclusivamente para isso, composta de três pessoas. E um gasto considerável.

Na maior parte das cenas de Estômago as pessoas ou estão comendo ou estão cozinhando. Você comentou que o filme não é sobre alta gastronomia, mas sobre a alimentação do dia a dia. Que tipo de receitas são apresentadas no filme e como elas se comunicam com as questões dos personagens?
Marcos Jorge: O filme inicia com um monólogo do protagonista sobre a história do queijo gorgonzola. Pouco depois, vemos o protagonista aprendendo a fazer pastel. Aliás, as imagens desta preparação servem de suporte para os créditos iniciais do filme.

E a partir daí os pratos apresentados e descritos, no interior da história, são muitos: xinxim de galinha, macarrão alho e óleo, macarrão à putanesca, risoto à milanesa, peixe ao forno, carpaccio, leitão ao forno, e até uma farofa de formiga. Prato importante no contexto da história é uma sobremesa, Anita e Garibaldi, feita de gorgonzola e goiabada, prato que será o pivô da tragédia que se abate sobre o protagonista.

Como foram selecionadas as receitas? Quem preparou a comida? Podia citar algumas curiosidades das gravações?
Marcos Jorge: As receitas foram selecionadas por mim mesmo e pelo Lusa, à medida que escrevíamos o roteiro (um prato muito especial, que não descrevo aqui para manter a curiosidade, foi inventado pela Cláudia da Natividade, produtora executiva e co-roteirista).

Como disse antes, tínhamos uma equipe formada por três pessoas (dirigidas pela chef Cristiane Ribeiro) dedicadas exclusivamente ao preparo da comida de cena e contamos com a consultoria da chef Geraldine Miraglia para o comportamento das pessoas na cozinha.

Obviamente o ator João Miguel foi ajudado por um dublê de mãos, um cozinheiro profissional, nas cenas em que manipula a comida. Algumas cenas de preparação de comida foram rodadas mas acabaram sendo cortadas da versão final do filme pela absoluta falta de tempo, como por exemplo uma linda cena de preparação de uma carbonara e uma outra de língua.

Fonte: http://www.estomagoofilme.com.br/index.htm

5.12.09

Cia Nós Outros estréia auto de natal

Um clima de natal começa a pairar no ar. No meio cultural algumas programações prometem reforça-lo, a partir da próxima semana. Uma delas, o espetáculo “O Glorioso auto do nascimento do Cristo-Rei – Sêxtuplo”, da Companhia Teatral Nós Outros, estréia no 11, a partir das 20h, no anfiteatro do Colégio Moderno.

O espetáculo percorrerá toda a região metropolitana de Belém em igrejas, centros comunitários, escolas. Os interessados em levar a peça para sua comunidade podem entrar em contato com o grupo através do telefone 9116 9424 ou pelo e-mail: contato@nosoutros.com.br.

Com texto premiado de Hudson Andrade e direção de Aílson Braga, a trama é contada em versos e com músicas, figurinos e inspiração nordestina, uma trupe de atores conta as artimanhas do Diabo para impedir o nascimento do Menino-Jesus.

O Glorioso está em cartaz há seis anos e a cada nova montagem assume uma configuração diferente.

Este ano, grupos de artistas de rua que percorrem as feiras do nordeste brasileiro foram a principal inspiração para a montagem, com figurinos que remetem ao artesanato e ao reisado.

A trilha sonora repleta de baiões, emboladas, loas e outras canções típicas é original e composta especialmente para este trabalho.


Ficha Técnica

Texto: Hudson Andrade
Direção: Aílson Braga
Assistência de direção e figurino: Hudson Andrade
Confecção de figurino: Carlota Vale
Direção musical: Júnior Cabrali
Direção de palco: Frank Costa
Elenco: Adriane Henderson (Maria), Andrew Villas-Boas (Gaspar),Frank Costa (Baltazar), Joana Sena (Diabo), Kleber Gemaque (José),Leoci Medeiros (Jesus/ Menestrel), Luciana Rodrigues (Melchior / Herodes), Mary Ferreira (Gabriel).

Fonte: Cia. Nós Outros

4.12.09

Cordel do Fogo Encantado e muito mais no Trapiche da Casa das Onze Janelas

O Cortejo da Diversidade Cultural Amazônica que acontece hoje, a partir das 17h, no Centro Histórico de Belém, vai marcar este final de semana em Belém.

Reunindo, ao longo de um trajeto pela Cidade Velha, os grupos Sancari, Trio Manari e Arraial do Pavulagem, além do pernambucano e arrebatador Cordel do Fogo Encantado (foto), a programação faz parte da programação de encerramento da 6ª edição da Confintea.

O evento está acontecendo em Belém, desde 1° de dezembro, numa realização da Secretaria de Estado de Governo (Segov), por meio da Câmara de Política Setorial de Desenvolvimento Sociocultural.

Realizada a cada 12 anos pela Unesco, a Confitea - Conferência Internacional de Educação de Adultos da Unesco, acontece pela primeira vez no Brasil. Em Belém, ao longo desta semana, o evento reuniu representantes de mais de 170 países.

Anote aí o serviço do cortejo de encerramento do evento e participe!

Cortejo da Diversidade Cultural Amazônica - Hoje, dia 04 de dezembro, no Centro Histórico de Belém. Concentração a partir das 17h, em frente ao MHEP.

Ás 18h, o Hino Nacional será interpretado pela cantora Liliane Xipaia, com acompanhamento dos músicos Cizinho (violão) e Diego Xavier (bandolim).

A partir das 19h tem início o cortejo, com shows musicais do Grupo de Carimbo Sancari, Trio Manari, Arraial do Pavulagem e Cordel do Fogo Encantado, no Trapiche da Casa das Onze Janelas.

Unipop estréia espetáculo de final de ano: A Mulher Macaco

O novo espetáculo do Grupo de Teatro da Unipop, “A Mulher Macaco” está em cartaz. Na história, um circo sem glamour, maltratado pela vida e seus algozes, onde os que vivem daquela arte perderam-se num cotidiano sem brilho, indigno e cheio de vícios. A montagem é resultado do Curso de Iniciação Teatral da Unipop em 2009.

Construído a partir de uma livre adaptação do texto “A Mulher Macaco”, do ator e dramaturgo paraense Paulo Faria, o espetáculo aborda temas universais e polêmicos sobre a condição humana, como a violência, a ganância e o amor.

"Não importa lugar ou região, sempre estamos próximos dos mais diversos tipos de violência, das questões envolvendo a família e da miséria de valores, que pode estar num circo fictício ou em qualquer outro cenário", explica a arte-educadora Marluce Oliveira.

O espetáculo nasceu de um processo colaborativo entre estudantes do curso de iniciação teatral, os integrantes do grupo de teatro da UNIPOP, Adriane Gonçalves, Carol Dominguez e Marluce Oliveira.

No elenco, Vanna Atalanta, Washington Luis, Fernando Gomes, Vanessa Franco, Priscila Oliveira, Kayo Costa, Natali Cristine, Caio de Melo, Net Pamplona, Maria Silva, Geovani Moia, Andréa Mota, Vanda Lopes, os irmãos André e Andrey Souza, Teresinha e Josefa Cristina.

O figurino é de Maurício Franco, maquiagem de Carol Dominguez e iluminação de Luis Otávio “Faísca” e Adriane Gonçalves.

O Curso de Iniciação Teatral integra, ao lado do Grupo de Teatro, o Projeto Arte Educação do Instituto Universidade Popular (UNIPOP), organização não-governamental que há mais de 20 anos contribui para a mobilização, articulação e formação de movimentos sociais na Amazônia.

Fundamentada na educação popular e na promoção, defesa e garantia dos direitos do homem, a UNIPOP luta, ao lado de diversas instituições sociais, por uma nova cultura política de participação e por um desenvolvimento democrático, sustentável e com justiça ambiental.

Serviço
Espetáculo “A Mulher Macaco” . Dias 04, 05, 09,10 e 11 de dezembro, às 20h . No Porão Cultural da Unipop (Av. Senador Lemos, 575. Entre Dom Pedro e Dom Romualdo de Seixas). Entrada Franca! (Com rodada de chapéus ao final. Contato: 82129182.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Unipop: Andréa Mota e Felipe Cortez.

Circuito Vivo arte.mov chega em Belém na próxima semana

As novas perspectivas da produção audiovisual contemporânea serão discutidas e mostradas em Belém, durante o Circuito Vivo arte.mov que acontece de 10 a 12 de dezembro, no auditório do Instituto de Artes do Pará – IAP.

Na programação, mostras audiovisuais e palestras sobre microcinema e apropriação artística das mídias móveis. A inictaiva faz parte de uma série de iniciativas descentralizadas que vem sendo desenvolvidas em diversas capitais brasileiras, com o objetivo de difundir e discutir as novas tendências das artes em mídias móveis.

De acordo com a produtora do evento em Belém, Gisele Vasconcelos, a programação é ainda uma ação estratégica, pois traz os principais a presença dos principais articuladores e também curadores em midias moveis do Brasil, responsaveis por conceber festivais como o Eletronika, o Sonar, entre outros. “Temos interesse de reunir nesses dias os produtores e artistas interessados em intercambiar, produzir e/ou veicular suas produções a partir de dispositivos digitais moveis”, diz.

O artista Rodrigo Minelli Figueira (foto ao lado) além de curador da mostra, é professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG na área de produção audiovisual e Mestre em Sociologia da Cultura pela UFMG.

Doutor em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, em sua palestra Rodrigo, vai abordar o tema: “Apropriação artística das Mídias Móveis”.

A apropriação por parte dos artistas das tecnologias de comunicação e informação portáteis apresenta novos desafios e aponta caminhos inéditos para a arte.

Ao mesmo tempo, o tema levanta questionamentos a respeito da forma como lidamos com tais tecnologias e o papel destas na nossa experiencia de mundo.

Já Lucas Bambozzi, artista multimídia e também curador, trabalha em várias mídias e suportes como video, filme, instalação, trabalhos site-specific, performances audiovisuais e projetos interativos.

Seus trabalhos vem sendo frequentemente premiados e exibidos em festivais e mostras em mais de 40 países. Conduziu atividades pioneiras ligadas a arte na Internet no Brasil entre 1995 e 1999 na Casa das Rosas.

Lucas concluiu seu MPhil pelo CAiiA-STAR Centre/i-DAT (Planetary Collegium) na Inglaterra, e dedica-se à exploração crítica de novos formatos de mídia independente, participando também de grupos de intervenção em mídias e performances de live-vídeo.

A palestra dele será: Microcinema. Serão apresentados os conceitos envolvendo as vertentes de vídeo, microcinema, ou cinema para dispositivos móveis de comunicação e entretenimento.
Programação

Quinta 10/12
19h Mostra Impakt (1 hora e 27 segundos)
20h Mostra Competitiva artemov 2009 - parte 1 (28 minutos e 58 segundos)

Sexta 11/12
19h Palestra com Rodrigo Minelli (1 hora + tempo para debate)
20h30 Mostra Competitiva artemov 2009 - parte 2 (32 minutos e 45 segundos)
Sábado 12/12
19h Palestra com Lucas Bambozzi (1 hora + tempo para debate)
20h30 Mostra Competitiva artemov 2009 - parte 3 (30 minutos e 33 segundos)

Serviço
Circuito Vivo arte.mov - Fomento, Formação e Rede de Difusão. Dias 10 e 11 de dezembro, no auditório do IAP - Instituto de Artes do Pará . Praça Justo Chermont, nº 236. Entrada franca.