13.2.14

Arthur Espíndola leva samba amazônico pra Black

Arthur Espíndola (Fotos: Homero Flávio)
A noite promete apresentação inesquecível do cantor, que vem pesquisando os grandes sambistas da Amazônia. E o público ainda poderá curtir os sets deliciosos dos DJ’s do Coletivo Black Soul Samba, com Eddie Pereira, Fernando Wanzeller, Homero da Cuíca, Kauê Almeida e Uirá Seidl, com sequências de samba, música negra e outras brasilidades. Nessa sexta (7), às 20h, o evento no bar Los Piratas.

Um músico cheio de curiosidade, com ouvido aguçado e grande instinto musical. O som brasileiro de Arthur Espíndola nos leva a viajar com naturalidade por várias vertentes do samba, seu gênero favorito, que na sua pegada ganha ingredientes únicos, com banjo, curimbó, barrica, caixa de marabaixo e rabeca bragantina, o que nos conduz às áreas sonoras mais peculiares da região norte, sem deixar de lado o pandeiro, cavaquinho, surdo, violão, baixo e bateria. O resultado? Vá ouvir nesta sexta-feira, 14.

No repertório, sucessos do cantor, como “Fora de Moda”, que ganha participação de Gaby Amarantos na gravação do CD “Tá Falado”, o primeiro da carreira de Arthur, com lançamento próximo. A apresentação terá as participações especiais de Bruno B.O, Nanna Reis e outras surpresas. 

“Também vou levar clássicos do samba paraense e grandes clássicos de cantoras como Beth Carvalho e Clara Nunes. De quebra uns carimbos que vão conversar com o samba”, conta o artista. 

A força do samba - O gênero musical que conhecemos atualmente tem origem afro-baiana com misturas cariocas. Nasceu da influência dos ritmos africanos, adaptados para a realidade dos escravos brasileiros, mas com o tempo o samba sofreu transformações de caráter social, econômico e musical. 

A dança de roda de origem Angolana, trazida pelos escravos, principalmente para a região da Bahia, deu início ao que ficaria conhecido como a música do Brasil. Também conhecido por umbigada ou batuque, a brincadeira trazia um dançarino no centro de uma roda, que dançava ao som de palmas, coro e objetos de percussão e dava uma ''umbigada'' em outro companheiro da roda, convidando ele para entrar no meio do círculo. 

Durante a década de 20, veio a repressão. E quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ser preso. Batucar era transgressor demais para as pequenas cabeças de uma sociedade marcada pela falsa moral. Isso porque o batuque era ligado à cultura negra, combatida na época pela igreja católica. 

Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas, o ritmo era liberado. Entre as décadas de 20 e 30, o samba ganharia muitas variações como o samba-enredo, o samba-choro e o samba-canção. É desse período também o surgimento dos sambas criados para os grandes blocos de Carnaval. 

Serviço
Arthur Espíndola + além dos DJ's do Coletivo Black Soul Samba. Nessa sexta (14), às 20h. No Los Piratas - Rua São Boaventura, 268 - Cidade Velha – Belém do Pará. Os ingressos custam 20 reais, com meia entrada para estudantes.

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