13.11.11

Amazônia Doc exalta os cinemas venezuelano e paraense

Adriano Barroso (Matinta), Prêmio Especial - Conjunto da obra
Passava um pouco das 20h quando teve início a cerimônia de premiação do Amazônia Doc.3, na noite desta sexta, 11. O público que compareceu ao Cinema Olympia vibrou ao ver levar para casa o prêmio de Melhor longa-metragem o documentário Sem ti contigo, do venezuelano Tuki Jencquel.

O anúncio foi feito pela cineasta colombiana Camila Loboguerrero, uma das convidadas desta edição. O filme, uma narrativa poética sobre a paternidade, o HIV e a culpa, aborda uma espécie de reencontro de um pai rebelde com a sua filha falecida. 

Para os jurados do festival, o filme mereceu o prêmio pela construção de um personagem que preserva contradições e celebra o humanismo, longe de uma abordagem maniqueísta. "Sem ti contigo é um espetáculo cinematográfico. Não tem medo de ser emocional, uma das qualidades mais caras ao documentário. Traz elegância e inteligência tanto na forma quanto no conteúdo", destacou o jornalista e crítico de cinema Rodrigo Fonseca, um dos membros do júri. 

Fernando Segtowick - Melhor Curta "Matinta"
Também saiu vitorioso o curta Matinta, do paraense Fernando Segtowick - que levou para casa os troféus de Melhor curta-metragem de ficção eleito pelo pelo júri oficial, o prêmio da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA) para o Melhor curta-metragem, e também foi escolhido Melhor curta-metragem pelo júri popular. 

A noite também foi de festa para o ator paraense Adriano Barroso. Ele, que estrelou nada menos que três filmes exibidos no festival - Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios, de Beto Brant e Renato Ciasca, Ribeirinhos do asfalto, de Jorane Castro e Matinta, de Fernando Segtowick -, foi homenageado com um prêmio especial concedido pelo júri oficial pelo conjunto de sua obra como ator, roteirista e dramaturgo.

Após a cerimônia de premiação, o festival brindou o público com a exibição dos premiados Qual queijo você quer? e As hiper mulheres, dos cineastas Cíntia Domit Bittar e Leonardo Sette, respectivamente. A sessão contou com a presença dos diretores, que exaltaram a importância de preservar o histórico Cinema Olympia, que celebra seu centenário em março de 2012.

Cinema peruano é premiado - Melhor Longa
"Me sinto muito honrado de exibir As hiper mulheres nesta sala, o cinema mais antigo do Brasil, que vocês vêm batalhando para que não se transforme em Igreja evangélica ou Lojas Americanas”, declarou. 

Continua - O Amazônia Doc segue até o dia 20 de novembro, com uma mostra retrospectiva que reexibirá alguns dos filmes que passaram pela tela do Olympia durante estes sete dias de mostra. Também será oferecida a oficina Cinema e Psicanálise, ministrada pelo psicanalista paraense Manoel Leite. Toda a programação é gratuita. 

Premiados

AMAZÔNIA DOC.3 JÚRI OFICIAL 

  • MELHOR FILME LONGA METRAGEM: SEM TI CONTIGO, DE TUKI JENCQUEL, VENEZUELA, 2010, DOC, 43’.
  • MELHOR DIREÇÃO: A TERRA DA LUA PARTIDA, DE MARCOS NEGRÃO, BRASIL, 2010, DOC, 52’.
  • MELHOR ROTEIRO: DE PANELAS E SONHOS, DE ERNESTO CABELLOS, PERU/BRASIL, 2009, DOC, 74’.
  • MENÇÃO HONROSA: LEITE E FERRO, DE CLAUDIA /PRISCILLA, BRASIL, 2010, DOC, 72’.
  • MELHOR FILME CURTA METRAGEM (FICÇÃO): MATINTA, DE FERNANDO SEGTOWICK, BRASIL, 2010, FICÇÃO, 20’.
  • MELHOR FILME CURTA METRAGEM (DOC): SUCUMBIOS – TERRA SEM MAL, DE ARTURO HORTAS, ESPANHA, 2011, DOC, 30’.
  • MELHOR DIREÇÃO CURTA FICÇÃO : A FÁBRICA, DE ALY MURITIBA, BRASIL, 2011, FICÇÃO, 15’.
  • MELHOR ROTEIRO CURTA: CINE CAMELÔ, CLARISSA KNOLL, BRASIL, 2011, DOC, 15'.
  • MENÇÃO HONROSA: CRÔNICAS DE UMA MORTE ANUNCIADA, DE IVAN CANABRAVA, BRASIL, 2011, DOC, 06'.
  • PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI OFICIAL: A ADRIANO BARROSO, PELO CONJUNTO DE SUA OBRA COMO DRAMATURGO, ATOR E ROTEIRISTA.

PRÊMIO ACCPA (ASSOCIAÇÃO DOS CRÍTICOS DE CINEMA DO PARÁ):

  • MELHOR FILME LONGA - A TERRA DA LUA PARTIDA, DE MARCOS NEGRÃO, BRASIL, 2010, DOC, 52
  • MELHOR FILME CURTA – MATINTA, DE FERNANDO SEGTOWICK, BRASIL, 2010, FICÇÃO, 20’.
  • MENÇAO HONROSA – A FÁBRICA, DE ALY MURITIBA, BRASIL, 2011, FICÇÃO, 15’.

JÚRI POPULAR 

  • MELHOR LONGA: A TERRA DA LUA PARTIDA, DE MARCOS NEGRÃO, BRASIL, 2010, DOC, 52'
  • MELHOR CURTA FICÇÃO: MATINTA, DE FERNANDO SEGTOWICK, BRASIL, 2010, FICÇÃO, 20'.
  • MELHOR CURTA DOCUMENTÁRIO: SOLDADOS DA BORRACHA, DE CESAR LIMA, BRASIL, 2010, DOC, 27' 

(Texto: Ascom Amazônia Doc)

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