7.3.12

Trilogias cineparaenses em projeção no Amapá

Dira Paes, em "Matinta", de Segtowick
Os realizadores Fernando Segtowick, Márcio Barradas e Francisco Weyl levam cinema paraense a Macapá, que comemora a partir de hoje pelos 22 anos do Teatro das Bacabeiras. 

Durante três dias, serão exibidos filmes de realizadores paraenses, que também discutem com o público as suas obras. A programação começa nesta quarta, 07, e prossegue até sexta, 09. As sessões serão realizadas na sala do Museu da Imagem e do Som, que funciona no próprio Teatro, a partir das 18h. A entrada é franca. E o debate, aberto.

Fernando Segtowick será o primeiro a dialogar com o público, hoje, sobre os seus filmes “Dias” e “Matinta” e “Dezembro”, do diretor Vitor Souza Lima. Amanhã, dia 08, o realizador volta á ribalta, mas, dessa vez acompanhado pelo poeta e realizador Francisco Weyl. Juntos, eles assistirão e comentarão três filmes de Márcio Barradas (“O mastro de São Caralho”, “Os comparsas” e “O rebanho”). 

Na sexta, dia 09, Weyl projeta e comenta “Paraíso Precipício”, filme que ele realizou em 2005, em Macapá, com o apoio de um coletivo audiovisual mazaganista que ele próprio orientou. A ideia, de acordo com o diretor do teatro das Bacabeiras, o poeta, jornalista e produtor cultural Aroldo Pedrosa, é refletir sobre linguagens, estéticas e poéticas cinematográficas que vem sendo produzidas na Amazônia.

Os Comparsas
“Macapá vive um momento único no desenvolvimento da cultura cinematográfica, afinal, temos aqui um Festival, o FIM, que já se consolidou como um dos mais importantes da Região.

Além do mais, o campo audiovisual se reforçou com a instalação da Liga Cineclubista e da presença marcante da associação de documentaristas local, portanto, estas projeções seguidas de diálogos que teremos, áleas reforçam esta trajetória e ao mesmo tempo a ampliam, na medida em que cabe a nós próprios refletirmos sobre o nosso fazer”, afirma. 

Mazagão – A festa de São Tiago de Mazagão também será abordada nos debates, segundo Aroldo Pedrosa. O produtor afirma que o momento também é de retomada do projeto que consiste na realização de um filme sob a regência de Francisco Weyl, razão pelo qual o realizador vai projetar “Paraíso Precipício”, resultado de uma oficina com a participação de diversos atores, poetas e produtores macapaenses, em 2005. 

‘Tal qual a saga deste povo que atravessou oceanos até que viesse se instalar na Amazônia, em meados de 1670, o projeto Mazagão também enfrentou tempestades, mas sempre mantivemos acesa a sua chama.

Weyl na oficina para o filme "Paraíso Precipício"
Tanto no âmbito da pesquisa histórica, quanto imagética, razão pela qual, graças aos nossos colaboradores, temos diversos textos, imagens e músicas – e parte deste material também será mostrado no Teatro, portanto, este, sem sombra de dúvida, é o momento de reacender esta chama mazaganista”, conclui Weyl. 

PROGRAMAÇÃO
07/03  - “Dias” (2000), “Dezembro” (2004) e "Matinta" (2011), de Fernando Segtowick, exibidos com a presença do realizador. 08/03  - “O mastro de São Caralho” (2010), “Os comparsas” (2011) e “O rebanho” (2011), de Márcio Barradas, com os comentários de Fernando Segtowick e Francisco Weyl.  09/03 - “Paraíso Precipício” , de Francisco Weyl, comentado pelo realizador.

Serviço 
Programação - 22 anos do Teatro das Bacabeiras - Projeção de filmes, seguida de debate. Dias 07, 08 e 09. Sala do Museu da Imagem e do Som, 19h. Entrada franca.

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