23.3.11

Exposição traz raridades do fotoclubismo brasileiro para o MHEP

Moderna Para Sempre – A Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú chega a Belém trazendo mais de 80 obras (16 delas, vintage), de 26 artistas. A exposição abre ao público nesta quinta-feira, 24, das 19h às 22h, na sala Antonio Parrreiras do Museu Histórico do Estado do Pará, o MHEP.

Com curadoria do fotógrafo Iatã Canabrava, a mostra traz fotografias que remontam ao período entre os anos 40 e 70 do século passado, quando na esteira do modernismo europeu e americano da década de 20, os artistas brasileiros entraram na discussão sobre os limites da arte fotográfica.

A itinerância iniciou no ano passado e já passou por várias cidades brasileiras, apresentando um total de 87 obras, incluindo as novas aquisições de duas vintage de José Yalenti: Reflexo – da qual uma cópia limitada já pertencia ao acervo – e Ovaladas, ambas de 1950.

Reflexo e Ovaladas são apontadas pelos especialistas como exemplos que demonstram porque Yalenti  é reconhecido mestre do contraluz e da geometrização de motivos. Entre as 21 obras deste fotógrafo presentes na mostra, vale destacar, ainda, Miragem e Paralelas e Diagonais, por meio das quais o espectador se depara com formas inusitadas, migrando o tempo todo de uma intenção abstracionista a um surrealismo inesperado.

Entre outras raridades está ainda a foto Praticáveis, na qual German Lorca ironiza o banal com simplicidade. Em Telhas, Thomas Farkas constrói com criatividade um novo olhar sobre os já tão fotografados telhados.

Obra de Chakib Jabour
Fotoclubismo - Moderna Para Sempre – A Fotografia Modernista Brasileira é um recorte da coleção de fotografias do Itaú que mergulha, sobretudo, no movimento fotoclubista brasileiro. Segundo Canabrava, este movimento começou em São Paulo no Foto Cine Clube Bandeirante, fundado em 1939, e se alargou para os outros fotoclubes.

Em geral o fotoclube era composto de amadores da fotografia que, livres das obrigações de um trabalho comercial, puderam experimentar e ousar quebrando regas e padrões. Nesses núcleos aterrissaram artistas como Geraldo de Barros, Thomaz Farkas, José Yalenti e German Lorca, presentes na exposição.

(Holofote Virtual com informações do site da Confederação Brasileira de Fotografia)

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