22.7.10

Minni Paulo inicia Baiacool em Salinas e planeja novo evento de jazz para Belém

Tá vendo a figura ao lado, é um peixe, o baiacu, conhecido também como balão, ou ainda sapo do mar.

Inspiração perfeita à logomarca e ao nome criado para o primeiro festival jazzístico da Amazônia, o Baiacool Jazz Festival, que chega neste final de semana, de 23 a 25, na praia do Farol Velho, em Salinas, a sua oitava edição.

Modificando-se na aparência ao se assustar com algum predador, lembra muito o saxofonista, um dos músicos indispensáveis ao jazz, executando seu instrumento.

Boa a sacada de Minni Paulo, contrabaixista idealizador do festival, que ainda trabalhou a grafia do nome do peixinho para ter mais a ver ainda com o universo do jazz.

Com realização da Zoe Agência de Música, comandada por Minni, o evento está, hoje, consolidado no calendário cultural da cidade e também nacional, uma vez que traz participações de músicos consagrados do universo da música instrumental brasileiro. Com entrada 100% gratuita, acontece sempre no mês de julho, no verão paraense.

“É sempre com muita correria e dificuldade que o realizamos, tentando convencer patrocinadores e apoiadores a apostar na ideia de trazer música de qualidade e de fácil acesso ao público de todas as classes sociais e faixas etárias, e que promove o intercâmbio entre artistas daqui e de fora do estado.

Além disso, o Baiacool prepara um público e forma plateia para a música instrumental no Estado do Pará”, diz Paula Medeiros, diretora executiva do festival.

Este ano, apostaram no Baiacool Jazz Festival o patrocinador SESC PA, e os apoiadores Secult-PA, Fundação Tancredo Neves, Governo do Pará e Jungle Interativa. Estão programados oito shows, em três dias seguidos, sendo duas atrações inteiramente inéditas e tendo como ponto alto a apresentação de toda uma nova geração de grupos instrumentais locais, que surgiram na cidade.

Artistas - O contrabaixista paulista Ximba Uchyama se apresentará, no sábado, pela primeira vez no evento. Com mais de 20 anos de carreira, autodidata no instrumento, tem influências de música brasileira e jazz.

Victor Biglione também está estreando no festival. O guitarrista argentino mora no Brasil. Ele, que já foi integrante do conjunto A Cor do Som no início da década de 80, mais tarde tocou ao lado de Ivan Lins, Emílio Santiago, Marcos Valle, Marina, Fátima Guedes, Sergio Mendes, Gal Costa e Wagner Tiso.

Além deles, estão no Baiacool Jazz Festival 2010, o grupo Jazz & Pop; a cantora australiana Larissa Wright & Cumbuca Jazz, Tony Blues, Adelbert Carneiro, a Jungle Band e o Beach Blues Trio, formado por Minni Paulo (contrabaixo), Marcus Magrus (bateria) e Mark Lambert (guitarra).

Em oito anos de estrada, o Biaacool Jazz Festival, primeiro festival de jazz da Amazônia, mostra seus resultados. Depois de seu surgimento, aconteceram outros eventos, shows, grupos e até programas de rádio e TVs focados na música instrumental.

“Isso é gratificante pra gente, ver músicos trocando ideias, contatos, conhecimentos e mudando sua visão, quanto a seriedade da profissão de músico e a possibilidade de ampliar seus horizontes”, acrescenta Paula.

Trajetória - O Baiacool Jazz Festival é resultado de uma semente plantada pelo Minni Paulo, ainda nos anos 80, quando ele formou a primeira banda de música instrumental paraense a “Sociedade Marginal” e nunca mais desistiu de investir neste segmento que na opinião de muitos não criaria raízes em Belém.

Depois da primeira edição em 2003, em Salinas, o Baiacool aconteceu por duas vezes seguidas, também em Belém, em 2005 e 2006.

Mas a organização do festival chegou à conclusão de que o formato desse evento era mesmo feito para acontecer na praia e o festival de Belém não foi mais realizado.

“Acontece que o Baiacool foi idealizado pra ser feito em Salinas, no verão, na praia, todo esse ambiente era necessário pra fazer dele o que é hoje, mesmo assim o levamos para capital e fizemos dois grandes festivais em Belém. Foi depois dessa experiência, que percebemos tudo. O Baiacool é um festival pioneiro e independente, um festival de verão, desencanado”, explica Paula.

Novidade - Paula Medeiros, filha de Minni Paulo, atua com o pai desde a primeira edição do festival. Morando em Paris, na França, ela está em Salinas ã frente da organização.

De acordo com ela, Belém não vai ficar sem um festival de jazz à altura do que acontece em Salinas, ficará melhor e com atrações internacionais.

“Depois da minha ida para a França pra estudar Gestão Cultural, a ideia de trazer grupos europeus pra um festival de jazz foi se tornando cada vez mais possível.

Hoje, trabalhando aqui em uma produtora independente em parceria com meu pai e lá, em uma produtora parisiense, surgiu a ideia de fazer um festival internacional de jazz, com apresentações em Duo, e piano, provocando uma cena mais jazzística, trazendo para a Amazônia, os grandes nomes que passam nos festivais de jazz europeus”, anuncia.

O projeto está sendo gerado e se chamará Rain Forest Jazz Festival. Com forte apelo sócio-ambiental, o evento vai colocar a Amazônia como um dos pontos obrigatórios de passagem da vanguarda do jazz internacional, em Belém.

Mas o Baiacool Jazz Festival não acabará com o nascimento do novo projeto, continuará sendo um festival de praia, só que mais aberto a outros estilos, ganhando um novo formato e mantendo a excelente qualidade e a entrada livre.

PROGRAMAÇÃO

SEXTA

Larissa Wrigth & Cumbuca Jazz
Jungle Band

SABADO

Jazz & Pop
Beach Blues
Ximba Uchyama

DOMINGO

Tony Blues
Adelbert Carneiro
Victor Biglione

Serviço
Baiacool Jazz Festival. De 23 a 25 de julho, sempre a partir das 17h, com três grandes shows de música instrumental de artistas locais e nacionais, por dia. Em Salinas, na Praia do Farol Velho. Este ano, o Baiacool Jazz Festival tem patrocínio do SESC PA e apoio do Programa Bacana, Secult-PA, Fundação Tancredo Neves, Governo do Pará e Jungle Interativa. Contatos: 91 8134.7719 (imprensa) e 91 8228. 2293 (produção).

4 comentários:

DIVERSOS OLHARES! disse...

Baiacool é simplesmente fantástico! Música de excelente qualidade, músicos simpáticos e a "vibe" sempre positiva! Quem tiver a oportunidade de assisti-los, NÃO PERCA!

Saudações fraternas!

Anônimo disse...

Concordo com a amiga acima. O Baiacool é muito bom. Fiquei feliz em ler aqui também, que no ano que vem, teremos um inverno jazzistico... em Belém!!! Em 2005 e 2006, o festival na cidade foi um luxo.. quem lembra daquela apresentação incrível do hermeto??? Foi tudo!!!

Franssinete Florenzano disse...

Pô, Luciana, eu estava louca para publicar sobre o Baicool Jazz deste ano e não tinha informações. Vou raptar lá pro meu blog um pedaço daqui!
Eu sou fã da iniciativa.
Parabéns pelo blog e um abraço.

Holofote Virtual disse...

Fran, fica à vontade. Coisa boa é pra se espalhar mesmo pela Blogosfera!!!

bjosss