8.4.13

Vem aí o novo festival audiovisual de Belém

O curta "Juliana contra o jambeiro..."
Apostando na produção amazônica, o Festival de Audiovisual de Belém será apresentado à imprensa na próxima sexta-feira, 12, às 17h30, no Cinema Olympia, com lançamento da programação e do edital de inscrição.

Enquanto o mercado profissional ainda não garante o pão do dia a dia de quem atua na área, a produção audiovisual independente vem se movimentando, graças ao acesso facilitado aos meios e aos recursos conseguidos por meio de prêmios, bolsas de pesquisa, cursos e parcerias.

É por isso a cada dia surgem, principalmente na web, curtas experimentais, videoclipes, documentários e arte visual digital. A falta de apoio, que também deve ser discutida dentro do evento, ainda é o calcanhar de Aquiles dos que se lançam a dificil tarefa de produzir imagem em movimento. É um nó que precisa ainda precisa ser desatado.

Os curtas paraenses premiados por editais nacionais ganham prêmios, revelando o talento e o potencial da mão de obra local, além de divulgar o nome do Estado aos quatro cantos do país, trazendo um olhar diferenciado para a região, sempre tão marcada por suas mazelas, desmatamentos e impunidade.

“Cinema Olympia – 100 Anos de Magia”, (Katiuscia de Sá)
Estética, formação

A ação cineclubista aqui, forma plateia e promovem reflexão e discussão em torno da linguagem audiovisual, o que contribui com quem está produzindo. Há pelo menos duas associações de críticos de cinema atuantes em Belém.

A ACCPA – Associação de Críticos de Cinema do Pará - e a APJCC – Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, que abrem frente às programações alternativas, que já fazem parte do calendário semanal da cidade. São iniciativas independentes que contam com parceiros que acreditam no setor.

A criação do curso de Graduação em Cinema a Audiovisual, da Universidade Federal do Pará, eventos acadêmicos como o “Seminário 100 anos do Cinema Olympia” e o “CLIC em Cena”, além cinemas comerciais que apresentam as novidades na produção audiovisual mundial, tudo isso vem convergindo, sem dúvida, para que o bloco audiovisual local se faça presente no dia a dia cultural da cidade.

Estes fatores, motivaram a elaboração do projeto, mas  o FAB, idealizado pelo jornalista Enderson Oliveira, mestrando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará e coordenador do CLIC, reconhece que é preciso fazer mais para incentivar a produção técnica e conceitual dos interessados na área do audiovisual.

Por isso, contemplado pelo Edital de Patrocínio do Banco da Amazônia em 2013, o festival pretende criar um ponto de encontro para que público e produtores de audiovisual da cidade, da região e do país possam dialogar e trocar experiências. 

Em sua primeira edição, o FAB contará com mostras competitivas nas categorias “Curtas-Metragens”, “Videoclipes”, “Campanha Publicitária Audiovisual” e “Produção de conteúdo para TV e internet” e mostras não competitivas de Videoarte e de Livroclipes. Também premiará a melhor crítica de cinema escrita sobre um curta-metragem ou um longa-metragem paraense. Para participar, basta ter idade mínima de 15 (quinze) anos, independente de nível de escolaridade, profissão, campo de atuação.

O 1º encontro acadêmico de cinema da UFPA, em 2011.
Data pra acontecer

A programação começa nos dias 17 e 18 de setembro - em local a ser definido -, quando será realizado um seminário para discutir a produção audiovisual contemporânea na Amazônia. Nos dias 19 e 20 de setembro, a programação será no Cinema Olympia. 

O festival vai realizar ainda outras atividades, como curso de roteiro cinematográfico e oficina de vídeos de bolso.  Os detalhes, assim como regulamento e os nomes dos convidados (nacionais e um internacional) apenas serão divulgados no dia do lançamento oficial.  Vamos aguardar a sexta-feira!

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