31.1.14

Cabaret Clown nos 15 anos dos Trovadores

Toda a versatilidade do circo estará neste final de semana colorindo e provocando risos em Belém do Pará, cidade berço dos Palhaços Trovadores. Para o respeitável público ainda há mais três últimas ações de comemoração pelos 15 anos de carreira do grupo.

Nesta sexta-feira, 31, tem Cabaret Clown na Casa dos Palhaços (pague o quanto quiser e se quiser), e no teatro Cláudio Barradas, os espetáculos “O Menor Espetáculo da Terra”, no sábado, 1º de fevereiro, e “Ó Abre Alas”, no domingo, 2 de fevereiro (R$ 10,00 a inteira e RR$ 5,00, a meia).

Na Casa dos Palhaços a programação começa às 20h, trazendo números variados de circo. Haverá malabares com Antônio do Rosário (palhaço AM) e outras participações circenses com Karina Cristina Lima, Alex Pereira e Ronald Lima, Adriano Furtado (Geninho), Alessandra Nogueira (Neguinha), Marcelo David (Feijão) e esquetes com Cleber Cajun,  Kevin Braga, Mágico Natan, Ariane Caldas e Gilbert.

Um dos momentos especiais, porém, trará à cena os clowns com Marton Maués (Tilinho),  Isac Oliveira (Xuxo), dos Palhaços Trovadores, e Juvenal Bernardes (Batatinha - MG), al Bernardes, que veio da cidade de Divinópolis, MG, já contou histórias na Casa dos Palhaços, no último domingo, 26, e nesta sexta, 31, mostrará à plateia o seu clown Batatinha. Ele conta que está mais uma vez encantado com Belém e que fica feliz em poder estar junto dos Trovadores neste momento.

“Já tinha conhecido o Marton em Belém, em 2012, mas pude conhecer os Palhaços Trovadores em uma apresentação que eles fizeram em Belo Horizonte, ano passado, e me apaixonei por eles, são muito bons”, elogia Juvenal, que tem um grupo, em Divinópolis, chamado Cia Bora Andar, que trabalha com contação de histórias, palhaço e teatro de rua.

"Temos um espetáculo chamado ‘O amor nos tempos dos clown que tem tudo a ver com o espetáculo apresentado nesta programação dos Trovadores, o Amor Palhaço. É que a essência do clown é a mesma em qualquer lugar, esse não medo de errar ou ser ridículo é que nos  faz apaixonar pelo clown”, compara.

No Cabaret desta sexta, Juvenal vai apresentar o Batatinha. “Ele é um cara que se acha muito esperto, quer levar vantagem em tudo, mas não é assim a vida. Ele é simpático e brincalhão. Vou mostrar no Cabaret Clown um número que criei há um tempo e terei ao meu lado dois Trovadores, o Tilinho (Marton Maués) e o Xuxo (Isac Oliveira). Vamos mostrar algo inspirado no Muppet Show, vocês vão gostar”, avisa Juvenal.
Pesquisa de clow no Brasil - Para Juvenal isso é muito sério. E cita como exemplo os trabalhos dos Trovadores, além de outros espalhados pelo país.

“Em Minas Gerais temos o Rodrigo Robleño, que o Marton Maués teve oportunidade de conhecer quando foi pra lá, e a Cia Maria Cutia de Teatro, além da Cia Circunstancia, que já vieram a Belém. É uma meninada da pesada. Em São Paulo tem o Ézio Magalhçaes que é um mestre, o Paulo Federal e o Márcio Libar, além de Biribinha, de Pernambuco entre tantos outrospalhaços maravilhosos, enfim tem muita gente boa nessa onda”, reflete.

Arte circense vem cada vez mais ganhando as ruas e hoje muita gente está fazendo circo muitas vezes só pra cuidar do corpo, mas também utilizando a arte circense como fonte e objeto de pesquisas importantes.

“O circo está muito vivo no Brasil. Tem o trabalho da Alice Viveiros (RJ) que precisa ser visto e o da Verônica Tamaoki, que lançou um CD com registros de vozes do circo das décadas de 1930 e 1940, enfim fabuloso, o CD te emocina”, diz Juvenal.

Este ano Juvenal pretende também dar seguimento a um projeto que o grupo dele já vem desenvolvendo em MG. “Em Divinópolis fazemos o ‘Hora do conto na Escola’ e com isso em 2013 visitamos 30 escolas com contação de histórias e distribuímos mais de 300 livros. Este ano queremos entregar mais 400 livros  em escolas inclusive para adultos. Este projeto é incentivo de Lei Municipal e isso ajuda bastante. Além disso queremos circular com nossos novos espetáculos, não só em MG, mas em vários cantos desse país”, finaliza.

Sábado e domingo - No sábado, 01 de fevereiro, as apresentações voltam para o Cláudio Barradas, onde será apresentado “O menor espetáculo da terra”, um espetáculo experimental que mistura as linguagens do clown com o de teatro com bonecos. O projeto foi contemplado com o prêmio Claudio Barradas da Secretaria de Cultura do Estado do Pará – Secult (montagem), em 2010.

No domingo, 02 de fevereiro, para encerrar tudo em ritmo de carnaval, Os Palhaços Trovadores vão mostrar ‘Ó, abre alas’. Em cena, o brinquedo carnavalesco retoma antigas marchinhas e a ideia dos blocos de sujos, apresentado em ruas e bares. Tudo no método clown. E pode levar a garotada toda fantasiada que o baile vai ser lindo!

PROGRAMAÇÃO

CASA DOS PALHAÇOS TROVADORES – 20h (Travessa Piedade, 533, esquina com a Tiradentes – Reduto) - SEXTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO - Cabaret Clown – Ingresso: pague o quanto quiser.

TEATRO CLÁUDIO BARRADAS – 20h (Jerônimo Pimentel, com Dom Romualdo de Seixas – Entrada franca - Ingresso R$ 10,00 e RR$ 5,00 - meia)
SÁBADO, 01 FEVEREIRO - O MENOR ESPETÁCULO DA TERRA
DOMINGO, 02 DE FEVEREIRO - Ó, ABRE ALAS!

SERVIÇO
No teatro Cláudio Barradas, às 20h, com ingresso R$ 10, 00 e RR$ 5,00 (meia). Na Casa dos Palhaços, pague quanto quiser (se quiser). Mais informações: 3088.5858/91 8134.7719.


29.1.14

Mezatrio disponibiliza o novo álbum em stream

"O Topo do Nada”, da banda amazonense, terá lançamento on line, nesta quarta-feira, 29, quando o público que acessar o site www.mezatrio.com, encontrará o disco disponível para streaming e, futuramente, para download. Antes, haverá shows  de lançamento em Belo Horizonte, São José dos Campos e na capital paulista, já nesta primeira semana de fevereiro.

A banda Mezatrio já tocou em Belém. O ano era 2006, no primeiro Se Rasgum Festival. Estava no início da carreira que, em abril de 2014, completa 10 anos e vem se afirmando, com a ideia de se consolidar no cenário, com este novo álbum, investindo na divulgação mais focada, apostando na circulação. 

Em 2004, a banda era na verdade um power trio. Guitarras distorcidas e letras recheadas de sentimentalismo davam o tom. Depois de passar por várias mudanças, hoje com sete integrantes atuais, incluindo um naipe de metais - Paulo Lins (Voz/Guitarra);  Augusto Rodrigues (Guitarra); Abner Canela (Baixo/Voz); Gustavo Machado (Guitarra/Teclado/Voz); Alexandre Lins (Bateria); Marcelo Martins (Trompete) e Nelverton Rodrigues (Trombone) - o grupo apresenta algo diferente e quer mostrar isso ao resto do país.

A partir do dia 6 de fevereiro o Mezatrio estará nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP), no Vale da Paraíba. “Faremos turnê de lançamento, com shows nestas cidades, inclusive com o Macaco Bong, no Hocus Pocus, e também participando de programas como o Alto Falante, da Rede Minas e o Udigrudi, da Play TV”, diz Gustavo Machado, em entrevista ao Holofote Virtual.

A ideia é trabalhar também esta divulgação on line, em blogs e sites especializados. “Temos uma presença online bem legal, estando nos principais meios de divulgação e redes sociais, apostamos muito nisso para a divulgação da música, um mix entre divulgação online e física”, diz Gustavo Machado. "Além do álbum em stream, o site www.mezatrio.com, também trará informações e notícias sobre a banda, vídeos e imagens", complementa.

O show de lançamento em Manaus será em março. “Estamos negociando ainda, mas há grandes possibilidades de tocarmos em festivais de norte a sul ao longo do ano, de acordo com o resultado que obtivermos com o lançamento desse novo trabalho”, continua Gustavo que também ressalta que “seria um prazer voltar pra tocar em Belém, quem sabe ainda em 2014”, enfatiza.

Trajetória - Circulando pelos festivais independentes desde 2005, o grupo já participou do “Calango” (Cuiabá); “Se Rasgum No Rock” (Belém); “Varadouro” (Rio Branco); “Casarão” (Porto Velho); “Fora do Eixo” (São Paulo); “Bananada” (Goiânia); “Sesc Fest Rock” e “Tommarrock” (Boa Vista); “Até o Tucupi” e “Grito Rock” (Manaus-AM); e já fez shows em outras cidades das regiões Norte, Sul e Sudeste do Brasil.

Dividiu o palco com grandes nomes da música independente nacional e recebeu indicações a prêmios de grande importância, como o de melhor show independente e o de banda revelação, por sites especializados como o da revista Dinamyte (São Paulo), Senhor F (Brasília), FanRock (Porto Velho) e Espaço Cubo (Cuiabá).

Ao todo possui dois EPs, três singles e um disco, todos, de acordo com Gustavo Machado, bem aceitos pela crítica especializada. Há participação do Mezatrio também em coletâneas e em 2013, o lançamento de um single e do videoclipe da música “Qualquer Um”, anunciava o que seria o novo disco.

“Em uma escala que vai do ‘nada’ ao ‘tudo’, chegar ao ‘topo do nada’ significa estar no início de alguma coisa, seja começando ou recomeçando, inventando ou reinventando, transformando-se em algo novo e iniciando tudo novamente”, acreditam os integrantes da banda.

No bate papo com Gustavo Machado falamos mais sobre o novo trabalho. Quis saber mais da cena musical de Manaus, enquanto espaço difusão de sua produção e mercado para se manter um trabalho musical que amadureça e se projeto para além de suas fronteiras geográficas. E neste sentido, deu para perceber que Manaus e Pará têm muito mais em comum do que a floresta Amazônica.

No Festival "Até o Tucupi"
Holofote Virtual: 10 anos de carreira. É um momento especial? Não é toda banda que dura uma década...

Gustavo Machado: Sim, é um momento que poucas bandas independentes conseguem passar. Como não podia deixar de ser, durante esses anos todos como banda superamos diversos desafios e esse novo trabalho que estamos lançando veio para coroar essa data tão especial para nós.

Holofote Virtual: O que vocês pesquisam e o que traz  no novo disco, intitulado “O Topo do nada”?

Gustavo Machado: Apesar de cada um de nós ter suas próprias influências musicais, o que nos une é o gosto por bandas de rock internacional que surgiram a partir da década de 90, mas também curtimos várias coisas do cenário independente nacional. Nesse novo disco incorporamos um trompetista e um trombonista, que unido às três guitarras que a banda possui, deram um toque singular ao disco.

Holofote Virtual: Vocês já vieram ao Se Rasgum. Como foi a participação?

Gustavo Machado: Participamos do Se Rasgum em 2006 e temos ótimas lembranças. O público foi bastante caloroso e mesmo depois de todo esse tempo ainda encontramos pessoas que estiveram naquele show e que comentam positivamente a nossa participação.

Holofote Virtual: E deu pra conhecer e trocar com a cena local de Belém?

Gustavo Machado: Como faz muito tempo que fomos tocar em Belém, tivemos mais contato com os artistas daí em outras localidades. Já tivemos a oportunidade de tocar. na The Outs em SP, com a Madame Saatan, banda que curtimos muito e também somos amigos da Marisa (Brito), vocalista da A Euterpia. 

Encontramos também com a Aíla, Felipe Cordeiro e Cristal Reggae & Juca Culatra, no Festival ‘Até o Tucupi’, entre outros. Certamente uma participação em algum festival em Belém faria com que estreitássemos mais os laços com a cena local atual novamente.

Holofote Virtual: E em Manaus? Como é esta cena, quais são as bandas mais atuantes e como rola este movimento musical?

Gustavo Machado: Nos últimos anos em Manaus, notoriamente as bandas autorais passaram a conseguir mais facilmente registrar seu trabalho via gravação. Existem bandas de diversos estilos e com muita qualidade como a banda Snatch, Alaíde Negão, Malbec, Artigo V, The Dust Road e MB-4. Cada vez mais sai material com boa qualidade de gravação daqui. 

A tendência é que em breve esse mercado seja descoberto pelo resto do país e acredito que só não foi mais descoberto por causa da derrocada que a MTV Brasil teve nos últimos anos, que coincidiu com a decadência da popularização de bandas novas de rock nacional.

Holofote Virtual: Há espaço pra tocar, mercado pra música aí?

Gustavo Machado: Se você toca em uma banda cover você tem espaço. Se você tem uma banda de músicas autorais você é obrigado a criar o seu espaço, acredito que seja uma tendência na maior parte do Brasil. Hoje, são poucas as casas de show que abrem espaço para bandas de músicas próprias em Manaus, a não ser que você seja o organizador do evento, produza tudo, divulgue e garanta o público. É uma batalha contínua que as mesmas estão travando, que começou há tempos, mas não tem data para terminar.

Holofote Virtual: E em termos de produção, de que forma vocês capitalizam para os projetos?

Gustavo Machado: Captamos recursos através da realização de eventos criados por nós mesmos, através da produtora Tum Tum, em parceria com outras bandas. 

Também temos parceria com algumas outras produtoras locais, que realizam eventos com bandas locais autorais. Também através de participação em projetos e editais da iniciativa pública e privada, como a Secretaria de Cultura do Estado e da Prefeitura. Inclusive, parte das passagens da Tour estão sendo custeadas pela Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, através de um projeto que submetemos no ano passado.

Holofote Virtual: Então, tem um novo disco e ano passado vocês também fizeram um vídeo que já tinha a ver com este trabalho. Estão felizes?

Gustavo Machado: Ficamos muito satisfeitos com o resultado do disco "O Topo do Nada". Foi um trabalho cuidadoso e longo que fizemos na produção dele. O clipe da música "Qualquer um" foi muito bem recebido pelo público. Foi um clipe de uma música inédita até então, que foi realizado em meados de 2013, como forma de divulgação do álbum que iria ser lançado esse mês. Esperamos fazer muitos shows esse ano, e que o disco consiga atingir o máximo de pessoas possíveis.

É um álbum diferente do primeiro disco homônimo lançado, e apresenta nuances diferentes tanto pela inclusão de músicos que tocam instrumentos de sopro, como também por apresentar músicas mais tranquilas e pops como "Everest", "Ali" e "Proteção" e chegar a extremos de dinâmica como em "Fidel", "Robô" e "Função".

28.1.14

Dand M. no Prêmio de Poesia Belém do Grão Pará

Aberto em janeiro de 2013, o Prêmio de Poesia Belém do Grão Pará recebeu mais de 100 inscrições, de todo o Estado. Além de Dand M. o vencedor, mais dois poetas receberão um Tablet e um Notebook, como premiação de 2º e 3º lugar. Tudo nesta quinta-feira, 30,  em evento a ser realizado na Livraria da Fox. 2013. Entrada franca.

Dand M. é múltiplo, já disse. Mas sem dúvida é a poesia que permeia sua vida em tudo que faz, seja música, teatro, cinema. 

Neste concurso ele ficou com o primeiro lugar, pela obra “Antmor ou amorte de maio”.  Não é o primeiro prêmio. Pelo edital de Literatura do IAP, venceu duas vezes, com “Flores da Campina – poezia” (2002) e “Branco ou 33 Poemas Diluídos” (2006). Em 2009 lançou “Possuídos ou a diluição de Lorena”, pela Editora Amazônia. 

Dand M também já venceu o prêmio da Academia Paraense de Letras com o livro “Do Nu ao Infinito”,  alguns anos depois, teve sua poesia adaptada para o consagrado espetáculo Verde Ver-o-Peso. Nascido em Belém, o poeta e escritor também tem veia de compositor, com poemas nas vozes de Vital Lima, Felipe Cordeiro, Olivar Barreto, Andréa Pinheiro, Clepsidra, Karina Ninni e Anny Lima. 

Mais recentemente vem encarando a veia musical de forma mais direta com seu público, apresentado-se em bares da cidade, como o Prenda Minha (Rua Municipalçidade, 1757 - Umarizal) e o Pai D'égua (Rua Timbiras, 1126 - Jurunas), reunindo um repertório dilacerante. Já fui, ouvi e gostei demais. Está faltando o CD autoral, Dand!  Para ele, experimentar a poesia em seus (não) lugares vem sendo uma prerrogativa, envolvendo o espectador/fruidor de forma visceral. 

Clei de Souza
Premiação - A comissão avaliadora para eleger o Prêmio de Poesia Flor do Grão Pará foi formada pelos escritores Pedro Vianna, Antonio Moura e Ramiro Quaresma.

De acordo com Pedro Vianna, “o concurso é uma grande oportunidade de traçar um panorama da produção poética contemporânea, premiando os três primeiros colocados do certame e divulgando suas obras.”

Além de Dand M. , o escritor Clei de Souza, que já escreve há 10 anos, também foi contemplado com o segundo lugar. 

Ele que ganhou o prêmio "Inglês de Souza de Literatura", da UFPA, na categoria poesia, nas edições de 2010 e 2012, também já recebeu menção honrosa no prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura em 2010. Ganhou o prêmio de Literatura de Castanhal em 2012. Possui o livro de poemas Úmido lançado pela fundação Tancredo Neves, e está com o livro NU olho da rua ou A asa esquerda que brada a ser lançado no segundo semestre deste ano. É professor de Literatura pela UFPA.

O terceiro colocado, Harley Dolzane, é bacharel em Direito pela Universidade da Amazônia. Advogado Especialista em Direito do Consumidor pela Universidade Cândido Mendes e em Direito do Estado pela UERJ. Juntamente com os poetas Josette Lassance e Luiz Carlos França organizou sarais itinerantes pelos bares da Cidade Velha em Belém. Mestrando em Teoria Literária pela UFPA. 

Dolzane também é integrante do Coletivo Kamikaze de cultura e arte, colaborando na editoração da KamikASES Revista Literária. É integrante do Núcleo Interdisciplinar Kairós: Pensamento da Arte e da Linguagem [NIK/UFPA], grupo de pesquisa que se debruça sobre as questões em torno da arte e da filosofia.

Nova edição - As inscrições para a edição 2014 estarão abertas no site a partir do dia primeiro de fevereiro. 

O regulamento e ficha de inscrição poderão ser baixados no site do prêmio, que tem a coordenação de Pedro Vianna e produção de Narjara Oliveira, diretores da A Senda Produções, iniciativa que vem proporcionando excelentes momentos para a literatura urbana/contemporânea paraense. 

O prêmio teve patrocínio do Sistema de Ensino Universo, Sol Informática e Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, através da Lei Tó Teixeira e Guilherme Paraense da Prefeitura Municipal de Belém.

Serviço
Lançamento do Livro Vencedor e entrega da premiação. Nesta quinta-feira, 30, às 18h30, na Livraria da Fox - Trav. Dr. Moares, 584, entre Conselheiro e Mundurucus - Preço do livro: R$ 20,00. Mais informações: 91 8929-3590/9619-3979/3223-3979.

27.1.14

Palhaços Trovadores festejam 15 anos de graça

Os Palhaços Trovadores em estado de Graça há 15 anos
A partir de hoje o principal picadeiro da cidade estará instalado no Teatro Universitário Cláudio Barradas, onde os Palhaços Trovadores irão apresentar, ao longo da semana, seis espetáculos que representam uma trajetória de 15 anos do grupo Palhaços Trovadores. 

A programação dos 15 anos de graça vai até sábado, 02 de fevereiro. Na quinta-feira, 31, porém, eles deixam o teatro e fazem um pit stop na Casa dos Palhaços, onde o público vai curtir um Cabaret Clown. Anotem! 

Para fazer uma síntese desta carreira, que já tem 15 primaveras, foram programados o primeiro trabalho do grupo “Sem Peconha eu não trepo nesse Açaizeiro”, que será apresentado nesta segunda-feira, 27. Criado em 1998, o espetáculo se utiliza de trovas, as quais falam de mitos e lendas amazônicos, para construir cenas engraçadas e líricas embaladas por canções populares.

O grupo traz no repertório trabalhos ligado às festas populares. E para representar bem esta linha de apresentações, foi escolhido “O boi do Romeu no curral da Julieta”, o espetáculo mais representativo em termos de quadras festivas, que será apresentado na terça-feira, 28. Trata-se de uma adaptação da obra de Shakespeare para o enredo do boi-bumbá, desenvolvido através da ótica do palhaço, no ano de 1999.

Na quarta-feira, 29, o emocionante “Amor Palhaço”, criado em 2002, estará em cena. É um dos maiores sucessos do grupo e fala do amor visto sob a ótima do palhaço. Já na quinta-feira, 30, será apresentado “Reprises”, o espetáculo mais recente do grupo, montado em 2011, reunindo cenas tradicionais de circo, com outras criadas pelos próprios Palhaços Trovadores.

Casa dos Palhaços
Na sexta-feira, 31, não tem espetáculo no Teatro Cláudio Barradas, pois a festa será na Casa dos Palhaços, onde será realizado o Cabaret Clown, uma edição especial do principal projeto da sede do grupo, o “Palhaçadas de Quinta”.

Nesta edição serão apresentados vários números de clown, entre eles, um com Juvenal Bernardes, artista que veio de Minas Gerais para participar do evento.

No sábado, 01 de fevereiro, as apresentações voltam para o Cláudio Barradas, onde será apresentado “O menor espetáculo da terra”, um espetáculo experimental que mistura as linguagens do clown com o de teatro com bonecos. O projeto foi contemplado com o prêmio Claudio Barradas da Secretaria de Cultura do Estado do Pará – Secult (montagem), em 2010.

No domingo, 02 de fevereiro, para encerrar tudo em ritmo de carnaval, Os Palhaços Trovadores vão mostrar ‘Ó, abre alas’. Em cena, o brinquedo carnavalesco retoma antigas marchinhas e a ideia dos blocos de sujos, apresentado em ruas e bares. Tudo no método clown.

Pioneiros no trabalho com o clown, o grupo trabalhou bastante e foi, pouco a pouco, definindo sua linguagem e sua poética, seu modo amazônico, porém, universal.

O Menos Espetáculo da Terra
Montou repertório ligado às festas populares, apresentando sempre seus espetáculos no correr dos anos, amealhando um grande público e percorrendo sempre os bairros da cidade de Belém, outras cidades do estado, comunidades e vem realizando intercâmbio com outros palhaços do país, desde sua fundação, realizando programações sempre abertas aos artistas locais e ao público em geral.

Já conquistou uma sede, a Casa dos Palhaços, onde realiza seus treinamentos e ensaios, mas também diversos projetos, encontros, oficinas, palestras, espetáculos e uma biblioteca que tem como madrinha a professora e diretora de teatro Maria Sylvia Nunes.

Linguagem do clown – Os Palhaços Trovadores é um grupo pioneiro no trabalho e pesquisa da linguagem do clown na região Norte, construindo sua poética de modo amazônico, porém, universal. Montou repertório ligado às festas populares, apresentando sempre seus espetáculos no correr dos anos, amealhando um grande público e percorrendo sempre os bairros da cidade de Belém, outras cidades do estado, comunidades e vem realizando intercâmbio com outros palhaços do país, desde sua fundação, realizando programações sempre abertas aos artistas locais e ao público em geral.

Já conquistou uma sede, a Casa dos Palhaços, onde realiza seus treinamentos e ensaios, mas também diversos projetos, encontros, oficinas, palestras, espetáculos e uma biblioteca que tem como madrinha a professora e diretora de teatro Maria Sylvia Nunes.

Desde sua criação, o grupo vem apresentando seus espetáculos pelos bairros da cidade de Belém, outras cidades do estado, comunidades e vem realizando intercâmbio com outros palhaços do país, desde sua fundação, realizando programações sempre abertas aos artistas locais e ao público em geral.

PROGRAMAÇÃO

CASA DOS PALHAÇOS TROVADORES
Travessa Piedade, 533, esquina com a Tiradentes – Reduto

31 DE JANEIRO – 20H
Cabaret Clown – Ingresso: pague o quanto quiser

TEATRO CLÁUDIO BARRADAS
Jerônimo Pimentel, com Dom Romulado de Seixas – Entrada franca.
20h – Ingresso R$ 10,00 e RR$ 5,00 (meia)

27 DE JANEIRO
SEM PECONHA NÃO TREPO NESSE AÇAIZEIRO

28 DE JANEIRO 
O BOI DO ROMEU NO CURRAL DA JULIETA

29 DE JANEIRO
AMOR PALHAÇO

30 DE JANEIRO
REPRISES

01 FEVEREIRO
O MENOR ESPETÁCULO DA TERRA

02 DE FEVEREIRO
Ó ABRE ALAS

24.1.14

Nina Dipla mostra sua intensidade no solo "Rosa"


O solo da coreógrafa grega que está em Belém, abre oficialmente a temporada de apresentações da segunda etapa do projeto Conexão Dança Curimbó, da Cia de Investigação Cênica. Nesta sexta-feira, 24 de janeiro, às 20h, no Teatro Cláudio Barradas. Em seguida, o público também já vai conhecer “Chromata tou Kosmou”, que continuará em cartaz até domingo, 26.

Nina Dipla chegou por aqui logo após as festas de final de ano. Ministrou um workshop para intérpretes selecionados por meio de edital e montou com o elenco da Cia de Investigação Cênica, a segunda coreografia do projeto, que ganhou um nome grego: “Chromata Tou Kosmou”.

Uma vez aqui, o convite para que Nina apresentasse seu solo foi inevitável. É a primeira vez dela no Brasil, aliás, ela esteve em apenas três países da América Latina – Peru, Chile e Argentina – antes de chegar a Belém. Vivendo em Paris, ela possui um currículo que inclui uma assistência de direção de Pina Bausch, a bailarina e coreógrafa alemã, falecida em 2009, pouco antes de Win Wenderes terminar as filmagens do documentário que estreou em 2011 no Brasil, imortalizando-a.

A troca de experiência entre interpretes e novos aprendizados em técnicas e métodos para a dança na contemporaneidade é o objetivo maior do projeto.  Por isso ver Nina de corpo e alma em cena é uma oportunidade única para quem for assisti-la.

O solo “Rosa”, que será apresentado de forma inédita e única, em Belém, trabalha com a imagem para mascarar as aparências. O espetáculo tem textos xamânicos que valorizam natureza e os processos de transformação essenciais das profundezas da alma.

“A criação de Rosa 'nasceu do desejo de trabalhar em tudo o "que não é" meu verdadeiro eu, e também sobre o que as regras que a sociedade nos empurra para deixar-nos cada vez mais imersos nessas máscaras e aparências, que por vezes, fugimos”, conta Nina.

Nina Dipla nasceu em Thessalonique, Grécia. Estudou na Folkwang Hochschule in Essen, onde se formou em 1993. Tornou integrante da Folkwang Tanz Studio (FTS) onde dançou, entre outros, A Sagração da Primavera, de Pina Bausch. Desde 1999, a bailarina tem colaborado como intérprete para diversos coreógrafos, compositores e cenógrafos. Foi também assistente do Tanz Wuppertaler Theater (Pina Bausch) para a reprise de Tannhäuser.

Vivendo em Paris, ela se dedica ao ensino de dança contemporânea, além de se apresentar com seu trabalho solo na França e no exterior em países como Alemanha, Grécia, Eslovênia, Argentina, Itália, Chile, Perú, Japão, Sérvia, Inglaterra, Chipre e Suíça. 

Linguagem - O método de Nina Dipla é inspirado nos ensinamentos do "Folkwang Hochschule, Pina Bausch", centra-se em peso, a energia, a respiração e a qualidade do movimento.  A dançarina precisa projetar seu / sua "verdade" gasta, hic et nunc, para ouvir a sua / seu corpo, para que ele / ela pode evitar imitando. 

Em seus workshops ela enfoca a importância dos detalhes, mas também na simplicidade da ação.  Os alunos são convidados a experimentar o seu espaço interno e externo através de sugestões que incentivá-los a aprofundar a sua / seu vocabulário coreográfico. 

Inicialmente, o corpo, totalmente relaxado, acorda. Em seguida, o aluno passa pela mudança de espaço, de forma gradual, os níveis, usando e estar ciente de suas / seus turnos de peso. Aos poucos, os exercícios foram se transformam em dança.

“O que está sendo muito interessante neste projeto é que tanto a Maya quanto a Nina perceberam muito rapidamente os corpos dos nossos interpretes. Outra coisa é que neste workshop tivemos pessoas de Manaus e de municípios, como Castanhal, Bragança e Paragominas”, diz Danilo Bracchi.

Em continuidade - “Curimbó” é o terceiro momento de um projeto maior, o Conexão Dança, que iniciou em 2010 com a residência artística do bailarino Jhullyam Breno. O jovem, vindo do município de Itaituba para Belém, após um processo de seleção e audição, morou na capital paraense, onde durante dez meses, passou por um processo de formação artística.

Jhullyam não só fez aulas de dança, mas também de teatro e circo; participou dos processos de criação da Companhia de Investigação Cênica, atuando em seus espetáculos e acompanhando a rotina de trabalho de uma Cia. de dança profissional.

Na segunda etapa, em 2011, o Conexão Dança foi aprovado pelo Edital de Residência em Artes Cênicas da Funarte, o que proporcionou a Danilo Bracchi e Ícaro Gaya, da Cia de Investigação Cênica, viagens à Alemanha e França, onde participaram de workshops de dança e foram feitos os contatos iniciais com as coreógrafas Maya Carroll, israelense, e a grega Nina Dipla, ambas radicadas em Paris, assim como Minako Seki, coreógrafa japonesa radicada em Berlim.

“Fader”, de Maya Carroll, foi apresentada em novembro de 2013, no Teatro Waldemar Henrique. Foram duas noites em que o público lotou a casa e admirou o trabalho. Em cena, performance, teatro, dança confundiam sons de tambor com os produzidos pelos corpos dos artistas. Ao fragmentar o movimento da dança do carimbo, Maya obteve formas e imagens que apresentou ao público olhares amazônicos e estrangeiros.

Esta etapa do projeto foi contemplada com o Prêmio Funarte Petrobrás de Dança Klauss Vianna 2012. Este ano, além de Nina Dipla, o Conexão Dança Curimbó, terá ainda o olhar de Minako Seki, completando, assim, uma trilogia.

Durante o período em que as coreógrafas estão em Belém, elas passam por imersões no universo cultural da região, sendo levadas pela equipe do projeto a conhecer a região do salgado e as origens do curimbó. O Conexão Dança, porém, é um processo interminável, que projeta na troca de experiência, a capacidade de criação e de aprimoramento artístico. “A terceira etapa está aguardando resultados de editais nos quais a inscrevemos, e também estamos em busca de outros caminhos, por meio das leis Rouanet e Semear”, finaliza Danilo Bracchi.

Patrocínio: Prêmio Funarte Petrobrás de Dança Klauss Vianna 2012. Apoio: ETDUFPA – Escola de Teatro e Dança da UFPA, Clínica Diogo Bonifácio, Mapinguari Designer, ICA – Instituto da Ciência da Arte e Teatro Universitário Cláudio Barradas – UFPA, MM Produções.  Realização: Trama.  Produção: Trama e Três – Cultura Produção Comunicação. Mais informações: 8134.7719. 

FICHA TÉCNICA

CRHOMATA TOU KOSMOU (Cores do Universo) 

Coreografia: Nina Diplal
Tempo: 35min

  • Elenco: Danilo Bracchi / Milton Aires / Icaro Gaya / Marluce Oliveira / Michele Campos / Andrea Torres / Patrick Mendes  / Marina Trindade
  • Direção Musical e Trilha original: Armando de Mendonça e Edson Santana
  • Direção de Cena e Luz: Nando Lima
  • Operação de Luz: Thiago Ferradaes
  • Direção Figurino: Maurício Franco
  • Direção Projeto: Danilo Bracchi
  • Direção de Produção: Tainah Fagundes
  • Vídeo e Fotos: Ana Lobato/ André Mardock / Marcelo Rodrigues
  • Ensaísta Convidado: Jaqueline Vasconcelos
  • Olhares: Alexandre Sequeira / Miguel Chikaoka / Edson Santana
  • Assessoria de Imprensa: Luciana Medeiros
  • Produção: A Trama e Três Cultura Produção Comunicação


ROSA

  • Solo: Nina Dipla
  • Coreografia / Interpetation: Nina Dipla
  • Música: Roberto Alagna, David Darling
  • Efeitos sonoros, sons da natureza: Carlos do Carmo
  • Duração: 40 min
  • Apoio: The Glass Menagerie, CND Lyon, Micadanses
  • Residência de criação: Centro choregraphique Orleans Josef Nadj
  • Foto: Aldo Begni

Serviço
Conexão Dança Curimbó. De 24 a 26 de janeiro, às 20h, no Teatro Cláudio Barradas – Rua Jerônimo Pimentel, com Dom Romualdo de Seixas. No dia 24, Nina Dipla abre a programação com a apresentação de seu solo “Rosa”. O ingresso custa: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Nos dias 25 e 26 de janeiro, o valor é de R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).

23.1.14

Black Soul Samba em ação nos bairros de Belém

Israel Di Souza: rap na alma
Em quatro anos, a Black Soul Samba vem realizando festas que movimentam a vida noturna na em Belém. Agora o Coletivo aposta em um projeto social que busca informar cultural e ambientalmente a comunidade, se preocupando com a inclusão social de jovens. 

A primeira edição do projeto Black Soul Samba Social – Nos Bairros acontecerá neste domingo (26), no bairro de Fátima, na Escola de Samba da Matinha, às 9h. 

A entrada é franca em toda a programação que oferece oficina de Grafite, a palestra “Cidadania e Inclusão Social”, uma apresentação teatral com o grupo “Nós os Peraltas”, shows de Israel Di Souza e da Trilha do Canal, participação de MC’s convidados, batalha de MC’s e aiinda, claro, dos DJ’s Black Soul Samba.

A ideia não é apenas levar música e alegria para jovens e adultos de áreas periféricas da cidade, mas também oferecer alternativas de inclusão social para estas pessoas, através da dança, arte, música ou ainda, através de práticas ambientais, como por exemplo, atividades econômicas ligadas a sustentabilidade e economia criativa.

Uma das atrações do evento será Israel Di Souza que fará um show com o apoio nos vocais de Hassan Mc e Mana Josy. Israel conta que a vontade de cantar começou quando ele ouvia Cássia Eller, mas as ideias mais maduras vieram com sua admiração por Gabriel o Pensador, Mv Bill e Racionais Mc's.

“O rap me incentivou muito a pensar a vida de modos diferentes e me motivou a escrever. Gosto de falar sobra a vida, sobre superação, amor ao próximo, Deus, aspectos sociais e poucas vezes sobre algo mais romântico”, diz Israel.

A rapaziada da Black Soul Samba
Para o músico a música salva, engrandece, ensina. Assim participar de um projeto que incentiva o aprendizado e o crescimento é importantíssimo. 

“Todas as formas de arte devem ser popularizadas. Principalmente as modalidades artísticas que passam informação e provocam pensamentos. Acredito muito no hip-hop e nas provocações que ele faz quanto a raciocinar a realidade. Ele incentiva a superação de problemas”, completa o artista.

A realização é do Coletivo Black Soul Samba e Instituto Ariri Vivo, viabilizado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura Tó Teixeira, da Fumbel, Prefeitura de Belém. Com apoio do Metal Art Studio, da Zulu Nation Pará, da The Nine Burguer, da Uivo e da Grife Abdul Jamal.

PROGRAMAÇÃO

  • 9h – Oficina de Grafite e DJ’s Black Soul Samba
  • 14h – Palestra “Cidadania e Inclusão Social” – Marcos Hayden
  • 14h30 – Apresentação Teatral com o Grupo “Nós os Peraultas”
  • 15h – DJ’s Black Soul Samba
  • 15h30 – Show de Israel Di Souza
  • 16h – Show da Trilha do Canal
  • 16h30 – MC’s convidados
  • 17h – Batalha de MC’s


Serviço
“Black Soul Samba Social”, neste domingo (26) no bairro de Fátima, na Escola de Samba da Matinha, às 9h. A entrada é franca. (Trav. Castelo Branco, 120).

18.1.14

Fome de Viver volta ao telão em cópia restaurada

Graças a ideia compartilhada entre empresas que administram espaços e salas de cinema no país, o longa de Tony Scott, estre­lado por David Bowie e Cathe­rine Deneuve, está de volta às telonas, pelo menos nas da capital paulista. Fome de Viver (1983/EUA) só entra em cartaz no dia 24, mas neste sábado, 18, tem pré-estreia, com sessão única, à meia noite... É só para fortes. No Espaço Itaú de Cinema (R. Augusta, 1475). E para quem curte Bowie, fica ligado que no final deste mês tem mais do Camaleão do Rock, no Brasil.

"Fome de Viver" é o segundo dos cinco clás­si­cos a serem exi­bi­dos em várias cida­des do país, pelo pro­jeto da Espaço Filme, um conglomerado de cinemas incluindo salas do Espaço Itaú, do Cinespaço e Cinearte, que dá a opor­tu­ni­dade de ver no cine­mas gran­des clás­si­cos do cinema, que são exi­bi­dos em várias cida­des do país. 

O longa marca a estreia de Tony Scott no cinema. Diretor de vinhetas e comerciais, ele acabou ganhando status de "cult" entre os admiradores da sub-cultura gótica. A fotografia  excessivamente escura e a temática do vampirismo nos faz entrar de imediato a um clima sombrio. Memorável, a cena com os protagonistas e a banda Bauhaus, numa boate gótica, bem no início do filme. No elenco ainda estão Susan Saradon e Cliff De Young.

Em abril de 2014, "Fome de Viver" completa 31 anos. No ano passado, a três décadas do longa só não foram mais comemoradas porque Tony, irmão do também diretor Ridley Scott, 75, no mês de agosto, cometeu suicídio.

O quarto filme da carreira de David Bowie é um dos mais cultuados, há, porém, mais trabalhos dele no cinema.  Desde os anos 1970, Bowie vem interpretando papéis em filmes dramáticos, de suspense, comédia, aventura e até uma participação em documentário. A versatilidade de Bowie também está no campo audiovisual. 

O primeiro filme foi "O Homem que Caiu na Terra (1976) e o último, "The Love, We Make" (2011), um documentário. Ao todo foram 14 trabalhos em cinema. Veja a filmografia aqui. O gosto pela imagem é explícito também em suas performances. O Camaleão do Rock, como é também chamado, é um dos escritores mais influentes da música pop mundial.  No último 8 de janeiro, ele completou 67 anos.

Próximos lançamento - Depois de Fome de Viver, a Espaço Fil­mes ainda vai lançar, no decor­rer deste ano: O Pequeno Fugi­tivo (Lit­tle Fugi­tive), de Ray Ash­ley e Mor­ris Engel; Os Pás­sa­ros (The Birds), de Alfred Hit­ch­cock e Monty Python e o Sen­tido da Vida (MontyPhython’s The Mea­nin­fof Life), de Terry Jones. Um Corpo que Cai, de Alfred Hit­ch­cock, lan­çado em dezembro, está em cartaz!

Exposição - Para quem ama David Bowie, uma dica. Vai ser aberta no Museu da Imagem e do Som de São Paulo - MIS-SP, no dia 31 de janeiro, a exposição organizada pelo Victoria and Albert Museum (V&A) de Londres. Tido como um dos mais importantes museus do mundo na área de design, o V&A teve acesso sem precedentes ao The David Bowie Archive para criar esta exposição. 

A exposição traz set lists, letras de músicas, manuscritos, instrumentos e desenhos. A mostra brasileira inclui 47 figurinos, trechos de filmes e shows ao vivo, videoclipes e fotografias. Organizada tematicamente, a exposição leva os visitantes a uma viagem por meio de inúmeros personagens de Bowie e performances lendárias, destacando suas influências artísticas e suas experiências com o surrealismo, o expressionismo alemão, a mímica e o teatro Kabuki.

Crias do Curro seleciona brincantes para desfile

Fotos de divulgação
Eles vão compor as sete alas do bloco - comissão de frente, sambistas, juventude e alas da faixa etária de 7 a 14 de idade. As inscrições para as oficinas de carnaval começam neste sábado, 18, às 15h, na sede da Fundação Curro Velho e seguem até 1ºº de fevereiro, com ensaios sempre aos finais de semana. 

O carnaval da instituição tem a tradição de trazer o lúdico e não concorrer em competições. Além de atrair um grande público, o percurso é feito da Praça Brasil até a sede da Fundação Curro Velho. “Muitos pais dizem que gostariam de inscrever crianças de três ou quatro anos, mas essa é uma faixa etária delicada para carregar uma fantasia num desfile que acontece pela manhã”, explica o Gerente de Artes Cênicas do Curro Velho, Jorge Cunha.

Todos os anos o ‘Crias do Curro Velho’ traz uma temática que discute cidadania, e em 2014 o assunto é a criança. Educação adequada, saúde, ludicidade e brincadeira todas as crianças merecem, mas devem ser acompanhadas de muita atenção, carinho e respeito ao meio ambiente. 

A regra é que os assuntos abordados devem provocar reflexão nas pessoas e nos próprios pequenos sobre os seus direitos. “Os instrutores instigam as crianças a falarem sobre as temáticas do carnaval. Durante os ensaios as crianças são ouvidas e muitas coreografias são das informações dadas por elas”, revela Jorge.

Cada ala do Crias do Curro Velho possuem 35 vagas. Há também as vagas para mestre-sala e porta-bandeira e porta-estandarte. Alunos que não conseguirem passar no teste para essas funções ainda podem sair como destaque durante o desfile.  Para se inscrever não precisa trazer nenhum documento, basta comparecer na sede nos dias de ensaios e fornecer informações básicas de endereço, nome completo, telefone para contato e se cadastrar. 

Os ensaios começam no mesmo dia do início das inscrições. E para quem tiver interesse em participar da montagem de alegorias e adereços deve comparecer no dia 22 de janeiro na sede da Fundação. Para crianças com menos de seis anos, a fundação indica aos pais acompanharem seus filhos durante o desfile, pois não haverá inscrições.

Doações - O Curro Velho está recebendo doações de materiais que podem ser reaproveitados em alegorias e adereços. 

Elementos que podem ser trabalhados artisticamente, como isopor, garrafas pet, embalagens plásticas, CDs e vinis usados que podem virar fantasias, alegorias acessórios ou partes de carros alegóricos. 

Quem quiser fazer uma doação pode ligar para os números (91) 3184-9112 / 3184-9102 ou comparecer na instituição localizada no bairro do telégrafo, no final da Djalma Dutra.

Serviço
Inscrições para as alas do carnaval “Crias do Curro Velho”. Início: 18.01.14 (sábado de 15h as 18h) e 19.01.14 (domingo de 9h as 12h) na sede da fundação localizada no bairro do telégrafo, no final da Djalma Dutra.  As inscrições seguem todos os dias, inclusive nos finais de semana quando acontecem os ensaios.

17.1.14

Outras Portas, Outras Pontes volta em cartaz

Fotos de Jonatha Cruz
A Cia. Sansacroma sai do Capão Redondo e  vai a cinco regiões de São Paulo, com 16 apresentações em bairros paulistanos: Lapa, Cidade Tiradentes, Grajaú, Perus, Heliópolis e na região central da cidade, no Edifício Copan. Dias 28, 29 e 30 de janeiro, às 20h, são no Tendal da Lapa (Rua Constança, 72 – Lapa).  Entrada franca.

Em um primeiro momento, o olhar sobre o apartheid “gentil” existente no Brasil, quando negros operários são tratados com sub-cidadãos e os espaços físicos geram separações. No segundo, a dança e o texto mostram quando a consciência desta separação torna-se indignação e é transformada em materialidade poética, explorando questões como herança cultural e identidade do brasileiro.

Com direção artística de Gal Martins (Prêmio Denilto Gomes 2013 na categoria Difusão da Dança, concedido pela Cooperativa Paulista de Dança), direção coreográfica de Yaskara Manzini, e trilha sonora composta pelo multi instrumentista Cláudio Miranda, da banda Poesia Samba Soul e os músicos Zinho Trindade e MC Gaspar, “Outras portas, outras pontes” abarca dois momentos: uma caminhada cênica no entorno do Tendal da Lapa com termino nas dependências do Tendal.

“A ideia é que seja uma singela homenagem crítica do Capão Redondo ao bairro da Lapa, onde essas realidades se cruzam em suas especificidades, como suas ancestralidades se completam e se contemplam”, explica Gal Martins.

“A Lapa para nós é uma cidade a parte da cidade de São Paulo, assim como o edifício Copan que também foi escolhido para essa circulação, a Lapa tem uma característica provinciana, que muito nos chama a atenção. 

A escolha se deu por esse principio tradicionalismo, identidade e diversidade cultural marcante. Acreditamos que o diálogo entre as características da ancestralidade apresentada no espetáculo proporcionará um diálogo e uma mistura interessante que nos leva para um lugar especial, poético eu diria”, complementa a diretora.

Itinerância e trajetória dramatúrgica -  O espetáculo, antes estava concentrado nas ruas do Capão Redondo, extremo sul da cidade.

Tornou-se itinerante pela própria essência da peça, onde seu processo criativo abrange desde o resgate da ancestralidade africano-nordestina até o olhar sensível sobre as questões político-estéticas que permeiam a cultura periférica, dialogando diretamente com a pesquisa estética atual que a Cia vem desenvolvendo a cerca de dois anos que Gal Martins nomeia de: “Dança da Indignação”.

Nesse processo, as indignações identificadas partiram principalmente dos espaços urbanos e comuns aos próprios bailarinos, moradores de regiões periféricas da cidade, lugares onde emergem causas e bandeiras sociais, políticas e poéticas. Segundo Martins, é na rua que essas indignações brotam, e onde as pessoas têm a possibilidade de gritar e expurgá-las.

A itinerância do espetáculo surge da necessidade de traçar uma trajetória dramaturgia da história do bairro do Capão Redondo, mas principalmente como essa história dissipa e dialoga com a questão do apartheid social, fazendo assim uma relação com o apartheid da Africa do Sul, local e situação de onde surge a lenda do pássaro que dá nome a Cia – Sansakroma - , uma espécie de gavião que protegia as crianças sul africanas nos massacres provocados pelo Apartheid.

Parkour -  Os bailarinos da Cia. Sansacroma participam de uma preparação corporal com técnicas de Parkour, uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano.

Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto. O objetivo é explorar a arquitetura dos lugares com mais possibilidades cênicas e coreográficas onde o espetáculo estiver, já que na primeira parte do espetáculo o elenco realiza uma caminhada cênica nas ruas, sempre acompanhada pelo público.

Ficha Técnica

Direção Artística e Concepção: Gal Martins Direção Coreográfica: Yáskara Manzini Interpretes Criadores: Rafael Edgar, Tamires Ballarini, Thaís Antunes, Renato Alves, Bárbara Santos, Alex Guimarães e Thiago Silva Participação Especial: Luamim Martins Preparação Corporal: Bruno Peixoto, Edson Fernandes, Robson Lourenço, Valéria Mattos e Yáskara Manzini Ensaiador: Thiago Silva Trilha Sonora: Cláudio Miranda, Zinho Trindade e Mc Gaspar Projeto de Luz: Alex Guimarães Operação de Luz e Som: Bruno Feliciano Figurino e Adereços: Mariana Farcetta Direção de Produção: Selene Marinho Produção: Radar Cultural Coordenação do Projeto de AproximAção com o Público: Valéria Ribeiro Estagiária:: Tamisa Betina

Serviço

Espetáculo: “Outras portas, outras pontes”.  Dias: 28, 29 e 30 de janeiro de 2014 (terça a quinta-feira 20h). Entrada franca – Público máximo: 50 pessoas – senhas distribuídas com antecedência de 30 minutos na porta do Tendal da Lapa. Em caso de chuva não haverá espetáculo. Local: Tendal da Lapa – Rua Constança, 72 – Lapa (próximo a rua Guaicurus). Duração: 90 minutos. Classificação etária: 14 anos.