30.5.14

Feira Pan Amazônica tem cultura árabe e futebol

Até dia 8 de junho, serão 10 dias de programação, com seminários, encontros literários, shows e espetáculos teatrais, além de mostra de cinema, que este a não será mais realizada no Cine Estação, mas sim, dentro do próprio Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém do Pará. Trazendo como tema “Qatar, uma janela para o mundo Àrabe”, a abertura da XVII Feira Pan Amazônica do Livro será nesta sexta-feira, 30, ás 19h, no Hangar, com um concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, no auditório Benedito Nunes,  e com a inauguração do 6º Salão de Humor da Amazônia, que tem seu espaço no corredor do andar térreo.

Já neste final de semana, a programação reúne programações artísticas imperdíveis tanto para o público adulto, quanto infantil. NO sábado, às 20h30, por exemplo, tem show de lançamento do CD “Waldemar Caymmi – A travessia das águas”, de Cissa de Luna com participação de Danilo Caymmi , pelo Selo Amazônia é Brasil – Secult/PA , no Auditório Benedito Nunes.

O Seminário “Literatura e Sustentabilidade”, sucesso na edição anterior, está de volta este ano, com realização do  Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), reunindo num bate papo os jornalistas André Trigueiro (RJ), às 14h30, “Tasso Azevedo (PR ) e Matthew Shirts – EUA (16h30) e ainda Míriam Leitão (MG), às 17h30. Para participação neste Encontro, solicitar convite via e-mail: imazon@imazon.org.br

A feira terá a presença do embaixador do Qatar, Mohamed Al Kayki; da coordenadora do projeto Qatar Brasil 2014, Rafah Mouafak Barakat, que irá falar sobre o papel da mulher no Qatar, e do escritor libanês naturalizado brasileiro Assaad  Yoessef  Zaidan. 

Poemas árabes serão recitados no Sarau Literário e o escritor paulista descendente de libaneses, Mamede Mustafa, lançará o “Livro das Mil e Uma Noites”, com tradução integral feita a partir de manuscritos árabes. Tudo isso na conferência “Qatar uma janela para o mundo árabe”, neste sábado, 31, das 11h30 às 12h30. No final desse texto você confere toda a programação do final de semana.

HomenagensTambém no sábado e no domingo, a feira conta com a presença do escritor homenageado deste ano, Milton Hatoum (AM). Também tradutor, professor, descendente de libaneses ele comemora os 25 anos de sua primeira obra, Relato de um Certo Oriente, com a marca de 40 mil exemplares vendidos.  

No sábado, ele ele bate um papo com o público, às 19h, no auditório Dalcídio Jurandir, com a mediação da jornalista e apresentadora Renata Ferreira, e no domingo, participa do Seminário “Um Certo Milton Hatoum”, no auditório Eneida de Moraes, das 15h às 18h.

A ideia de homenagear a cultura árabe na feira surgiu após a visita da Sheika Al Mayassa Hamad, que veio ao Pará em novembro do ano passado, com o objetivo de conhecer a realidade da educação indígena na região. “O mundo árabe também está em pauta e a comissão que escolhe o país homenageado na feira optou pelo Qatar porque este será o ano da Cultura do Brasil no Qatar”, disse o secretário de cultura do Pará, Paulo Chaves, ontem pela manhã, na tradicional entrevista coletiva com a imprensa. Na opinião dele, a homenagem possibilitará um crescimento mútuo. “Vamos contribuir para o conhecimento de uma cultura que é muito falada, mas ainda pouco entendida”, ressaltou.

Assim, a programação está voltada para a cultura árabe, com seminários sobre o Qatar, mostra de filmes que exploram a questão árabe, comidas típicas do país e espaços temáticos, onde haverá a apresentação de músicos do Qatar. 

Futebol - Às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, o futebol irá ganhar um destaque na feira do livro deste ano. Em um espaço chamado “Gol de letras”, haverá três mil livros, de 20 editoras voltadas para o tema do futebol. 

Já no último dia da feira, 8 de junho, será apresentado o espetáculo “A bola pede passagem”, com grandes nomes da música paraense. “A Feira Pan-Amazônica do Livro tem este diferencial. Mesmo tendo o Qatar como o país homenageado, não podemos deixar de falar na copa do mundo que acontecerá no nosso país, assim como não vamos deixar de falar dos escritores paraenses e da cultura paraense”, enfatizou o secretário Paulo Chaves.

Além da programação cultural que caracteriza e torna um exemplo a Feira Pan Amazônica para as demais feiras de livro no país, uma área de 24 mil metros quadrados, com 96 mil títulos expostos, 500 editoras, 215 estandes, é disponibilizada ao público. Este ano a expectativa é de receber mais 400 mil visitantes e vender cerca de R$ 16 milhões em venda em livros. 

O representante da Associação Brasileira de Difusão de Livro (ABDL), Robério Silva, afirmou que a Feira Pan-Amazônica do Livro tem uma movimentação diferenciada das feiras do restante do país. Segundo ele, a feira Pan-Amazônica é vista como um dos eventos mais importantes do mercado literário brasileiro e serve de modelo para outros Estados. “Hoje existe uma lista de espera de mais de 50 editoras em todo o país aguardando a oportunidade para participar desta feira”.  Na opinião dele, as bienais de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro são mais focadas no aspecto comercial e aqui no Pará, a feira do livro é voltada para a questão cultural. “Esse é o grande diferencial, além é claro, da excelente estrutura oferecida”, completou Robério.

Para o secretário Paulo Chaves, o livro em si é apenas um dos elementos da feira Pan-Amazônica. “Quando nós pensamos em fazer uma feira do livro aqui no Estado, há 18 anos, pensamos justamente nisso, em promover um espaço cultural para os paraenses, com uma programação variada e rica em cultura. Por isso, ao ver que hoje a feira Pan-Amazônica se tornou exemplo para outros Estados e que a expectativa de venda é de R$ 16 milhões em livros, fico muito feliz e isso deve ser motivo de orgulho para todos nós”, finalizou o secretário.

Estante Virtual - Assim como aconteceu no ano passado, a feira irá contar este ano com a Vitrine Virtual, um sistema de busca de livros desenvolvido em 2013 para a Feira Pan-Amazônica do Livro, cujo propósito é permitir que expositores criem suas bases de dados, para que os visitantes do evento possam consultar lojas, títulos e preços de forma ainda mais rápida e confortável, através do site do evento, assim como de sua versão mobile. A ferramenta visa oferecer aos expositores e leitores um serviço que, a exemplo do que vem sendo feito em grandes eventos em todo o mundo, emprega a tecnologia a favor da praticidade, diferente de tudo que já foi apresentado até hoje nas edições da Feira Pan-Amazônica do Livro e em grandes feiras Brasil afora.

PROGRAMAÇÃO para este final de semana

ENCONTRO LITERÁRIOAuditório Dalcídio Jurandir
Mediadora: Renata Ferreira (PA) - 19h
31/05 – Sábado - Milton Hatoum – AM
01/06 – Domingo - Sérgio Rodrigues – RJ

SEMINÁRIO “QATAR: UMA JANELA PARA O MUNDO ÁRABE” 
Auditório Eneida de Moraes
31/05 – Sábado 
  • 10h30 às 11h30 - Conferência: “Qatar uma janela para o mundo árabe” - Mohamed Al Kayki – Embaixador do Qatar
  • 11h30 às 12h30 - Conferência: “A mulher qatari na sociedade atual” - Rafah Barakat – Qatar 
  • 15h - Conferência: “A influência da cultura árabe na cultura brasileira” - Assaad Zaidan – Líbano     
  • 16h - Conferência: “As traduções do árabe para o português  no Brasil: um roteiro” - Safa Alferd Abou Chahla Jubran – SP 
  • 17h - Conferência: “As mil e uma noites: a arte da narrativa entre os árabes” - Mamede Mustafá Jarouche – SP 
01/06 – Domingo -11h às 12h30
Sarau Literário – Textos poéticos da literatura árabe - Coordenação: Lilia Silvestre Chaves - Intervenção artística: Cia. do Sarau

SEMINÁRIO “UM CERTO MILTON HATOUM” - Auditório Eneida de Moraes
01/06 – Domingo - 15h às 18h - Organização: Lilia Silvestre Chaves
Conferência: “Travessias poéticas de Milton Hatoum às manoas que a memória reinventa” - Amarílis Tupiassú  – PA.

Mesa: Crônicas das duas cidades:

  • Belém de Benedito Nunes - Lília Silvestre Chaves – PA 
  • A Manaus de Milton Hatoum -Amarílis Tupiassú – PA
  • Conferência: “Passagens para certo Oriente” - Milton Hatoum – AM

SEMINÁRIO “LITERATURA & SUSTENTABILIDADE”
Sábado - 14h30 - Recepção dos participantes
Auditório Dalcídio Jurandir. Realização: Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). Apoio: Hydro / Sol Informática / SECULT-PA. Produção: Bruno Oliveira e Stefânia Costa. Para participação neste Encontro, solicitar convite via e-mail: imazon@imazon.org.br.

  • 15h - Bate-papo - André Trigueiro – RJ 
  • 16h30 - Bate-papo - Tasso Azevedo – PR e Matthew Shirts – EUA 
  • 17H30 - Bate-papo  - Miriam Leitão – MG 

PALESTRAS  
31/05 – Sábado - 18h às 19h

“Um artista como editor e escritor”
Bené Fonteles
Local: Sala 03

01/06 – Domingo  - 17h

“As viagens de Pedro Teixeira na Amazônia”
Anete Ferreira
Local: Sala 03

PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA
Teatro e Apresentações Musicais
31/05 – Sábado

  • 11h -Espetáculo de teatro Infantil - “O Conto que eu vim contar” - In Bust - Auditório Benedito Nunes 
  • 17h - Espetáculo de teatro infantil - "Primavera Árabe" - Cia Circense Fênix - Auditório Benedito Nunes
  • 19h - Espetáculo de teatro - “Chão dos Lobos” - Sobre a obra de Dalcídio Jurandir - Organização: Waldinei do Carmo de Souza, Willi Bolle, Marinilce Coelho - Participantes: Alunos e professores da E.E.E.F.M. Dr. Celso Malcher - Local: Sala Marajó.
  • 20h30 - Show de lançamento do CD “Waldemar Caymmi – A travessia das águas”  - Cissa de Luna com participação de Danilo Caymmi - Selo Amazônia é Brasil – Secult/PA - Local: Auditório Benedito Nunes
01/06 – Domingo

  • 11h - Espetáculo de teatro Infantil  - "Primavera Árabe" - Cia Circense Fênix - Local: Auditório Benedito Nunes
  • 17h - Espetáculo de teatro infantil - “O Conto que eu vim contar” - In Bust - Local: Auditório Benedito Nunes 
  • 19h - Espetáculo de teatro - Teatro Cordel do Amor Sem Fim - Direção: Juliana Porto - Local: Sala Marajó
  • 20h30 - Show musical “Entre Muros e Mouros” - Simone Almeida 
  • Local: Auditório Benedito Nunes


ESPAÇO INFANTIL
31/05 – Sábado

  • 10h30 - Espetáculo de Teatro- A gata que odiava livros - CIA do Sarau
  • 11h30 -  Curtas do Festival Decididamente Animados : “7,2  toneladas” (França, 2004, 3 min.) de Nicolas Devaux; “A dança da chuva” (França, 2006, 8 min.) de Vijaya Kumar Arumugam; “A  harmonia  cósmica” (França,2005, 6 min.) de Jean-Marc  Rohart.
  • 15h - Contação de história- O conto que te conto - As mil e uma noites - Vandiléia Foro.
  • 16h -  Curtas do Festival Decididamente Animados: “Até os patos vão para o paraíso” (França, 2007, 9 min.) de Samuel Torneux, “Borboleta” (França, 2005, 3 min.) de Zhi Yi Zhang, “Entre duas migalhas”França, 2005, 5 min.) de Sylvain Ollier
  • 17h - Espetáculo de Teatro - Maninho, cadê as árvores? - Trupe de Bubuia
  • 18h - Contação de história - As mil e uma noites com Sherazade e Aladim - Cleber Cajun e Camila Góes
  • 19h - Espetáculo de Teatro - Mocambo - Grupo Pião Rodado


01/06 – Domingo
  • 10h30 - Espetáculo de Teatro - Vento norte além-mar - Mana'Vú
  • 11h30 - Curtas do Festival Decididamente  Animados: “Migração  assistida” (França, 2006,  5 min.) de Pauline Pinson, “O castelo dos  outros” (França,2004, 6 min.) de Pierre-Luc  Granjon, “O rabo do camundongo” (França, 2007, 5 min.) de Benjamin Renner
  • 15h - Contação de história - Quintal - Achadouros de infância - Cirandeiros da Palavra
  • 16h - Curtas do Festival Decididamente  Animados: “Pamplemousse” (França, 2003, 7 min.) de Coralie Van Rietschoten, “Primeira viagem” (França, 2007, 10 min.) de  Grégoire Silvan.
  • 17h - Contação de história - Sindebar Marinho - Gil Ganesh
  • 18h - Contação de história - Vai Qatar histórias - Milton Aires e Patrick Mendes
  • 19h - Espetáculo de Teatro - Rabiolas - CIA Extraordinários

TRIBUTO A VICENTE  SALLES
Sala 05 - Organização: Editora da Universidade Federal do Pará. Ciclo de palestras e mesas que irá abordar a trajetória de vida e de pesquisa do historiador, sociólogo e folclorista paraense Vicente Juarimbu Salles (1931-2013), com destaque para a Coleção Vicente Salles, abrigada no Museu da Universidade Federal do Pará.

01/06 – Domingo  - 17h às 18h - “Olhando Vicente Salles: trajetória de vida e de pesquisa do folclorista e historiador paraense”, com Rose Silveira - Coordenação: Simone Neno (UFPA)


MOSTRA DE CINEMA - Auditório II 
Curadoria: Elias N. Gonçalves / Co-Curadoria: Geraldo Campos (ICArabe
31/05 – Sábado 


  • 11h - “As aventuras de Azur e Asmar” (França, 2006, 99 min.) - Direção: Michel Ocelot - Cesura: Livre 
  • 16h30 - “A cor das oliveiras” (The color of olives - México/Palestina, 2006, 97 min.) - Direção: Carolina Rivas - Censura: 12 anos  
  • 18h30 - “Baba Aziz – O Príncipe que  contemplava a sua alma” (França/Alemanha/Irã/Tunísia/Reino Unido, 2006, 96 min.) - Direção: Nacer Khemir - Censura: 12 anos

01/06 – Domingo 


  • 11h - “Forget Bagdah” (Suiça, 2002, 111 min) - Direção: Samir - Censura: 12 anos  
  • 17h - Mesa Redonda: Cinema  de Cultura Árabe - André Albregard - SP - José Augusto Pacheco – PA  
  • Mediação: Elias Neves Gonçalves – PA
  • 18h15  - “A Última Estação” - (Brasil/Líbano, 2012, 115 min.) - Direção: Marcio Curi - Censura: 12 anos  


PONTO DO AUTOR 
31/05 – Sábado 

  • 19h  -Míriam Leitão, André Trigueiro, Matthew Shirts
  • 19h30 - Bené Fonteles - Livro: Prata, São Francisco e Amazonas: o imaginário das bacias fluviais brasileiras
  • 20h30 - Milton Hatoum - AM  

01/06 – Domingo

  • 17h30 - Armando Moraes 
  • 18h - Anete Ferreira
  • Pedro Teixeira - uma aventura épica na Amazônia
  • 20h30 - Sérgio Rodrigues – RJ

EXPOSIÇÕES
De 31 de maio a 08 de junho de 2014 – Diariamente de 10h às 22h. 

  • “Exposição – Salão do Humor” - Corredor Lateral -Realização: V Salão Internacional de Humor da Amazônia.
  • Exposição "Espia o Pará"- Corredor Lateral - Realização: IOEPA.
  • Exposição Fotográfica "Três cores, uma paixão" - Hall Foyaer  1º piso - Realização: Hangar Convenções e Feiras da Amazônia

Serviço
A XVIII  Feira Pan-Amazônica do Livro será realizada de 30 de maio e 8 de junho, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. A entrada é franca.  A abertura será nesta sexta-feira, 8, às 19h, com abertura dos portões às 18h. Nos demais dias a feira abrirá das 10h da manhã às 22h. A programação está diponível no site da feira, através do endereço: www.feiradolivro.pa.gov.br. As inscrições para participar de oficinas e cursos também podem ser feitas pelo site.

28.5.14

Uma forma colaborativa para a produção cultural

Vai encerrar na próxima semana, a campanha no site eu Patrocino, em prol da gravação do videoclipe "Oswald Canibal”, de Henry Burnett. O investimento, que varia de R$ 20,00 a R$ 1.000,00, pode ser feito por qualquer pessoa e as contrapartidas vão desde inclusão do nome nos créditos da obra, CDs, DVD e camisas, ingressos para lançamento do vídeo e visita ao set de filmagem

Henry Burnett é músico e compositor paraense, que atualmente reside em São José dos Campos/SP, onde é professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A canção “Oswald Canibal” pode ser considerada uma homenagem à poesia modernista de Oswald Andrade e à filosofia contemporânea de Benedito Nunes, passando pelo interstício que une (pelo bem, pelo mal) São Paulo e Belém do Pará. 

O videoclipe, que foi idealizado pelo CLIC e terá a produção da Fóton Filmes, pretende arrecadr os recursos em uma campanha de financiamento coletivo por meio  do site Eu Patrocino. "A campanha de crowdfunding segue até dia 04 de junho e estamos chegando aos 70%", diz Enderson Oliveira, do CLIC, idealizador do projeto do videoclipe.

"Gosto muito do trabalho do Henry e achei que era momento de testar algumas coisas, procurar novos desafios profissionais. Apresentei a proposta à Victória Costa, da Fóton Filmes e fiz o convite ao Henry, que conheci de fato ano passado, então como avaliador da minha dissertação de mestrado. Ele topou a ideia, principalmente pelo modo colaborativo como a produção do clipe foi concebida e, depois de vários e-mails, chegamos ao consenso de gravar Oswald Canibal, curiosamente minha favorita (risos)", diz Enderson.

O vídeo será lançado em setembro deste ano durante a segunda edição do Festival de Audiovisual de Belém e anuncia o álbum “Belém Incidental”, de Henry Burnett, a ser lançado no início de 2015. Para colaborar com a produção do videoclipe, você pode acessar o site Eu Patrocino até o dia 04 de junho e lá fazer sua doação. A campanha está na reta final!

Contribua acessando: http://eupatrocino.com.br/videoclipe-oswald-canibal-de-henry-burnettSaiba mais sobre as contrapartidas da campanha e detalhes da produção do videoclipe: http://oswaldcanibal.tumblr.com/

27.5.14

Uma noite de Swing com a Amazônia Jazz Band

“Na Era do Swing” está de volta ao palco do Theatro da Paz, desta vez, com a participação especial dos bailarinos Fernando Alves e Luana Rodrigues. Nesta terça-feira, dia 27 de maio, às 20 horas. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do teatro.

Esse mesmo concerto estreou no Theatro da Paz em março deste ano. O sucesso foi tão grande que ele está de volta, agora com a participação especial dos bailarinos Fernando Alves e Luana Rodrigues.

O repertório do concerto é composto por uma seleção extraídas das décadas de 30, 40 e 50 do século passado, conhecido como a Era do Swing, período em que o jazz se tornou o mais popular gênero musical dos Estados Unidos e se propagou em escala planetária.

Essa fase é tão importante e emblemática que sempre é revisitada. “Em seus 20 anos de existência, a AJB dedica todo um programa a esse repertório”, declara o maestro Nelson Neves, titular da AJB. “Foi necessário um trabalho especial nos ensaios para atingirmos o tipo de sonoridade que essas músicas exigem”, acrescenta.

Clássicos - Entre os autores e arranjadores, estrelas como Benny Goodman, Glenn Miller, Duke Ellington, Nelson Riddle e Johny Mercer. Entre as músicas, uma lista de clássicos absolutos, como “Moonlight Serenade”, “Take a Train”, “Blue Moon”, “The Shadow of Your Smile” e “Satin Doll”.

“Moonlight Serenade” é uma composição de Glenn Miller do ano de 1939 que devido ao seu imenso sucesso mundial, em 1991 foi introduzida no Hall da Fama do prêmio Grammy. É uma canção muito popular e comumente é usada em trilhas sonoras do cinema e da televisão, como o desenho Os Simpson, passando por “Star Trek - A Nova Geração”, de 1989. 

“Blue Moon” segue a mesma linha. Composta em 1934 por Richards Rodgers e Lorenz Hart, é do segmento canção balada e já foi gravada tanto no formato instrumental, quanto com voz e banda, por vários artistas como Elvis Presley e pela roqueira brasileira Rita Lee.

“É um programa de gala, uma rara oportunidade de ouvir esses temas que se tornaram eternos, por um grupo instrumental capaz de lhes fazer justiça. 

Em uma palavra: é imperdível”, ressalta João Augusto Ó de Almeida, gerente de música da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), realizadora do evento juntamente com a Academia Paraense de Música. A promoção é do Governo do Estado.

Serviço
Amazônia Jazz Band apresenta o concerto “Na Era do Swing”, hoje, terça-feira, 27 de maio, às 20 horas, no Theatro da Paz. Entrada gratuita, com distribuição de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 9h, no dia do espetáculo. Informações: (91) 4009-8759.

(Texto e Fotos / Agência Pará)

Fundação Curro Velho inscreve para suas oficinas

As aulas iniciam no dia 10 de junho. Os documentos necessários para a inscrição são: identidade, comprovante de residência e declaração da escola caso seja aluno da rede pública de ensino, pois é isento da taxa de inscrição. Os demais, universitários, aluno de escola pública pagam uma taxa única de 20 reais. 

São mais de 80 opções para crianças, jovens e adultos, no Curro Velho e também na Casa da Linguagem. As inscrições encerram no dia 09 de junho. Entre as oficinas estão brinquedos de miriti, pintura em tela, confecção de bolsas, grafite, serigrafia, modelagem em argila, percussão, cavaquinho, violão, dança de rua, técnicas circenses, teatro entre outras. Essas oficinas serão realizadas no prédio sede localizado no bairro do Telégrafo.

Na Casa da Linguagem, unidade localizada no bairro de Nazaré, as oficinas ofertadas são voltadas para a Linguagem Verbal como redação, leitura e produção de texto, Libras, contação de história, além de oficinas de pintura, caricaturas, desenho de personagem, dança de salão, canto coral, teatro entre outros.

A Fundação Curro Velho tem como objetivo ministrar oficinas de arte e oficio que oferecem ao aluno tanto o aprendizado em volta da arte, como melhorar cada vez mais a sua comunicação com a sociedade em que vive. 

São oficinas que sempre encantaram os alunos, principalmente os jovens estudantes que procuram algo para ocupar o tempo, ou uma maneira de aprender se divertindo e até mesmo buscar a base de uma futura profissão, como as jovens Ane Barros,20, e Raiana Silva,16, que são estudantes e estão fazendo sua primeira oficina na Fundação que é grafite. De acordo com as alunas, a oficina é ótima até porque elas pretendem trabalhar com artes visuais. 

“Eu estou começando a levar para o lado sério agora, então vim buscar a base aqui na Fundação Curro Velho”, planeja Ane Barros. Para Raiana “as oficinas são boas até por que eu pretendo fazer artes visuais e com a oficina de grafite eu melhorei muito meus desenhos”, comemora.

26.5.14

Compós traz seminário internacional para Belém

Nick Couldry (Londres) inicia programação
A programação faz parte do 23º Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós). O evento reúne em Belém, de 27 a 30 de maio, os principais pesquisadores do Brasil na área de Comunicação. No Teatro Maria Sylvia Nunes.

Nesta terça-feira, 27, no primeiro dia de evento, antes da cerimônia oficial de abertura, marcada para 19h30, na Estação das Docas, a programação é concentrada no seminário de Nick Couldry, da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, que vai  dominar o seminário com o tema "Uma desilusão necessária: mito, agenciamento e injustiça em um mundo digital", das 14h às 18h30, com transmissão ao vivo pelo site do evento.

Nick Couldry é professor de Mídia, Comunicação e Teoria Social no Departamento de Mídia e Comunicação da Escola de Economia e Ciência Política de Londres (The London School of Economics and Political Science - LSE). Como sociólogo de mídia e cultura, ele aborda a comunicação pela perspectiva do poder simbólico historicamente concentrado nas instituições midiáticas. Couldry é autor de onze livros, entre os quais Media, society, world: social theory and digital media practice, não traduzido para o português.

O sociólogo apresentará o modo como vem pensando e pesquisando mídia e cultura nos últimos 20 anos, demonstrando como as mídias, pelo menos nos últimos dois séculos, relacionam-se com nossas possibilidades de conhecer o social. 

No seminário, o sociólogo descreverá três mitos através dos quais são moldadas e encobertas as relações entre mídia e conhecimento social. Por fim, serão consideradas as consequências das discussões propostas em dois domínios específicos: agenciamento e injustiça.

Compós - A Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) atua no fortalecimento da pesquisa, na integração entre os programas, no diálogo com instituições afins e no estímulo à participação da comunidade acadêmica nas políticas para a área. O encontro anual da Compós é o principal fórum de discussão da pesquisa em Comunicação no Brasil. As reuniões dos grupos de trabalho do encontro deste ano serão na Universidade Federal do Pará, nos dias 28 e 29 de maio.

Serviço
Seminário Internacional Uma desilusão necessária: mito, agenciamento e injustiça em um mundo digital, com Nick Couldry. Dia 27 de maio, terça-feira, de 8h30 a 18h30, no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. As inscrições encerramram no dia 5 de maio, mas haverá transmissão ao vivo pelo site: http://encontro2014.compos.org.br/

As Folias do Norte na pauta do Projeto Oralidades

A iniciativa integra o calendário de atividades do Instituto para o Arrastão do Pavulagem 2014 - cortejo que reverencia os santos da quadra junina e a cultura popular brasileira há quase três décadas. Nesta terça-feira, 27, a partir das 18h30, na sede do Instituto, no bairro da Campina. A entrada é franca.

Heranças de um tempo antigo, os festejos e folguedos em louvor ao divino estão imersos na história dos povos. Sagrados e profanos, eles ganham novos contornos com o avanço dos séculos e incorporam elementos que revigoram sua existência.

"Na Antiguidade, faziam-se ritos que inspiraram as folias ou estão na sua origem. Elas são manifestações culturais que têm raízes históricas tão antigas quanto às primeiras comunidades humanas", comenta o sociólogo Emanuel Matos, um dos convidados do seminário.

Emanuel Matos abordará as relações entre sagrado e profano, a partirde uma perspectiva apolínea e dionisíaca. Ao evocar as divindades da mitologia grega, com Apolo, o deus da juventude e da luz; e Dinonísio, deus da loucura, do vinho e do delírio; Matos lembra a dualidade e o sincretismo que marcam os traços culturais dos povos em qualquer tempo.

"Trabalho, festas, sagrado, embriagues, viagens espirituais e psíquicas sempre existiam. Nas folias, eles estão em perfeita sintonia. Nos rituais oficiais, eles estão lá firmes e fortes. Existem em cerimônias sacras. Há a presença do Eros [Deus do Amor]. Do vinho. Do prazer, do gozo espiritual", compara.

"Essa ideia de compartilhamento é o que a gente acredita para o cidadão do futuro, a junção desses elementos pode ser de grande valia para uma formação mais integral", afirma o Ronaldo Silva, presidente do Instituto Arraial do Pavulagem.

Este ano, o Oralidades também leva para a roda de conversas o historiador Aldrin Figueiredo, que fará um panorama das folias na região amazônica, com destaque para a Marujada de Bragança, o Marambiré e a Pastorinha de Alenquer. Ademar Leão Feio, membro e fundador da Irmandade dos Devotos do Glorioso São Sebastião, de Cachoeira do Arari, representa a tradição das festividades de santo do interior do Pará. 

A mediação será feita pelo músico de Junior Soares, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, devoto de São Benedito e que traz as referências da marujada bragantina para o debate. Com as vivências múltiplas dos participantes, ao seminário promete ser um terreno fértil para o diálogo tão diverso quanto às folias que percorrem o norte brasileiro.

"O interessante é ter acesso ao olhar de cada um e como essa realidade é pensada, processada para esse momento de troca. Como que cada um deles vai buscar dentro do universo que eles dominam os pontos de encontro. O Oralidades é muito necessário para abastecer os brincantes de conteúdos para construção dos cortejos e a cada vez mais a gente vai aprofundando esse conceito", avalia Ronaldo.

Serviço
Projeto Oralidades apresenta seminário "Folias do Norte". Dia 27 de maio, às 18h30, na sede do Instituto Arraial do Pavulagem (Rua Boulevard Castilhos França, 738, em frente à Praça dos Estivadores. Bairro da Campina). Entrada Franca.

25.5.14

À Sombra de Dom Quixote em despedida no Sesc

Quando termina o espetáculo, a cena é do público, 
convidado a ver o que há por trás das cortinas,
ou melhor, da tela.
A reestreia em Belém, na última quinta, 22, no Centro Cultural Sesc Boulevard, marcou o retorno do Miasombra às apresentações, com seu 1º espetáculo, montado em 2010, a partir do Prêmio Funarte Miryam Muniz de Teatro. Nos dois primeiros dias, o público chegou curioso. No sábado, o teatro lotou e pessoas voltaram pra casa. Neste domingo, 23, às 21h, é a ultima apresentação, mas já há agenda para estar na cidade em julho, no Reator, e em outubro, no Teatro Cuíra.

No mesmo ano em que Belém do Pará foi fundada, em 1616, morria na Espanha, Miguel de Cervantes y Saavedra, autor de uma das obras mais importantes da literatura universal, “Don Quijote de La Mancha”, que conta a história de um senhor que, ao ler compulsivamente vários romances de cavalaria, moda literária da época, acaba transformando em um cavaleiro andante que sai pelo mundo em busca de seu próprio romance.

Cervantes morreu, mas sua obra atravessou o oceano e veio parar na América Latina, descendo pelo Solimões, até desaguar no Amazonas. Daí, o universo de Dom Quixote, no espetáculo do Miasombra, ser feito de meninos peixes, sereias, caranguejos, uma rosa e a cidade, o rio. 

Você se prepara para ir ao teatro e o
que acaba vendo  é, de certa forma,
cinema.
Trazendo interfaces entre o real e irreal, permeado de ilusionismo, característico do teatro de animação, o espetáculo coloca o personagem de Cervantes num estado de jogo que sugere um encontro entre a literatura, imagem estática, e o teatro, imagem em ação. 

Três cartas, escritas pelos atores manipuladores, ainda na fase de pesquisa e experimentações que levaram a montagem, costuram a narrativa ilustrada com trilha sonora, sombras e luz. 

As apresentações surpreendem o público, que é gentilmente convidado a ver de perto, após o espetáculo, seus bonecos e todo aparato de bastidores. O espanto vem, pois na tela, pode parecer complicado, mas por trás dela, é tudo bem mais simples.

De acordo com os integrantes, é uma questão de ensaios, coreografia e condicionamentos. “Temos que apresentar todo o espetáculo acocorados, para não aparecer sombras indesejáveis dos atores. Isso também exige preparo físico”, diz Milton Aires, que coordena a produção e atua no espetáculo.

Adaptações e inspirações - A história de Dom Quixote já inspirou e continua inspirando artistas diversos, ganhando milhares de adaptação para peças de teatro, óperas, composições musicais e de dança. No século XX, o cinema e a televisão também se apropriaram do Cavaleiro da Triste Figura. Nas artes visuais ele aparece em trabalhos de Willian Hogarth, Francisco Goya, Honoré Daumier, Vasco Prado  e Pablo Picasso

Em “À Sombra de dom Quixote”, do Miasombra, não há adaptação. Trata-se de uma livre inspiração, que não procura recontar a história, mas fazer revirar dentro do ser humano sentimentos sobre sua trajetória, o direito de escrever certo em linhas tortas, de não desistir dos sonhos. Mas sim, estão lá Dom Quixote, uma certa Dulcinéia e Rossinante, afinal eles existem dentro de nós.

Todo mundo quer uma foto. O Miasombra, gosta!
Voltando para circular - A volta do espetáculo foi um desafio para o grupo. Vontade de estar com ele novamente em cena, era antiga, sempre esteve nos planos, mas como tudo tem o seu tempo, só agora foi possível.

“Quando o estávamos criando, em 2010, dentro de um espaço específico, não sabíamos quando e nem onde poderia voltar em cartaz. Construímos tudo para funcionar, dentro do Estúdio Reator”, lembra Milton Aires. 

“Depois desta temporada no Sesc, que acreditou neste projeto, nos convidando para dar uma oficina seguida dessas apresentações, nos sentimos preparados para ganhar o mundo”, complementa o ator.

A demora para voltar com o espetáculo teve alguns motivos bem pontuais. Entre 2011 e final de 2013, alguns dos integrantes do grupo estavam morando e trabalhando fora de Belém. Um deles, Lucas Alberto Cunha, nem chegou a voltar, continua morando no sudeste do país, trabalhando com artes cênicas. 

A nova montagem conta com Milton, Márcia Lima e agora, com o ator Patrick Mendes, do grupo Teatro que Roda (GO). Ele está se radicando em Belém. Foi convidado e topou assumir uma das manipulações, que não são só de bonecos, exige o agilidade com a operação de luz e outros materiais, que ajudam a produzir aquela ilusão de ótica que maravilha as retinas na plateia.

Entrei para o grupo em 2010, para fazer uma simples assessoria de imprensa na estreia do espetáculo. Vieram as fotos, o maior envolvimento com os integrantes do grupo, e fui ficando. 

"À Sombra de Dom Quixote" tem ainda David Matos, na direção e dramaturgia,e conta com Mauricio Franco, que criou os bonecos originais, hoje revistos por Aline Chaves, para terem maior durabilidade; Leo Bitar, ana trilha sonora, Thiago Ferradae, na operação de luz, Nando Lima, em sua sempre consultoria de tudo, além da contribuição de Iara Regina Souza  e Aníbal Pacha, que ministraram laboratórios de criação. Todos nos ajudam a compreender melhor este teatro de tecnologia própria para a dramaturgia de sombras, com atores e bonecos.

Serviço
“À Sombra de dom Quixote”. Última apresentação neste domingo, 21h, no Centro Cultural Sesc Boulevard. Entrada franca, com distribuição de ingressos 1 hora antes. O Sesc fica na Av. Castilho França, no lado oposto da Estação das Docas, próximo ao Ver-o-Peso.

24.5.14

“Antônimo” na teia musical de Antonio Novaes

Vi o show pela 3ª vez. As duas primeiras, nas apresentações realizadas, este mês, pelo Música na Estrada, em Parauapebas e Curionópolis. E mais uma vez, a performance da música do Antonio Novaes me alumbrou, como fez ao público das cidades do sudeste paraense, e também ao da plateia de Centro Cultural Sesc Boulevard, nesta sexta-feira, 23, oportunidade para ver, de maneira inédita, um show que de certo despontará em outros palcos.

No do Sesc Boulevard, eram 19h05. A cantora Cacau Novais, compõe os vocais, com Antonio, dando ao show os tons de contornos femininos, necessários. Theo Silva, no trompete, Príamo Brandão, no baixo, e Adriano Sousa, na bateria, complementam a banda, montada especialmente para estas apresentações, no Pará.

Aberto com “Calçada da Deselegância” (parceria com o compositor baiano Daniel Mã) o show trouxe no repertório músicas que farão parte do primeiro álbum de Antonio Novaes, “Antônimo”, projeto que ele desenvolve em São Paulo, onde está radicado, há seis anos.

Renato Torres e Puff
A noite seguiu com “Tenha Mais Cuidado”.  E ainda neste início, o público, já caloroso, foi surpreendido pela primeira participação da noite.  

Foi chamado ao palco, o músico, compositor e poeta Renato Torres, que cantou, “Toada Cluster”, parceria de letra e música com Antônio Novaes, a terceira do repertório.

Também foi chamado, para compor a cena com Renato, o saxofonista Marcos Cardoso, o Puff. “Vem pra cá Marcos Cardoso, um músico que admiro e que tem uma inteligência musical, incrível”, falou Novaes. A plateia gostou. E a teia musical construída pelo compositor, neste retorno a Belém, foi se evidenciando cada vez mais.

Cacau Novais
“Emoção de Fibra ótica”, a canção seguinte, chegou arrebatando. Logo no começo, o metal anuncia: 

“A tarde passa logo então te convém valorizar o ócio e esse teu vintém, já da pra ver, que cicatrizou, já da pra ver, que se cicatrizou, mas olha aí, mas olha aí, disfarçando a nostalgia feito um Faqui...”, diz a letra. E o piano chega junto...  e a música segue “... minha emoção de fibra óptica se derramou sobre o ecrã...”, como refrão.

O repertório ainda teve “Gelo”; “Roseado” e “Brechó do Brega”. Gravada originalmente no LP “Revirando o Sótão”, pela A Euterpia, a música, em 2013, ganhou nova versão, com Cacau Novais, no programa “Sala de Ensaio”, com Adamor do Bandolim, Lorena Brabo e Pio Lobato. Antonio ouviu, curtiu e nem pensou duas vezes para convidar a cantora para fazer parte de sua banda, por aqui.

Na plateia, Ana Clara Matos aguardava sua vez. Enquanto isso, vieram “Lixo”, “Dentro da Caixa" (parceria de letra com Rogério Nishizawa), e a participação de Natália. “Eu já vi algumas vezes este show e ainda assistiria muito mais”, comentou Natália Matos, assim que pisou no palco para fazer sua participação.  

Cacau, Natália, Theo
Eu vou chamar a Natália, agora, para uma participação. Ela vai cantar uma música dela, linda”, chamou o compositor. A canção foi “Você me ama, mas...”, executada já no final da apresentação. Era a décima música a ecoar no ouvido do público...

E Antonio Novaes chama Ana para cantar a penúltima música do show daquela noite. “Salve Zé”, já gravada com ela. A música feita em homenagem ao pai de Novaes é uma exaltação

23.5.14

Bate papo com Janduari Simões no Museu da UFPA

O convidado desta 5ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, vai falar de sua trajetória, muito rica, construída, em parte, em viagens na Amazônia. Ele também vai falar sobre o processo de criação para a exposição “Cidade Invisível". Na terça, 27, às 19h, com Mediação de Marisa Mokarzel, no Museu da UFPa.

Não tenho a menor dúvida de que o papo vai render e muito. Janduarí nasceu em 1949, em Itabuna, no interior da Bahia, e chegou a Belém em 1975, querendo viver a vida. Naquela época tinha uma câmera Pentax SP a tiracolo, era fotógrafo autodidata e aprendia muito do que sabe hoje devorando livros e revistas de fotografia. Entre as muitas indas e vindas de sua trajetória, se fixou na cidade, trabalhou para o Museu Paraense Emílio Goeldi e viajou muito pela Amazônia, pelas capitais e pelos interiores.

Em seu trabalho autoral, ele revela o resultado de sua pesquisa sobre a cultura popular brasileira, envolvendo música, dança e atividades presentes com múltiplos desdobramentos culturais. Janduarí constituiu um grande acervo de imagens sobre cultura e o homem da Amazônia, de onde se destacam as produzidas no estado do Pará, que chamaram a atenção de Mariano Klautau Filho, curador do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, e resultou em um convite para ter uma mostra individual nesta edição.

O encontro, nas palavras do fotógrafo “será um relato de experiência, falando sobre o começo de trajetória em Belém, ilustrado com fotos e paginas das publicações nas quais foi veiculado meu trabalho jornalístico, sem muita teoria acadêmica”.

Cidade Invisível - A exposição reúne 50 fotografias. Em uma parte um recorte pontual de sua sensibilidade sobre o espaço urbano e as mutações que ocorrem na arquitetura, com um olhar atento para a estrutura formal das moradias, e as semelhanças que anulam o limite entre centro e periferia. 

Do outro lado, um trabalho muito significativo e tocante: o registro da destruição da quadra que abrigava a Fábrica Palmeira, no final dos anos 70. A destruição marca também o nascimento de uma das maiores cicatrizes urbanas que Belém já produziu e que hoje tem o nome de "Buraco da Palmeira".

“As pessoas preferem ver os desenhos, rótulos, marcas dos antigos catálogos da Palmeira como se fossem bibelôs românticos e com isso poderem suspirar exercitando seu gozo nostálgico, mas não querem enxergar que houve um massacre de uma quadra inteira e que isso está relacionado hoje com o poder das construtoras e incorporadoras que continuam destruindo a cidade diante de gestões e institutos de patrimônio subservientes. As fotografias de Janduari vão muito além disso, e recolocam nesse contexto a invisibilidade de uma cidade, uma cidade que a gente não quer ver ou não consegue mais ver”, diz Mariano.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará. Patrocínio: Shopping Pátio Belém e Vale. Apoio institucional: Casa das Onze Janelas - Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA -, Sol Informática, Instituto de Artes do Pará (IAP) e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).

Serviço
Palestra com Janduari Simões. No Museu da UFPA, na próxima terça-feira, 27, às 19h - Av. Governador José Malcher (esquina com Generalíssimo Deodoro). Informações:  (91) 3355-0002; 8367-2468; premiodiario@gmail.com e http://www.diariocontemporaneo.com.br.

Ester Sá e Iracy Vaz contam histórias no Casarão

As duas atrizes irão comandar a roda com o público infantil. Entrelaçada à educação e às brincadeiras, a contação de história também desperta o interesse de crianças e adolescentes ao fantástico mundo da literatura. É apostando nisso que o Pirão Coletivo colocou em sua programação “Sábado Tem. Domingo que Vem”, várias contações de histórias. No casarão do Boneco, ás 19h. Para entrar, pague quanto puder.

Ester Sá traz a história do dia em que, por um mal entendido numa pequena cidade do interior, mil macacos começam a chegar sem parar, e se um macaco incomoda muita gente, imagine mil, chegando de repente. A contação “Uma História Com Mil Macacos”, por Ester Sá, é baseada na história da escritora Ruth Rocha, escritora brasileira, especializada em livros infantis, muito influenciada pelo escritor Monteiro Lobato.

Veterana na arte de contar histórias, de várias maneiras, aliás, até no cinema, Ester Sá é fundadora e integrante do Grupo “Desabusados Cia”. Diretora teatral, dramaturga e produtora, ela já recebeu Prêmio Funarte de Dramaturgia (2004), na categoria Infância e Juventude. Participou do projeto Palco Giratório/SESC de circulação nacional em 2005. Dirigiu e concebeu a dramaturgia dos espetáculos teatrais como “N.R.-O JOGO” (2007), Iracema Voa (2008), Por a Caos (2010).

Também criou a dramaturgia para a ópera Infanto-juvenil “O Viajante das Lendas Amazônicas”, que se apresentou em Belém, Belo Horizonte, Brasília e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Entre os trabalhos mais recentes estão “Iracema Voa” e “Quem vai levar Mariazinha para passear?"

A outra contação de história será feita pela atriz Iracy Vaz. “Onyia- A Lenda da sabiá” é baseada no livro "Contos da Lua", do escritor nigeriano Sunny: a história se passa há séculos atrás, em um povoado na Africa, onde viviam a menina Onyia e seu irmão Enyia junto aos seus pais. Porém,a ganância e a maldade dos homens mudaram para sempre o destino desta família e de todo o seu povoado. Iracy Vaz é Mestre em Artes (ICA/UFPA) e professora de teatro na Escola de Aplicação da UFPA e tem Mestrado.

Apresentações iniciaram em fevereiro deste ano
Programação do Pirão - A programação “Sábado Tem. Domingo que Vem”, que estreou em fevereiro, sempre com programações no Casarão do Boneco, aos sábados, à noite, e na Praça da trindade, no domingo pela manhã, vai encerrar, no próximo mês de junho, a sua primeira etapa. 

Estão planejados para o domingo, 1º de junho, o espetáculo “Raça Vira Lata”, do Coletivo Dirigível, que também apresentará contações de histórias, no dia 17, e para o sábado, 7 de junho, o In Bust, espetáculo de teatro com bonecos, apresentará um de seus espetáculos mais festejados, “Fio de Pão – A Lenda da Cobra Norato”.

O Pirão Coletivo é formado por sete grupos artísticos da cidade: Companhia de Investigação Cênica, Companhia de Teatro Madalenas, Desabusados Companhia de Teatro, Dirigível Coletivo de Teatro, In Bust Teatro com Bonecos, Grupo Projeto Vertigem e Produtores Criativos. Cada um desses grupos desenvolve poéticas diferenciadas entre si, são atores, artistas circenses, bailarinos, músicos e profissionais do audiovisual.

Serviço
Contação de Histórias, no Casarão do Boneco. Neste sábado, 24, às 19h. O valor do ingresso é: pague quanto puder. Na Av. 16 de Novembro, 815, próx. à Praça Amazonas. Mais informações: 9132418981 /3088.5858.

Seu Jorge ganha tributo na Black Soul Samba

Um dos artistas brasileiros mais populares da atualidade, carioca da gema,  nascido no ano em que o Brasil conquistou o tri-campeonato de futebol, Seu Jorge é o tema do tributo desta sexta-feira, 23, na Black Soul Samba, trazendo como convidado, o cantor paraense Rande Frank, com sua banda, e tendo Renata Del Pinho como convidada especial.

Com 20 anos de carreira, Rande vem caminhando contra o vento, como ator, cantor e compositor, desde os anos 90. Como vocalista, participou de diversas bandas, dentre as quais as extintas “Arcano 19”, “A Decrépita” e a mais recente “Xamã”. 

Produziu, gravou as vozes e mixou 12 canções do compositor paraense Buscapé Blues e as apresentou ao vivo em shows itinerantes dentro de um ônibus-palco, que cruzou a capital carioca com a banda”'Xuxu e As Kaveiras Barrocas”, com quem também se apresentou no Rock in Rio, no início dos anos 2000.

Aliado a boa energia do carismático Rande e da bela voz de Renata Del Pinho, cantora convidada, estão ainda os músicos Guibson Landim na guitarra e arranjos, Maurício Panzera no baixo, Willy Benitez na bateria e Veudo na percussão. A festa também conta com os DJs e produtores: Uirá Seidl, Eddie Pereira, Kauê Almeida e Fernando Wanzeler, fazem uma edição inédita da prestigiada festa,  

Seu Jorge - Ator, cantor, compositor e multi-instrumentista, tendo como base a MPB, o samba, e o soul, numa linguagem bem própria, Jorge Mário começou a trabalhar com dez anos de idade, em profissões como borracheiro e marceneiro. As variadas profissões nunca ofuscaram o seu verdadeiro desejo de se tornar músico. 

Desde adolescente, frequentava as rodas de samba cariocas acompanhando o pai e os irmãos em bailes funks e bailes charmes da periferia, e cedo começou a se profissionalizar cantando na noite. Foi aí que a morte de seu irmão Vitório em uma chacina levou a família à desestruturação, e Seu Jorge acabou virando sem-teto por cerca de três anos.

A virada se deu quando o clarinetista Paulo Moura o convidou para fazer um teste para um musical de teatro. Foi aprovado e acabou participando de mais de 20 espetáculos com o Teatro da Universidade do Rio de Janeiro, como cantor e ator.

Sobrinho da cantora Jovelina Pérola Negra, o cantor começou de fato a chamar atenção quando participou da formação inicial da banda Farofa Carioca, em 1998. Após participar de diversos filmes, compondo inclusive trilhas sonoras para produções norte-americanas, Seu Jorge foi ganhando cada vez mais reconhecimento, vendendo hoje milhões de cópias de seus álbuns, dando sua própria pegada, cheia de suingue pro estilo samba rock, misturando com reggae, soul, samba de raiz e MPB.

Serviço
Seu Jorge será interpretado nesta sexta à noite, pelo cantor Rande Frank. No bar Los Piratas, no bairro da Cidade Velha (Rua São Boaventura, no final da Avenida Tamandaré), a partir das 20h. Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10, a meia.

(com informações da assessoria de imprensa da festa)

21.5.14

"À Sombra de Dom Quixote" no Sesc Boulevard

Criado pelo Coletivo MIASOMBRA, o espetáculo, realizado com patrocínio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz (2009), em parceria com o Estúdio REATOR, reestreia este ano, com temporada de quinta, 22, a domingo, 25, às 21h, no Centro Cultural SESC Boulevard. 

Em 2011, quando o espetáculo estreou, a equipe do Miasombra, vinha de uma maratona de estudos e experimentações. Pesquisa de materiais, laboratórios, criação de uma dramaturgia para teatro de sombras, o que nenhum dos envolvidos dominava, mas que à serviço da arte, chegaram a resultados próprios, com bonecos de formato tridimensional, sombras coloridas, enfim uma nova forma de construir um teatro de animação.

A partir daquele momento, foi inaugurada a trajetória do coletivo, que segue sua pesquisa em busca de silhuetas que se projetem para além da sombra chinesa, o método mais conhecido neste tipo de dramaturgia. No início deste mês, a técnica do coletivo foi repassada à turma que se inscreveu na oficina ministrada, no Sesc Boulevard. O Miasombra mostrou aos participantes uma carpintaria toda própria, em cima do processo de construção da livre adaptação para a obra de Miguel de Cervantes.

À Sombra de Dom Quixote é uma fabulação contemporânea análoga à realidade fantástica de certos Quixotes, cavaleiros de tristes figuras que encontramos em nossos caminhos. 

Novidades - O espetáculo retorna ao público, repaginado. Os bonecos e cenários receberam novos tratamentos, a partir do trabalho da artista visual e educadora Aline Chaves, responsável pela revisão e manutenção dos bonecos que foram criados, originalmente, pelo artista Maurício Franco.

“Tivemos um cuidado muito grande, na verdade, para não perder a estética original dos elementos de manipulação, preservando a pesquisa de materiais e estilo desses bonecos, que são tridimensionais. A Aline faz a manutenção, sem perder a visualizada anterior das sombras, mas introduzindo materiais outros em prol da durabilidade dos bonecos. 

Eles estão mais encorpados para a cena, pensando também que eles, após a apresentação, ficam em exposição para o público, no palco da apresentação”, diz Milton Aires, ator manipulador e coordenador de produção do espetáculo. 

A equipe de manipuladores ganhou um novo elemento, o ator goiano Patrick Mendes, que está radicado em Belém. Ele foi convidado para a manipulação, substituindo o ator Lucas Alberto da Cunha, que não está mais morando em Belém. A trilha sonora, criada por Leo Bitar, agora tem no comando o de Thiago Ferradaes, iluminador que, por sua vez, divide a manipulação da luz, com os atores. A dinâmica de apresentação também sofreu metamorfose.

“Estávamos trabalhando em determinado espaço delimitado pelo o que era o Estúdio Reator. Agora, estamos vislumbrando dimensões mais abertas, no Sesc. Estamos felizes em retornar com o espetáculo, estamos movidos por uma saudade e uma vontade que nos faz reviver tudo que já passo e nos impulsiona para este novo momento. Estamos encarando tudo isso como um segundo estágio”, diz David Matos, que assina a dramaturgia e direção.

Constituído de imagens fragmentadas, o espetáculo não reproduz a narrativa original do romance, mas encontros de personagens poéticos com Dom Quixote num cenário ilusório, onde referências de um lugar Belém/La Mancha estão latentes.  

Encenação - Costurada por cartas escritas para um Sr. Quixote, os os atores compartilham histórias de pessoas que se misturam com imagens reais e imaginárias. Além de bonecos coloridos e tridimensionais, os atores manipuladores utilizam chapas de raio X. 

“Descobrimos que ela nos revela o âmago do nosso Dom Quixote, esse lado interior de todos nós, impulsionado por um gigante que vai comendo, tragando a tudo e nos alimentando de tantas informações. A chapa de raio X é o elemento que vem pra dizer onde é este universo. O gigante é o teatro que a todos come, engole e depois vomita. Ficamos diferentes depois disso, que é como as pessoas vão ficar depois do espetáculo”, define David.

“Este é um espetáculo cheio de informações e formação. Dedicamos muito tempo estudando fontes de luz, material para a confecção dos bonecos e a dramaturgia para sombra. Esses são nossos focos principais de trabalho, não nos interessa apenas o resultado, mas pesquisar de que forma esta sombra vai acontecer”, explica Milton Aires.

A ideia, com a nova montagem, é fazer com que o espetáculo circule mais pelo Pará e também pelo país.  O grupo pretende levá-lo a um público mais amplo. No segundo semestre, já há nova agenda, no Teatro Cuíra, por ter sido selecionado pelo Projeto de Ocupação “Pauta Mínima – 2ª Edição” do Grupo Cuíra do Pará.

COLETIVO MIASOMBRA

  • David Matos: Dramaturgismo e Direção
  • Maurício Franco: Direção de Arte
  • Aline Chaves: Revisão e Manutenção de Bonecos
  • Leo Bitar: Desenho de Som
  • Thiago Ferradaes: Iluminação e Operação Técnica
  • Cláudia Silveira: Costureira
  • Luciana Medeiros: Assessoria de Imprensa, Registros: vídeo e fotografia
  • Nando Lima: Consultoria Artística de Design Gráfico
  • Patrick Mendes: Revisão de Arte Gráfica
  • Produtores Criativos: Apoio de Produção
  • Milton Aires: Coordenação de Produção
  • Atores manipuladores: Márcia Lima, Milton Aires, Patrick Mendes e Lucas Alberto (off).
  • Laboratórios: Aníbal Pacha – Teatro de formas animadas em sombras; David Matos – Dramaturgia da imagem no teatro de sombras e Iara Souza – Dramaturgia da luz para o teatro de sombras. 

Serviço
À sombra de Dom Quixote. De quinta, 22 de maio, a domingo, 25, às 21h, no Centro Cultural Sesc Boulevard. Entrada franca.  Agradecimentos: In Bust Teatro com Bonecos – Desabusados Cia. – Andrea Rocha – Andreia Rezende – André Mardock – Cristina Costa – Marcelo Rodrigues – Ester Sá – Manuel Santos – Telma Lima. Parceria: A Trama | Estúdio Reator | Casarão do Boneco | In Bust – Teatro com Bonecos, Holofote Virtual. Mais informações: 91 8134.7719 e 3088.5858.

20.5.14

Mais um curta de animação paraense na bagagem

“Quem vai levar Mariazinha para Passear” estreia no dia 11 de junho, às 19h, no Sesc Boulevard.  Em seguida, o espetáculo, homônimo, que deu origem ao curta, também ficará em cartaz nos dias 15 e 22, às 11h. Entrada franca pra tudo!

Dois anjos caem do céu, curiosos para ver os humanos na terra. Mas eles aterrisam em Belém do Pará, cidade sinônimo de Chuvas e Trovoadas, como aquelas descritas no conto homônimo da saudosa escritora Maria Lúcia Medeiros (e que, aliás, virou filme - dir. Flávia Alfinito). 

Para passar a chuva, eles fazem aquela Mariazinha de papel, que a gente popularmente costuma pendurar atrás da porta como mandinga de fazer o temporal ir embora. A chuva demora... e eles viajam numa história que se remete à mitologia Grega. Daí surgem Perséfone, Zéfiro, Eros...

André Mardock, o diretor
O roteiro adaptado do espetáculo conta a história mitológica do amor entre “Eros e Psiquê”, de uma forma lúdica, envolvendo animação digital e a técnica de ação direta com os atores Ester Sá e Maurício Franco.

Foram meses de preparação (fotos) para uma semana e alguns dias de filmagem no Teatro Cláudio Barradas e na Praça da República, em Belém do Pará.

"Quem vai levar Mariazinha para Passear" ganhou o Edital Curta Criança do MinC e foi filmado em julho de 2011, ano em que outras produções de cinema agitavam a cidade (que saudade). Levou quatro anos para ficar pronto, mas agora tá valendo e estou muito feliz, junto a todos que fizeram parte da equipe e põe equipe nisso. 

Reunião de produção com Ester e Cris Costa
O roteiro do filme foi um dos 13 selecionados para a produção audiovisual, dentre mais de 600 projetos enviados ao Ministério da Cultura no Edital Curta Criança do MINC/TV Brasil. A previsão de lançamento era para 2012, mas só agora ficou pronto. 

Os motivos são inúmeros para todo este tempo, entre eles a própria técnica de animação que, neste caso, exigiu detalhes ínfimos para que se chagasse ao resultado final esperado. O filme agora será exibido em Belém e mais adiante no interior do estado, além de entrar na grade de exibição nacional pela Rede Pública de Televisão e participar de festivais pelo país.

Serviço
Curta de animação "Quem vai levar Mariazinha para Passear?". Estreia dia 11 de junho, às 19h, no Sesc Boulevard - Av. Boulevard Castilho França, em frente a Estação das Docas. O espetáculo, homônimo, que deu origem ao curta fica em cartaz nos dias 15 e 22 de junho, às 11h. Tudo tem entrada franca.

19.5.14

Vicente Salles é o homenageado da revista da APM

O primeiro número da Revista da Academia Paraense de Música será lançado nesta quinta-feira, 22, às 19h, na Igreja de Santo Alexandre, com um recital de músicos paraenses. De acordo com o jornalista Sérgio Palmquist, editor da publicação, não há nenhum texto do nosso querido Vicente Salles, mas ele é citado em vários deles. Daí, a inevitável, automática e mais que merecida homenagem. 

Dedicada ao musicólogo, historiador, sociólogo e antropólogo Vicente Salles, falecido em março de 2013, no Rio de Janeiro, a revista reúne artigos diversos que falam da cultura e a música paraense, desde sua vertente erudita à popular, como os pregões Belém e as Cirandas que fazem parte do Folclore.

A obra traz ainda, poemas de Dalcídio Jurandir: Natal e A verdadeira história de Ícaro; de Dulcinéia Paraense, Ilha do Marajó e outro de Remígio Fernandes, em homenagem a Ulisses Nobre. Além de textos, um material fotográfico raro, agora à disposição do público.

Na programação de lançamento, o público será contemplado pela apresentação do duo de violinos com Renata Tavernard e Ronaldo Sarmanho e de um quinteto vocal, um solo de Piano de Paulo José Campos de Melo.e o quinteto de voz, coordenado por Gena Vieira, que irá cantar um trecho da ópera “Baile de Máscaras”, de Giuseppe Verdi, e uma composição de Luiz Pardal.

“Optamos por executar um autor internacional e outro paraense. Luiz Pardal, além de compositor, também ocupa uma cadeira na Academia Paraense de Música. É um exímio instrumentista e também pesquisador da nossa música”, diz a professora e pianista Eliana Cutrim, atual presidente da ACM.

A tiragem deste primeiro número da revista será de mil exemplares que serão doados às instituições culturais que atuam com a música em todo o país, como as bibliotecas de universidades especializadas em música. Já fizemos contatos com as universidades do Maranhão, Brasília, Rio de janeiro e São Paulo e vamos chegar o Rio Grande do Sul.

“Além de divulgar a cultura e a música, com esta publicação, temos a intenção de fomentar e desenvolver a pesquisa entre os músicos, pois somos instrumentistas e cantores, mas temos que ter contribuir também com a pesquisa dentro da academia. A revista serve para que estas pesquisas também possam ser publicadas, são comunicações da cultura em geral, que muito vão servir às próximas gerações”, conclui Eliana Cutrim.

O que traz a revista
  • Nossa Capa (Vicente Salles) - Maria Lenora Menezes Brito
  • Gentil Puget, um músico paraense –  Maria Lenora Menezes Brito
  • Rememorando Altino Pimenta - Rômulo Queiroz
  • A Cidade apregoada por vendedores de Belém - Eliana Câmara Cutrim
  • O som que vem dos rios e o som que vem das ruas – Jacob Furtado Cantão
  • Ciranda de Todos Os Tempo: uma breve reflexão – Urubatan Ferreira de Castro
  • O piano e a Amazonfonia – José Wilson Malheiros
  • Improvisação: um elemento musical quase esquecido – Nelson neves
  • 1º Festival de música popular do Baixo-Amazonas – Vicente Malheiros Fonseca
  • Festival de Ópera do Theatro da Paz 2014: uma conversa a dois - Maria Silvia Nunes e Gilberto Chaves
  • Ilha do Marajó – Dulcinéa Paraense
  • Transfiguração – Remigio Fernandez
  • Natal – Dalcídio Jurandir
  • A verdadeira história de Ícaro – Dalcídio Jurandir

Serviço
Lançamento do 1º número da Revista da Academia Paraense de Música. Nesta quinta-feira, 22, às 19h, na Igreja de Santo Alexandre. Entrada franca. Mais informações: 91 3222.4241 ou no site da APM http://www.apm.mus.br/portal/