26.4.15

Arte e loucura em cena no Teatro Cláudio Barradas

A atriz Ceronha Pontes e a MC Apoio, em parceria com a Atos Produções Artísticas, apresenta, em Belém, o espetáculo “Camille Claudel”, contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014, na categoria de circulação. As apresentações serão realizadas nos dias 8 e 9 de maio, às 20h, no Teatro Cláudio Barradas. Após o primeiro dia de apresentação, o público será convidado a um debate com a atriz Ceronha Pontes sobre Arte e Loucura, com participação do ator, artista visual e performer Nando Lima, do Estúdio Reator, e de Lia Navegantes, Psicanalista, Membro da Associação Lacaniana Internacional.

O espetáculo, que se apresentará também em São Luis(MA), Vitória(ES) e São Paulo(SP), traz à tona o gênio de Camille, impresso nas formas que esculpiu, e em sua exuberante e implacável personalidade complexa, conflituosa. 

Em cena, a personagem se confronta com seus fantasmas, numa narrativa que não segue, necessariamente, uma ordem cronológica. Em discussões às vezes dóceis, às vezes acaloradas, manifesta o rancor que a corrói e passa a limpo, as injustiças a que foi vitimada, o preconceito de gênero que permeou toda a sua trajetória e o tolhimento artístico que lhe impunha Rodin e a sociedade.

A intérprete e autora da dramaturgia, Ceronha Pontes modela uma Camille Claudel que aos poucos vai se desgastando pelos anos de reclusão forçada e abandono no manicômio, amargurada pelo pouco crédito que lhe deu a sociedade francesa de sua época, e ressentida com Rodin, que não a assumiu como mulher, nem a defendeu quando a acusaram de copiar a arte do mentor.

À medida que a personagem é revelada, se materializam, no corpo da atriz, com o barro e a argila – rudimentos do ofício de esculpir, as formas femininas tão presentes no legado de Claudel. Martelo e cinzel, extensões das mãos de quem burila poesia nas pedras, modelam o ar e produzem o som agudo que remete de imediato a essa expressão artística. O espetáculo estreou em 2006 e desde então vem recebendo elogios de crítica e público, por onde passa.

Sobre a atriz - Radicada no Recife (PE), Ceronha Pontes é formada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará. Iniciou sua carreira no teatro em 1991, no Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará, concluído com a montagem de “Viúva, Porém Honesta”, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Bruno Correia Lima. 

A atriz também fez oficinas e cursos de dramaturgia com grandes nomes do teatro e da dança, como José Celso Martinez Correia, Débora Colker, Luís Carlos Vasconcelos, Luís Carlos Maciel e o saudoso ator Rubens Correia. No Colégio de Direção Teatral (1997-1999), do Instituto Dragão do Mar, teve acesso à construção da sua auto-expressão. Estagiou em 2002, no Centro de Pesquisas Teatrais (CPT), em São Paulo. 
Atualmente, Ceronha integra o Coletivo Angu de Teatro (Que esteve em Belém com o espetáculo Angu de Sangue em 2008) e divide-se entre seus trabalhos com teatro e cinema. 

Ficha Técnica

Espetáculo:  Camille Claudel
Gênero: Drama (indicação: a partir de 16 anos)
Dramaturgia, Direção e Atuação: Ceronha Pontes
Cenário
Concepção : Yuri Yamamoto
Confecção: Yuri Yamamoto, Ceronha Pontes, Gustavo Araújo e Sr. Isaque.
Concepção de Iluminação: Walter Façanha
Operação de luz: Sávio Uchôa
Sonoplastia: Ceronha Pontes
Operação de som: Tadeu Gondim
Figurino: Ceronha Pontes
Orientação: Marcondes Lima
Confecção de figurino: Maria Lima e Antônia Castro
Coordenação de produção: Tadeu Gondim e Ceronha Pontes.
Realização: MC Apoio 
Incentivo: Funarte e Governo Federal – através do Prêmio Miryam Muniz de Circulação 2014

Serviço
Espetáculo “Camille Claudel”, com Ceronha Pontes (Recife-PE). Dias 8 e 9 de maio, às 20h, no Teatro Cláudio Barradas. Ingresso: R$ 20,00 (R$ 10,00 meia). Produção e comunicação/Belém: Três - Cultura Produção Comunicação. Apoio: Teatro Cláudio Barradas | Restaurante Dona Joana| Hotel Grão Pará | Blog Holofote Virtual. Mais informações: 91 98134.7719 e 3088.5858.

Fotoativa em Residência traz oficinas e vivências

Contemplado pelo Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais – 11ª Edição, do Ministério da Cultura, o projeto reúne artistas residentes, que estão promovendo uma série de atividades em Belém e no interior do Pará. Quem quiser, pode participar, se inscrevendo gratuitamente no site da Associação (www.fotoativa.org.br). 

A fotógrafa Débora Flor fará neste domingo (26), uma oficina de desenho, câmera obscura e pincel de luz com crianças de 8 a 12 anos da comunidade do Porto do Sal, no bairro da Cidade Velha. Já a artista Malu Teodoro passará três dias em Colares, município no nordeste do estado, para uma vivência com os participantes. A ação ocorrerá entre 1º a 3 de maio.

De acordo com Malu, “trata-se de uma proposta sobre o estar junto em convívio, observar os modos como nos relacionamos, e criar novos jogos a partir do encontro e da supressão da cisão entre o eu e o outro, entre o eu e o mundo. Esse encontro em retiro propõe uma investigação sobre a existência em um outro mundo possível”, define a artista.

Randolpho Lamonier, que veio de Minas Gerais, propõe a atividade “Trocas de Paisagens”, nos dias 8, 9 e 10/05, para a elaboração de mapas afetivos e de uma experiência de deriva fotográfica em grupo por Belém. “Esta vivência propõe um encontro para trocas de paisagens, memórias e estórias, e a tentativa de que cada um represente a sua cidade particular e íntima, ponto de encontro entre o eu e o outro”, descreve.

Wellington Romário proporá vivências a partir da criação de ambientes para momentos de compartilhamento. “O café da manhã que tem como ponto de partilha os sonhos que cada um teve na noite anterior e suas possíveis interpretações. A roda de conversa de final do dia ou de pós-chuva para falar das projeções sobre o amanhã”, define.

As atividades com os residentes do projeto “Fotoativa em Residência – Dois de cá, dois de lá” vão até 10 de maio. Participação gratuita. Informações: (91) 3225-2754 ou (91) 9 8226 4094. Visite: www.fotoativa.org.br


Programação

“Olhos do Porto”, com Débora Flor
Oficina de desenho, câmera obscura e pincel de luz
Público-alvo: crianças entre 8 e 12 anos da comunidade do Porto do Sa
Vagas: 15.
Data:  26/04 (sábado e domingo)
Horário: 9 às 12h.
Local: Porto do Sal

“Olhar Devagar", com Malu Teodoro
Imersão de três dias em Colares-PA
Público-alvo: adultos que pesquisam formas de se relacionar através da arte.
Vagas: 10
Data: 1º a 3/05
Os participantes devem prever custos de transporte, estadia e alimentação.

“Trocas de paisagens”, com Randolpho Lamonier
Público alvo: estudantes, artistas, qualquer pessoa interessada em contar histórias.
Idade recomendada: a partir de 14 anos
Datas: 8/05, das 19h às 22h, e 9 e 10/05, das 9h às 12h.
Local: Casarão da Fotoativa

Vivências, com Wellington Romário
Vagas: ilimitadas.
Data: em aberto e junto das propostas de atividade dos outros residentes.
Local: Casarão da Fotoativa e Espaço Reator, a convite do performer Nando Lima.

25.4.15

“Kiuá Nangetu!”, ode artística à afro-religiosidade

Os mesmos  Jinkisi (orixás) que guiam as tradições de matriz africana podem servir de inspiração para o fazer artístico. Com esta possibilidade em mãos, artistas do terreiro Mansu Nangetu realizam um projeto inovador em Belém, o “Kiuá Nangetu! Poéticas de Resistência Negra”, que desde o início de março vem realizando intervenções na capital paraense, a fim de aproximar a sociedade à força estética pouco visibilizada que a cosmologia afro-religiosa emana. 

As atividades se estendem até final de março, com performances e rodas de conversa.  O Holofote Virtual em parceria com o núcleo de comunicação do projeto, a partir de hoje, passa a publicar uma série de matérias sobre as atividades e intervenções que estão preenchendo a cidade  com a força da poética negra.

Por Luiza Cabral

Contemplado pela 3ª edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, o projeto se utiliza da arte como dispositivo de reflexão sobre o preconceito contra as religiões de matriz africana.  Oito artistas associados ao terreiro de candomblé Mansu Nangetu participam das ações do “Kiuá”. Em suas obras, eles apresentam como resultado uma ação vivencial e interventiva, ocupando espaços diversos da cidade. O grupo também convidou artistas de outros terreiros para participarem das ações.

“O ‘Kiuá’ vem para celebrar dez anos de atuação do Instituto Nangetu, que é uma organização dentro do terreiro que tem como finalidade realizar atividades de afirmação da identidade de matriz africana, preservada nos territórios tradicionais negros na Amazônia. Nesta década de existência, criamos projetos como a WebTv Azuelar, o cineclube Nangetu e outras atividades relacionadas à comunicação. 

Nossos artistas participam desde a primeira  exposição ‘Nós de Aruanda’, de artistas de terreiro, que em maio realiza a sua terceira edição. Esse histórico de ações que mesclam linguagens, todas sempre muito próximas das artes, nos fizeram propor um projeto especial para dar visibilidade à produção poética que vem sendo realizada dentro do terreiro”, conta Arthur Leandro, coordenador do projeto.

A primeira ação do “Kiuá Nangetu!” ocorreu em Mosqueiro. Na beira da Praia de São Francisco, a artista Isabela do Lago realizou a intervenção “Mikaia te espera na Kalunga”, em que saudou Mikaia (Iemanjá), com uma pintura lançada às águas. Logo depois, foi a vez do artista Carlos Vera Cruz propor uma vivência gastronômica na feira do Ver-O-Peso. 

Mametu Nangetu, em “Fundamento”, foi à Avenida Duque de Caxias replantar o bosque que ela tinha cultivado desde 1988, árvores que foram derrubadas pela Prefeitura de Belém. 

“É muito triste quando você planta algo e as pessoas tiram depois. Este trabalho diz sobre nossa perda de território, algo que o povo de terreiro entende muito bem o que é”, explica Mametu. Tatá Kinamboji (Arthur Lenadro), Tatá Kafungeji (Rodrigo Ethnos) e Tatá Kafunlumizo (Angelo Imbiriba) também já realizaram suas ações.

“As artes visuais é um campo muito restrito do mundo das artes, normalmente protagonizado por camadas mais abastadas da sociedade, feito pela e para a elite. Então, é um espaço importante de confrontamento, também queremos o ‘negrume’ amazônida representado ali”, justifica Arthur Leandro.

Nego Banjo e Tatá Kitauanje (Delleam Cardoso) realizam suas intervenções ainda no mês de maio, e aínda terá uma intervenção midiática coletiva com a rádio Azuelar na UFPA na manhã do sábado, dia 16 de maio. As atividades encerram com a realização de uma roda de conversa com todos os artistas participantes do projeto, marcada para o dia 28 de maio, no Instituto Nangetu.

Programação
  • Conversa de griôt - estórias cantadas com Nego Banjo, vivência de Nego Banjo. Icoaraci, 9 de maio de 2015 - a partir das 9h.
  • Morada de mamãe,, intervenção de Táta Kitauanje (Delleam Cardoso). Orla do Portal da Amazônia. 10 de maio de 2015 - a partir das 7h.
  • Faladô! intervenção midiática, Rádio Azuelar, Mametu Nangetu, Ogã Jayro Pereira, Mãe Nalva, Mametu Muagilê. Campus do Guamá - UFPA. sábado, 16 de maio de 2015 - a partir das 9h no Campus do Guamá, área do profissional da UFPA (próximo ao bloco Gp.
  • Roda de conversa com os artistas, lançamento do catálogo e projeção com os registros dos trabalhos. Na quinta-feira, 28 de maio de 2015. 18h 
Anote
Instituto Nangetu, Tv. Pirajá, 1194 – Belém/PA. Para mais informações, acesse o blog kiuanangetu.blogspot.com.br e a página: http://migre.me/pBwjm. Apoio na divulgação: blog Holofote Virtual.

24.4.15

Livando Malcher expõe "Do Místico ao Mágico"

A série de ilustrações "Do Místico ao Mágico", criadas pelo designer e artista Livando Malcher podem ser vistas desde o dia 10 deste mês, de terça a domingo, a partir das 18h, no Composição Arte e Bar. A exposição segue até o dia 10 de maio.

A exposição reúne trabalhos do artista que apresentam recortes de uma realidade fantasiosa que ao mesmo tempo em que revela uma identidade local, também faz uma interpretação das relações entre seres na natureza.

Para Livando, a série é parte de uma reflexão-prática da busca por equilíbrio, entre matéria e mente, elo entre formas, entre seres. 

"As ilustrações apresentam um olhar profundo sobre a magia da (re)conexão com o grande espírito da Terra e a necessidade de voltarmos nossa atenção para os seres que aqui habitam, buscando o equilíbrio e reafirmando a interdependência entre todos", acrescenta o artista.

A série também integra a programação do Composição Arte e Bar, que participa da edição deste ano do concurso Comida di Buteco. O concurso segue até o dia 10 de maio.

Sobre o artista - Livando Malcher é graduado em Design pela Universidade do Estado do Pará e atua como designer gráfico e ilustrador desde 2002. Atualmente  executa projetos de design, direção de arte e ilustração com perfis culturais, sociais e ambientais no Pará e em outros estados.

Suas ilustrações já tiveram exposições realizadas em ações como o "Ocupa Solar", durante a Primeira Virada Cultural de Belém e no município de Bragança, durante o XV Encontro Regional dos Estudantes de Letras.

Também teve exposições realizadas de maneira independente no início deste ano em Pernambuco, nas cidades de Recife, Olinda, Porto de Galinhas e Maracaipe.

Serviço
Exposição "Do Místico ao Mágico" de Livando Malcher. De terça a domingo até 10 de maio, a partir das 18h, no Composição Arte e Bar - Praça do Ferro de Engomar, Entre Veiga Cabral e Arciprestes Manoel Teodoro, S/N, Batista Campos, Belém.

Icoaraci recebe mostra de fotografia pinhole

O Liceu Mestre Cardoso em Icoaraci recebe neste sábado (25), a partir das 9h, o resultado da oficina de fotografias pinhole, realizada no Marajó, pelo projeto “Minha Ilha – Campos abertos do Marajó”, contemplado com o XIV Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, da Fundação Nacional de Artes (Funarte). A entrada é gratuita. 

Estudantes do 9º do Liceu e da escola Adaltino Paraense, em Cachoeira do Arari, participaram da programação, que incluiu uma oficina de fotografia. Eles construíram câmeras artesanais e produziram imagens do local onde vivem. 

Fotos dos vaqueiros de municípios do Marajó, feitas por Octavio, também foram expostas nas duas escolas. Para a maioria, a experiência com a prática fotográfica foi a primeira incursão em uma atividade artística. 

“Esse trabalho foi bem criativo para mim e meus colegas, porque eu sei que isso vai me beneficiar no futuro. Com a exposição aqui deu pra gente saber como é no Marajó. Este trabalho que tivemos de montar uma câmera, quem sabe se no meio de nós podem sair fotógrafos ou inventores”, diz Cristian Pereira da Silva, estudante.

Para Glaucyane Couto, aluna do Liceu, o contato com as paisagens marajoaras provocou algumas dúvidas sobre o tempo e a natureza.

“Queria saber mesmo como é Cachoeira do Arari, deve ser linda. Será que lá tem muitos gados? Muitas vacas? Muitos bois e bezerros? Já imaginei um monte de coisas lindas. Como deve ser a chuva praí? Deve ser linda. Aqui a gente não acompanha o pôr do sol, praí vocês já devem ver o pôr do sol”, poetiza.

O fotógrafo Octavio Cardoso ficou surpreso com a reação dos alunos, que na escola Adaltino Paraense, logo após a visita da equipe do projeto, acabaram realizando uma feira cultural. “Houve um desdobramento que a gente não esperava. Eles apresentaram elementos da vida do vaqueiro, como as roupas, ferramentas e até mesmo a comida tradicional, o ‘frito’, que foram expostos na escola. Alguns vaqueiros foram ao encontro dos alunos e conversaram sobre a sua vida”, conta Octavio. 

Cerâmica - Como parte da ação socioeducativa, estudantes com deficiência visual tiveram uma experiência sensorial para “ver” as fotos a partir placas de cerâmica, que têm o relevo de uma fotografia. O objetivo foi conseguir reunir todos os alunos, de olhos vendados, para que tocassem o objeto e tivessem uma nova experiência sensorial. As placas foram confeccionadas em argila por Guilherme Santana.

“A experiência para os jovens por despertar o olhar sobre a paisagem e a cultura, e pela construção de um objeto, que é a câmera artesanal. A proposta da exposição com mídias táteis é possibilitar não só a acessibilidade dos portadores de deficiência visual, mas também oferecer a todos a percepção da imagem de outra forma”, diz Simone Moura, professora de arte, que conduziu as ações.

O projeto - Contemplado com o XIV Prêmio Marc Ferrez de Fotografia 2014, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), o projeto “Minha Ilha – Campos abertos do Marajó”, idealizado pelo fotógrafo Octavio Cardoso, faz um registro do vaqueiro e dos campos do arquipélago. 

O artista fez diversas viagens para fazendas de gado da região para a captura de imagens, a fim de fotografar este trabalhador em momentos de transição: tanto do clima, entre as secas e cheias, quanto da própria prática de manejo do boi. Ao final, uma exposição será montada no dia 9 de maio, no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém.

Serviço
Exposição de fotografias pinhole com alunos do projeto “Minha Ilha – Campos abertos do Marajó” ocorre no próximo sábado (25), a partir das 9h, no Liceu Mestre Cardoso, localizado na Travessa dos Andradas, 1110, Ponta Grossa – Icoaraci. Visitação: até 19 de maio. Entrada gratuita. 

(Texto enviado pela assessoria de imprensa)

23.4.15

Artistas e produtores culturais reunidos no Centur

Os rumos da política cultural no Estado do Pará é o tema central da reunião marcada para esta quinta-feira, 23 de abril, às 15h, no auditório do 4º andar, do CENTUR, reunindo o setor artístico e cultural paraense e a Fundação Cultural do Pará. A reunião é aberta e a todos os interessados em discutir e saber mais sobre as estratégias de fomento à cultura no estado. E dando continuidade ao assunto  terá início, a partir das 19h, no CCBEU, o primeiro encontro do Ciclo de Debates Culturais, também com entrada franca.

A discussão não é nova, mas os diálogos têm sido poucos, às vezes nenhum, é o que dizem os produtores e artistas que vem se encontrando em reuniões frequentes para estudar políticas culturais, formando uma rede de atuação na área, buscando fortalecimento entre si, mas também tentando o diálogo com o poder público responsável por gerir os recursos destinados à cultura no Estado do Pará.

Enquanto a Secretaria de Estado de Cultura, de Paulo Chaves, vem se mantendo fechada e arredia ao diálogo com artistas e produtores culturais organizados, o retorno positivo da Fundação de Cultura do Pará, ao concordar em realizar esta reunião, acendeu uma luz no fim do túnel.

Vindos de todas as áreas e linguagens, nesta quinta-feira, 23, profissionais do teatro, cinema, circo, artes visuais, literatura, cultura popular, cultura negra, música, entre outros, pretendem ler um manifesto para abrir a roda de conversa com  Dina Oliveira, que assumiu um cargo estratégico, criado de forma polêmica, no início do ano, quando o governador Simão Jatene instituiu a reforma administrativa que extinguiu alguns órgãos de cultura os fundindo a essa nova instituição jurídica chamada Fundação Cultural do Pará. 

Para os produtores e artistas, a decisão do governador é um retrocesso, pois desfez uma estrutura de fomento cultural antes existente com o Instituto de Artes do Pará (IAP), a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN) e a Fundação Curro Velho (FCV). 

“A reforma demonstra uma vontade de enxugamento da máquina, o que nos coloca diante de um dilema sobre como atender as demandas da classe artística”, diz o professor e compositor Cincinato Marques. 

Além de terem sido pegos de surpresa, artistas e produtores reclamam da falta de comunicação do poder público com o setor da produção. O governo ainda não explicou, por exemplo, como esse enxugamento da máquina será mais eficiente e como será realizada a política cultural do estado daqui por diante. 

“Em conversas eventuais, a Dina Oliveira nos indicou que a verba da fundação é pequena e deverá ser usada em reformas estruturais. O restante deverá ser encaminhado a produções no interior, como se os produtores da RMB não precisassem mais de apoio”, diz a produtora Narjara Oliveira. 

A produtora Lorena Saavedra atenta a necessidade de estudos da área para que a sociedade civil  ande juntamente com órgãos públicos para melhor desenvolvimento da cultura. 

“Não existe procedimento cultural sem a participação da sociedade civil. Precisamos trabalhar em parceria com os órgãos públicos. Precisamos de representantes da Fundação Cultural e Secult presentes em nossas reuniões e vice-versa. Só assim vamos garantir uma política cultural fundamentada”, explica Lorena. 

Produtores e artistas também querem esclarecimento sobre projetos mantidos por meio de convênio com o Ministério da Cultura, como a Incubadora Pará Criativo e o Núcleo de Produção Digital, que funcionavam no extinto IAP, hoje Casa das Artes.

As dúvidas são muitas, por isso produtores e artistas estão em busca de informações concretas, baseadas no funcionamento do Sistema Nacional de Cultura que engloba o Plano e Fundo de Cultura. Entre as demandas do grupo também estão: a participação popular na elaboração das políticas, por meio de conferências, debates e audiências públicas, a transparência no orçamento com metas e resultados e reformas da lei de incentivo. 

Serviço
Reunião aberta para discutir os rumos da política cultural no Estado do Pará. Nesta quinta-feira, 23 de abril, às 15h, no auditório do 4º andar, do CENTUR. Entrada aberta e conversa franca. A partir das 19h, haverá o primeiro encontro do Ciclo de Debates Culturais, no CCBEU (Padre Eutíquio, 1309). Entrada franca. 

17.4.15

Pedro Vianna faz show autoral no Sesc Boulevard

Nesta sexta-feira, dia 17 de abril, o cantor e compositor Pedro Vianna apresenta pela primeira vez o show “Outras Verdades”. A apresentação é às 19h, no Sesc Boulevard e conta com participação dos cantores Arthur Espíndola e Renata del Pinho. A entrada é franca.

Intérprete com mais de 20 anos de carreira, cantando em bares nas noites de Belém, Pedro Vianna chega agora ao seu mais novo trabalho “Outras Verdades”, resultado de um processo de pesquisa e experimentação musical que o compositor vem empreendendo nos últimos anos, na linguagem do samba. 

O repertório apresenta 11 composições autorais em parceria com outros artistas paraenses, amigos e parceiros de longa data de Vianna, como Dudu Neves, Ziza Padilha, Leandro Dias, Arthur Espíndola, Jorge Andrade, Gustavo Rodrigues e Tom Sallazar Cano. A direção musical é de Diego Santos, que também toca violão, e ao lado de Thiago Amaral, no clarinete, e Márcio Jardim, na percussão compõem a banda base destas “Outras Verdades” trazidas por Pedro Vianna.

Nestes mais de 20 anos de carreira, Pedro acumula participações em diversos festivais de música pelo país, como o de Itacoatiara, o Porto Nacional e de o Ourém, no Pará. Entre seus trabalhos mais voltados para o teatro, destacam-se os espetáculos: “Cada lugar na sua coisa”, realizado em 2014, no Teatro Waldemar Henrique, em homenagem ao músico Sérgio Sampaio; e “Polêmica!”, também apresentado em 2014, em conjunto com o interprete Olivar Barreto, no Teatro Margarida Schivasappa, quando os cantores levaram ao palco o repertório dos sambistas Wilson Batista e Noel Rosa.

Atualmente, Pedro Vianna finaliza seu primeiro disco autoral denominado “Filosofia”, com produção de Leo Chermont, onde dialoga com samba, rock, jazz, pop e música eletrônica. Para a apresentação desta sexta, toda a veia do samba de Vianna será apresentada num show repleto de boas marcações, na cadência de suas composições.

Serviço
Show “Outras Verdades” de Pedro Vianna. Participações de Renata Del Pinho e Arthur Espíndola. Sexta, 17 de abril de 2015, 19h, no Sesc Boulevard - Av. Boulevard Castilho França, 522, em frente à Estação das Docas. Entrada franca.

15.4.15

Concerto perfumado e inédito aporta em Belém

Inédito no Brasil, o Concerto Perfumado ganha única apresentação em Belém, no dia 3 de maio, às 19h, na Igreja de Santo Alexandre. A programação é promovida na cidade pela Aliança Francesa com patrocínio da empresa Imerys e apoio da perfumaria francesa L’Occitane e do Mudeu de Arte Sacra do Pará.

Você consegue imaginar como seria ouvir as notas musicais de um aroma? Com uma proposta inovadora em todo o mundo, o perfumista e pianista francês Laurent Assoulen propõe uma noite em que será possível conhecer o som das essências principais da perfumaria. 

A experiência multissensorial, traz uma atmosfera envolvente que une notas musicais e olfativas. Ao som de jazz, em cada composição interpretada, o público recebe uma fragrância correspondente a uma das famílias essenciais da perfumaria, em aromas amadeirados, florais, cítricos, frutais e orientais. Transmitindo toda semelhança existente entre perfumistas e músicos, o concerto proporciona uma oportunidade imperdível de conhecer as notas musicais inspiradas no agradável aroma de uma rosa, por exemplo.

“É preciso fechar os olhos, deixar a imaginação nos levar, concentrar-se nos perfumes e sentir os acordes musicais”, assim, Assoulen revela um pouco da experiência que um concerto tão diferente pode trazer a quem ouve e, neste caso, sente os aromas que serviram de inspiração para as notas musicais.

A apresentação é divida em cinco partes perfumadas, mas também conta com momentos sem o uso das fragrâncias para descansar o olfato.

Laurent Assoulen entrou para o Conservatoire National de Région (CNR) de Lyon com apenas seis anos. Algum tempo depois, o artista encontrou no jazz a melhor forma para expressar sua liberdade e, a partir disso, retornou ao Conservatório de Lyon para estudar especificamente jazz com Mario Stanchev. O músico, que entre outras coisas já foi concertista exclusivo de eventos da grife Louis Vuitton em Paris, também foi eleito o artista do ano em Cannes pelo Marché International de L’Édition Musicale (MIDEM).

Definitivamente amante dos sentidos fundamentais, seu ramo profissional se orientou em torno das essências quando Assoulen trabalhou durante muitos anos na criação de perfumes. Após estudar suas correspondências sonoras, sua paixão pelos aromas foi refletida no primeiro álbum “Reasonances”, que teve grande repercussão na mídia francesa. É junto com a sociedade Internacional Fragance and Flavour (IFF), para qual ele cria perfumes à base de suas próprias composições musicais, que o concerto perfumado se realiza em toda sua legitimidade.

Serviço
Concerto Perfumado de Laurent Assoulen. No dia 3 de maio, às 19h, na Igreja de Santo Alexandre (Praça Frei Caetano Brandão, s/nº). Ingressos: R$ 20 inteira/ R$ 10 meia-entrada. Mais informações: (91) 3224-3998 ou contatos@afbelem.com.

13.4.15

Doc sobre cultura do carimbó na Ilha de Maiandeua

Mestre Camaleoa e família
A singularidade desse carimbó está no no documentário “Mestres Praianos do Carimbó de Maiandeua”, que estreia nesta quarta-feira (15), em Algodoal, e quinta-feira (16), em Fortalezinha – vilarejos da ilha onde foram feitas as gravações, também realizadas em Camboinha e 40 do Mocooca, outras comunidades da ilha.

Na Ilha de Maiandeua, no nordeste do Pará, o carimbó – um dos principais símbolos da cultura paraense – tem suas peculiaridades: é tocado com instrumentos de pau e corda, tambor, maraca, reco-reco, banjo e violão. As letras versam sobre o cotidiano da comunidade de pescadores e a relação com o mar, as encantarias do imaginário popular.

Com direção de Artur Arias Dutra e produção executiva de Cris Salgado, Pierre Azevedo e Thomaz Silva, o documentário de 15 minutos foi realizado por meio do Edital de Apoio Para Curta Metragem – Curta-Afirmativo: Protagonismo Da Juventude Negra Na Produção Audiovisual 2012, da Secretaria do Audiovisual (SAv), do Ministério da Cultura (MinC). A intenção é mostrar a singularidade do gênero na região e registrar quem são os principais compositores e as referências do gênero, chamados de Mestres.

Mestre Rocque Santeiro
O vídeo faz parte de um projeto maior, que pretende percorrer por toda a região conhecida como Salgado Paraense.

“O que nos motivou a documentar o carimbó na região do Salgado é a excelência artística desta manifestação contraposta à quase total falta de conhecimento do grande público local e nacional sobre o carimbó, os Mestres, poética e filosofia de vida característicos desse povo. É um recorte bem grande, mas necessário. O primeiro passo foi dado com este projeto junto aos Mestres de Maiandeua”, explica Artur Arias Dutra.

Mestre Chico Braga, de 65 anos, é a principal referência para a comunidade, que de acordo com as pesquisas do projeto, influencia gerações. Segundo a produtora Cris Salgado, que conhece o mestre desde 2002, quando passou a visitar a ilha de Maiandeua durante períodos de veraneio, Chico Braga é o norteador do documentário, considerado parte de uma ação de salvaguarda. A produtora acredita que há uma necessidade urgente de documentos que retratem com o mínimo de fidelidade os fazeres da cultura popular da ilha.

Chico Braga, lenda viva do carimbó de Algodoal
“A ação está conectada à uma retomada a valorização e preservação deste código cultural. Foi motivado pelo Mestre Chico Braga, que com sua sabedoria e modo de vida simples e selvagem,  dá exemplo e referências culturais além de seu limite geográfico a várias gerações. 

A poesia do carimbó e de culturas populares é ferramenta oral de transmissão de saberes para manutenção destas populações e seus modos de vida tradicionais, narra a história e fazeres de seu povo orientando estes costumes populares”, explica Cris Salgado.

Veja o teaser do doc no Youtube

Serviço
Exibição do documentário “Mestres Praianos do Carimbó de Maiandeua” ocorre nas próximas quarta (15), em Algodoal, e quinta-feira (16), em Fortalezinha – vilarejos da Ilha de Maiandeua, no nordeste do Pará. Entrada gratuita. Informações: (91) 98246-0880 / 98281-2206.

FICHA TÉCNICA

Produção Executiva – Cris Salgado, Pierre Azevedo e Thomaz Silva
Proponente Curta-Afirmativo - Thomaz Silva
Argumento – Artur Arias Dutra e Cris Salgado
Coprodução - André dos Santos (24 e meio), Artur Arias Dutra (Lamparina Filmes),
Cris Salgado (Kurumí), Pierre Azevedo
Direção - Artur Arias Dutra
Pesquisa e Produção - Cris Salgado e Pierre Azevedo
Direção de Fotografia - Artur Arias Dutra e André dos Santos
Som Direto - Luan Gurjão
Fotografia Still - Pierre Azevedo, Yasmin Alves e Savio Lima
Assistente – Produção - Sávio Lima
Ilustração - Lígia Arias Chuquen
Animação - Artur Arias Dutra
Identidade Visual - Vilson Vicente
Assessoria de Imprensa – Dominik Giusti
Duração: 15min
Maiandeua, Pará, Brasil - 2015
Classificação Livre

PATROCÍNIO: Povo Brasileiro

VIABILIZADORES
Secretaria do Audiovisual - Ministério da Cultura (SAv/MinC)
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR)
Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas.

APOIO
Comunidade de Maiandeua
Brasil Memória em Rede
NPD - IAP
NPA - IFPA
João Sá
Pousada Nascente - Zeca e Leila
Mupéua - Doçura e Elza
Catitu, Said (Fortalezinha)
Encanto da Ilha - Ana e Zezinho
Mythologia - Mestre Gudengo

11.4.15

TV Cultura do Pará estreia uma nova programação

A partir de segunda-feira (13), a programação da TV Cultura do Pará (canal 2) traz programas já conhecidos do público, como “Coxia” e “Cultura”, que ganham nova temporada, enquanto  programas inéditos recebem ajustes finais para em breve integrar a grade da emissora, exibida em 113 municípios paraenses.

A nova temporada do “Coxia” reúne 32 novos programas, com apresentação de Linda Ribeiro. O formato continua basicamente o mesmo: entrevistas com personalidades da cultura paraense, um bate-papo intimista, tendo como cenário o majestoso Theatro da Paz. “A ideia é que cada entrevista tenha um caráter biográfico e atemporal, como se fosse um pequeno documentário sobre o artista”, explica o diretor do programa, Nassif Jordy.

Já passaram pelo “Coxia” artistas como a diretora de teatro Wlad Lima, o compositor Paulo André Barata e o roqueiro Jayme Katarro. Nesta nova fase, serão exibidas entrevistas com os atores Nando Lima e Astréa Lucena, os músicos Félix Robatto e Sebastião Tapajós e a artista plástica Elieni Tenório, entre outros. Quem abre a nova temporada é o poeta Antônio Moura. O programa vai ar nesta segunda-feira (13), às 19h. 

Exibido sempre aos domingos, às 21h, o “Cultura.” vai trazer ao telespectador cinco produções selecionadas pelo Festival Universitário de Criação Audiovisual (Fusca), como os curtas de ficção “Encantada do Brega”, sucesso na internet com mais de 300 mil visualizações, e “Aurora”, além dos documentários “Caminheiros da Fé”, “Ar de Junho” e “Na Ponta da Lata”. A nova temporada do “Cultura.” estreia no dia 19.  

Mestre Vieira: entrevista à Amanda Campelo, do Circuito
Segundo o diretor da TV Cultura, jornalista Tim Penner, a emissora prepara dois novos programas: “Circuito”, uma revista eletrônica semanal, com foco na cena cultural do Estado, em suas mais variadas linguagens, e “Direto ao Ponto”, programa de entrevistas sobre questões de impacto na sociedade, como segurança, saúde e educação. 

Ambos estão sendo finalizados e entram na grade ainda neste semestre. “Circuito” terá direção de Ana Paula Andrade e apresentação de Felipe Cortez e Amanda Campelo, enquanto “Direto ao Ponto” será dirigido e apresentado por Ivana Oliveira. 

Além dos novos programas, a TV Cultura também está produzindo séries de reportagens especiais. A primeira delas abordou a água, mostrando desde as potencialidades até o grave problema do desperdício. Após a exibição, as matérias ficam disponíveis para visualização no Portal Cultura. “Queremos estimular a interatividade para que os telespectadores também possam propor os temas dessas reportagens”, reforça Tim Penner.

Outra novidade é a retomada da produção de videoclipes pela emissora. O primeiro de 2015 será do grupo Quaderna. As gravações serão realizadas no final deste mês, em Icoaraci. Valorizando o aspecto educativo, a TV Cultura também preenche o intervalo entre os programas com ações de cidadania. O primeiro tema será mobilidade urbana, a partir do chamado transporte ativo, aquele que tem a força humana como motriz: bicicleta, skate, patins e até mesmo a caminhada. 

Um doc para o Balanço do Rock, nos 30 anos da rádio
DOCUMENTÁRIOS 

A produção de documentários também volta com força total à rotina da emissora. 

O ano de 2015 começa com a estreia de “Balanço do Rock – A mais tribal de todas as festas”, de Robson Fonseca, no dia 17, às 20h. O documentário, que resgata parte da cena roqueira de Belém, integra as comemorações pelos 30 anos da Rádio Cultura. 

“Nos últimos anos, produzimos documentários sobre temas como Marujada, carimbó, Mosqueiro. A partir de agora, teremos essa produção de forma sistemática, cobrindo as principais regiões do Estado”, explica Tim Penner, acrescentando que já foram formadas as equipes que irão a campo observar manifestações culturais, como música e gastronomia, no Marajó e nas regiões oeste, nordeste e sudeste do Pará. 

As equipes serão coordenadas por profissionais da emissora reconhecidos no segmento audiovisual, como Júnior Braga (“Mora na Filosofia”), Robson Fonseca (“Pau e Corda, Histórias de Carimbó” e “Balanço do Rock”), Roger Elarrat (“Miguel, Miguel” e “Juliana contra o Jambeiro do Diabo pelo Coração de João Batista”) e Roger Paes (“Cametá. Histórias para Ouvir e Contar”).

(enviado pela assessoria de imprensa)

10.4.15

Bragança recebe oficinas gratuitas na área musical

Fotos: Thiago Araújo
De 14 a 17 de abril, Bragança recebe a Semana de Profissionalização da Música Paraense, iniciativa da Se Rasgum Produções via Programa Amazônia Cultural 2013, do Minstério da Cultura, em parceria com a Secretaria de Cultura e Desportos de Bragança – Seculd e apoio da Rádio e TV Cultura. 

As oficinas oferecem técnicas com teoria e prática para que artistas, produtores do meio se profissionalizem dentro do mercado musical. “Iluminação para shows”, “Sonorização”, “Videoclipe”, “Assessoria de imprensa cultural” e “Elaboração de projetos para editais de cultura” são as oficinas oferecidas, todas inteiramente gratuitas, com inscrições limitadas à capacidade dos cursos. No mês de maio, a Semana de Profissionalização leva as mesmas oficinas para Parauapébas.

A oficina “Iluminação para shows – introdução”, será ministrada pelo designer de luz José Rodrigues; a de “Sonorização – introdução”, pelo engenheiro de som Kennedy Ribeiro; a de “Videoclipe” pelo fotógrafo e videomaker Renato Chalu; Assessoria de imprensa cultural  pelo jornalista e produtor Marcelo Damaso (Redes Sociais com Luiza Borges); e “Elaboração de projetos para editais de cultura” com a produtora Renée Chalu.

Os cursos serão ministrados pela parte da tarde e noite em dois locais: Seculd e Sistema de Ensino Liceu. Mais informações pelo site www.serasgum.com.br e pelos telefones 98422-3000 / 98191-6561.

Sobre as oficinas:

1.    Iluminação para Shows – introdução

Descrição da oficina: Iniciação do aluno no mundo da iluminação para shows. A oficina apresentará ferramentas técnicas ao aluno que deseja desenvolver um olhar próprio na iluminação. Serão abordadas reflexões sobre conceitos de iluminação, uso da cor e tendências de forma teórica e prática.

Ministrante: José Rodrigues - Designer de luz

Período: 14 a 16/04/2015 (terça a quinta)
Hora: 18h30 às 20h30
Carga horária: 6 horas
Local: Sistema de Ensino Liceu
Capacidade: 20 inscrições

2.    Videoclipe

Descrição: A oficina busca apresentar aos alunos não só a linguagem do videoclipe, como também os recursos utilizados na produção do gênero. Além da teoria, os alunos também passarão pela prática, onde vão desenvolver roteiro, produzir e montar. Será possível não só entender mecanismos, como vivenciar os processos de produção e finalização de um videoclipe.

Ministrante: Renato Chalu – Fotógrafo e diretor de fotografia.

Período: 14 a 17/04/2015 (terça a sexta)
Hora: 9h às 12h e 15h às 18h
Carga horária total: 24 horas
Local: Seculd
Capacidade: 15 inscritos

3. Assessoria de imprensa cultural

Descrição: A oficina ensinará um passo a passo de como promover a divulgação do artista diante da imprensa e em redes sociais, indo da confecção do release a abordagem aos veículos de imprensa. A oficina é direcionada a artistas, produtores e jornalistas interessados em trabalhar no segmento cultural.

Ministrante: Marcelo Damaso – Jornalista e Diretor Artístico Festival Se Rasgum.

Período: 14 a 16/04/2015 (terça a quinta)
Hora: 18h30 às 20h30
Carga horária total: 6 horas
Local: Sistema de Ensino Liceu
Capacidade: 30 inscritos

4. Elaboração de projetos para editais de cultura

Descrição: A oficina tem como objetivo orientar agentes culturais, artistas, produtores, entusiastas, estudantes e instituições na elaboração e na gestão de projetos culturais através de planejamento e de ferramentas que possibilitem seu encaminhamento às leis de incentivo à cultura, editais públicos, privados e possíveis patrocinadores.

Ministrante: Renée Chalu – Publicitária e Produtora Executiva Festival Se Rasgum.

Período: 14 a 16/04/2015 (terça a quinta)
Horário: 18h30 às 20h30
Carga horária: 6 horas
Local: Sistema de Ensino Liceu
Capacidade: 30 inscritos

5. Sonorização - introdução

Descrição: Direcionado para operadores de som, técnicos, sonoplastas, músicos e estudantes, a oficina objetiva contribuir para a capacitação e o aperfeiçoamento dos alunos. Serão discutidos temas como eletricidade básica, construção e manutenção em cabos de áudio (XLR, P10, P2), microfones (aplicação e funcionalidade), mesas de som e entre outros.

Ministrante: Kennedy Ribeiro – técnico de áudio

Período: 14 a 17/04/2015 (terça a quinta)
Horário: 18h às 22h 
Carga horária: 16 horas
Local: Seculd
Capacidade: 30 inscrições

9.4.15

Projeto de intervenção urbana nas ruas de Belém

Projeto começou em Belém em março, passou pela cidade de Boa Vista levando artistas paraenses e agora traz artistas roraimenses para a capital do Pará. Intervenção será nesta quarta-feira, dia 8, na Rua Dr. Moraes. O projeto foi contemplado no Programa Amazônia Cultural 2013, do Ministério da Cultura / Governo Federal, pelo qual está circulando.

Uma intervenção urbana que une as artes plásticas e a fotografia. Deslocando as obras dos seus lugares comuns – galerias, acervos públicos e particulares, ateliês – amplia o acesso às artes plásticas, revela a figura do artista e cria imagens híbridas.

Este é o projeto Artista de Plástico, idealizado pela fotógrafa acreana Talita Oliveira em 2014 e que este ano viaja por quatro cidades amazônicas promovendo o intercâmbio das obras dos artistas destes lugares e ampliando sua visibilidade para as ruas.

Nascido em 2014 na cidade de Rio Branco (AC), a proposta de Talita Oliveira é brincar com o termo “artista plástico” e a partir dele levar obras de artistas relevantes para as ruas da cidade, com a intenção de ampliar a visibilidade das obras.

“As imagens vão soltas para a rua, sem o nome, crédito ou texto explicativo, para que o público possa se sentir intrigado com aquela obra e observar o que antes só poderia ser visto num espaço fechado, como as galerias de arte, por exemplo”, explica a fotógrafa.  

O projeto propõe um deslocamento semelhante ao que acontece com o grafitti, que nasce nas ruas e vai para as galerias. Todas as obras reproduzidas fotograficamente e coladas nas ruas, possuem, originalmente, suporte e intenção de serem expostas em lugares fechados, galerias ou demais espaços expositivos.

“Mesmo quando expostas e/ou produzidas na rua – como, por exemplo, a performance – acontecem em um espaço de tempo determinado, diferente da intervenção urbana proposta pelo projeto, em que as imagens ficam nas ruas até serem apagadas pela ação do tempo, ou por outra intervenção”, finaliza Talita.

Circulação

Iniciado em Belém no mês de março, o projeto já levou as obras de Elaine Arruda, Nando Lima, P.P. Conduru, Pablo Mufarrej e o Coletivo Pitiú para Boa Vista, em Roraima. Agora é a vez dos artistas Edinel Pereira, Isaias Miliano, Carmezia Emiliano, Ana Medina e Jaider Esbell terem suas obras ocupando paredes em Belém. São cinco artistas de cada cidade num intercâmbio em formato de lambe lambe.

Cada artista foi entrevistado e fotografado em seu ateliê, tendo uma obra em  reprodução fotográfica. Tanto a fotografia das obras, quanto os retratos são ampliados em “lambe lambe” e assim colados à paredes nas ruas. As obras e os retratos dos artistas de Belém/PA ganharam as ruas de Boa Vista/RR e agora é a vez do inverso.

Em Boa Vista foi produzido um vídeo mostrando a instalação na cidade com os artistas do Pará, que pode ser acessado no: https://vimeo.com/123647604

Segundo Talita Oliveira, o projeto é antes de tudo uma forma de intervenção e diálogo artístico nas cidades da Amazônia. Ao final do projeto, será publicado um catálogo ilustrado com fotografias das ações nas quatro cidades (Belém, Boa Vista, Rio Branco e Porto Velho), além de entrevistas com os artistas envolvidos. O catálogo será distribuído gratuitamente para bibliotecas e instituições culturais de toda a região norte.

Serviço
Projeto Artista de Plástico – Práticas Híbridas na Amazônia Urbana. Intervenção em Belém: Rua Dr. Moraes, esquina com Avenida Nazaré, desde  quarta-feira, dia 8 de abril, por tempo indeterminado.

(material enviado pela assessoria de imprensa)

8.4.15

Tributo aos "Novos Baiano" na Black Soul Samba

“Dê um rolê com os Novos Baianos”, terá banda com vocais de Rande Frank e Renata Del Pinho, nesta sexta-feira, 10 de abril, num tributo a uma dos mais importantes e vanguardistas grupos de música brasileira. O show especial tem à frente os cantores Rande Frank e Renata Del Pinho. A festa começa às 21h, no Tábua de Marés.

Nascido em meio ao movimento da Tropicália, o grupo deixou 9 álbuns gravados, dentre os quais, “Acabou Chorare”, considerado pela Revista Rolling Stone, em 2007, como o melhor disco da música brasileira. 

Tendo Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor, Galvão e Dadi como seus principais integrantes, o grupo iniciou a carreira em 1969, após Moraes Moreira ser apresentado à Galvão por Tom Zé. Seu terceiro disco, Novos Baianos F.C, virou documentário homônimo; além disso, a banda teve músicas incluídas em diversas trilhas sonoras do cinema brasileiro, como o clássico Meteorango Kid (1969) de André Luiz de Oliveira.

Em 10 anos de carreira, os músicos de Salvador (Baby Consuelo era única não baiana) fizeram importantes capítulos da história musical do Brasil, se apresentando nos principais programas de televisão da época e vivendo juntos, numa comunidade quase anárquica, em meio à ditadura militar.

Com uma diversidade musical que inclui o choro, rock and roll, blues, frevo, jazz, samba e bossa nova, o grupo está entre os principais expoentes da vanguarda da música brasileira. Não à toa, esta é a segunda vez que a Black Soul Samba rende homenagens ao grupo, a primeira ainda em 2011, numa das mais bonitas edições promovidas pelo Coletivo BSS. Para esta sexta, dia 10, a banda convocada conta com o carisma de Rande Frank e Renata Del Pinho, que se apresentam juntos pela primeira vez.

O show - Conhecido do público da BSS, Rande já emprestou seu timbre a diversos outros tributos promovidos pela Black (Gilberto Gil, Caetano Veloso, Luiz Melodia, Tropicália, Seu Jorge).

“O conceito cool da festa leva sempre os músicos a fazerem um repertório que faça ao mesmo tempo dançar e a cantar junto letras de belas canções”, explica. 

Para Rande, a parceria com Renata Del Pinho vem cheia de boas energias que prometem excelente entrosamento no palco. “Iiremos 'dar um rolê' pelo universo sonoro e literário de um dos maiores grupos musicais deste país ultra-musical...”, garante o músico.

Estreando na Black Soul Samba, Renata Del Pinho conta que a admiração mútua entre ela e Rande vem desde que se conheceram e após várias tentativas de conciliar projetos, finalmente conseguiram se unir para este tributo. “Estou super feliz porquê é a minha primeira Black, é minha estreia e espero que seja a primeira de muitas outras”, diz.

Programado para durar pouco mais de uma hora e meia, o show intitulado “Dê um rolê com os Novos Baianos”, trará sucessos como “A Menina Dança”, “Besta é Tu”, “Brasil Pandeiro”, “Preta Pretinha”, “Ferro na Boneca”, “Eu sou o caso deles”, “Mistério do Planeta” e tantos outros. Além de Rande Frank e Renata Del Pinho, a banda é formada por: Guibson Landim na guitarra e arranjos, Maurício Panzera no baixo, Thiago Vasconcelos no violão e cavaquinho, Mário Renan na bateria, e Veudo Silva na percussão.

Tradicionalmente, os DJs do Coletivo BSS: Uirá Seidl, Kauê Almeida, Eddie Pereira e Homero da Cuíca, também levarão muito do repertório do grupo e suas influências em diversos outros artistas da música brasileira, além de apanhados da música negra mundial.

Serviço
Show Dê um Rolê com os Novos Baianos – Com Renata Del Pinho e Rande Frank. Sexta-feira, dia 10 de abril, a partir das 21h, no Tábua de Marés (Rua São Boaventura, 156, na Cidade Velha, próximo à Praça do Arsenal). Ingressos: R$ 20,00 (com meia para estudantes).

(Texto enviado pela assessoria da BSB. Fotos: Homero Fortunato).

6.4.15

Circular-Campina-Cidade Velha tem mais oficinas

O projeto está de volta em mais uma edição, no próximo dia 12 de abril, um domingo. A programação artística, que já vem sendo, aos poucos, postada no facebook do projeto, será publicada esta semana na íntegra no site, mas as inscrições para as oficinas que vão acontecer no dia já estão abertas, são gratuitas e podem ser feitas através de e-mails de contato ou nos locais, antecipadamente, ou mesmo no dia, embora se corra o perigo de não encontrar mais vagas.

Não deixe de sair de casa no domingo, 12 de abril, para ir até o Centro Histórico de Belém. Vá se preparando para circular entre shows de lançamento de CD e de bolso, inaugurações, estreias, oficinas, cortejos, arte e muitas novidades, música e rádio web, ao vivo, comidinhas, moda, exposições e mais de 20 espaços funcionando, situados entre a Campina/Comércio, Cidade Velha e Reduto.

Para garantir mais segurança aos circulantes, uma comissão formada por alguns dos parceiros do projeto -  Makiko Akao (Kamara Kó Galeria), Maria Doroteia (IPHAN), Leo Bitar (DIscosaoleo), Goretti Tavares (Roteiro Geoturístico), Fábio (Hope Skatehouse) e Luena Chaves (ELF Galeria) - reuniu com representantes do Comando de Policiamento da Capital (CPC) e da Companhia de Policiamento Turístico do Pará, firmando um acordo que reforça a segurança nos bairros que integram o circuito do projeto. 

Desde que foi criado, no final do ano de 2013, o Circular – Campina – Cidade Velha, projeto de iniciativa da sociedade civil, vem potencializando, ou mesmo reabilitando, digamos assim, nas pessoas, o interesse pelo Centro Histórico de Belém. A ideia é revitalizar suas vocações econômica e cultural, juntamente com sua preservação histórica e arquitetônica.

Há seis edições, o esforço de vários parceiros que em crescem em número e em força, vem alcançando aos poucos, resultados, como a recente parceria com a PM para melhor policiamento no bairro e com mais ênfase nos domingos de projeto. 

Mais cultura e arte, educação e cidadania

O projeto também quer mobilizar os moradores dos bairros. Por isso, além de shows, exposições, visitações turísticas entre outras ações artísticas, vem construindo um projeto social, que inclui oficinas educativas, abertas a todos, mas com foco em trabalhar com as crianças e adolescentes, moradoras da área histórica. Por isso, mais uma vez, nesta 6ª edição, de 12 de abril, vários espaços irão abrir, oferecendo oficinas de arte, em diversas linguagens.

Casa Stúdio - A 6ª edição do Circular – Campina Cidade Velha recebe, mais uma vez, o artista plástico P.P. Condurú, que abrirá o espaço para uma vivência sensorial, em sua Casa Stúdio. Além de exposição, ele disponibilizará uma mesa analógica para que o público monte seus painéis, cujos resultados serão enviados por e-mail ao autor. Tudo vai funcionar das 9h às 17h. Na R. Rodrigues dos Santos, 252. Mais informações: 91 981808181 / ppconduru1@hotmail.com 

Idade Mídia - Comunicação para a cidadania. É uma das novidades do projeto, com a chegada da rádio web Idade Mídia - Comunicação para Cidadania, que vai inaugurar sua programação dentro do Circular.  Em fase experimental há alguns meses, a rádio dirigida por Angelo Madson, vai participar pela primeira vez do projeto, com uma proposta de intervenção na área da Educomunicação, oferecendo a oficina gratuita “Outro de Modo de Pensar e Fazer Rádio”.  

As inscrições para a oficina da Idade Mídia são também podem ser feitas pelo mesmo e-mail (idademedi@gmail.com). Para mais informações, ligue: 91 9833.9044/ 98848-0126. A oficina tem como público alvo, crianças e jovens entre 12 a 18 anos.

Dirigível - A Casa Dirigível Espaço Cultural também traz oficina, além música ao vivo e cortejo. A oficina "Máscara e Corpo" (10h às 12h), com Maycon Douglas, tem como proposta, trabalhar habilidades dramáticas e a manipulação da máscara, a partir da relação personagem, plateia e espaço.  

As inscrições podem ser feitas no dia mesmo, mas quem quiser mais informações, pode ligar: 91 3355.3861, 98212.7668 ou acesse o site www.coletivodirigivel.com

CCBEU - O CCBEU, que também é novidade, chega com visitação à exposição de Sebá Tapajós, sessão de cinema, e também terá, pela manhã, a oficina de construção de brinquedos com material reciclável, das 10h às 11h30. O foco é no público de 06 a 10 anos. A pré-inscrição pode ser feita pelo email: artes@ccbeu.com.br. As vagas são limitadas.

ARQUIPEP - Já na Associação dos Amigos do Arquivos Públicos do Pará, a ARQUIPEP, a oficina é de Confecção de Cartão Postal, utilizando a técnica de interferência iconográfica. Também vai ter contação de histórias e espaço de convivência funcionando a todo vapor. O público também vai ver uma exposição, com obras de Carla Beltão, Vígilio Moura, Gilvan Tavares e Paulo Emílio.

Fórum Landi - No Fórum Landi, o gravador e professor, Armando Sobral, um dos principais nomes da Xilogravura contemporânea do norte do país, vai ministrar uma oficina livre “Atelier Aberto de Pintura”, das 10h às 17h. É chegar e participar. Não há inscrição prévia.

Paralelamente, dividindo o espaço do Fórum Landi com a arte visual, estará funcionando o Sebo Sinhá Pureza, com acervo da livreira Cristina Pessôa, paraense que está de volta a Belém, depois de quase 20 anos morando em São Paulo, onde já mantinha o negócio de sebo, há quatro anos e meio.

Mercado do Sal - Mais para a beira do rio, o projeto Aparelho, que nasceu nas Ocupações realizadas na Oficina Santa Terezinha, vai ocupar o Porto do Sal, com artes visuais, música, performance e gastronomia. A programação vai das 10h às 17h, iniciando os trabalhos com a Oficina de tipografia Naval, com os artistas Luís Junior, Véronique Isabelle e Anne Dias, das 10h às 12h. As inscrições devem ser feitas no Mercado do Porto do Sal, no quiosque do Dinho, a partir das 9h, uma hora antes do início da atividade. 

A ideia é iluminar o ambiente, em um clima em que fervilham ideias, projetos e modos de atuação política. O projeto  'Aparelho' é uma rede pulverizada em diversas linguagens, que converge agentes e artistas com o desejo de promover ações na cidade. O Mercado do Sal fica na São Boaventura, no final da Gurupá - Cidade Velha. Informações: 98275.7445.

Mais informações
  • Associação dos Amigos do Arquivo Público do Pará - Av. Portugal, 267 (altos) – Campina. Aberto das 10h às 18h. Contatos: (91) 3353-6335 • 3353-6336 • cursos.arqpep@gmail.com • http://arqpep.blogspot.com.br
  • Atelier do Porto - Travessa Gurupá, 104 – Cidade Velha. Contato: (91) 98099 4110 • http://atelierdoporto.blogspot.com.br. Aberto das 10h às 18h.
  • Atelier Drika Chagas - Trav. Capitão Albuquerque, 300 – Cidade Velha. Contatos: (91) 98155-5926. Aberto das 10h às 18h.
  • Casa Dirigível - Travessa Padre Prudêncio, 731 – Campina - 66015 – 180 - Belém – Pará. Contato: 33553861/ 982127668 / facebook.com/coletivodirigivel / www.coletivodirigivel.com
  • Fórum Landi - Praça do Carmo, nº 60 - Cidade Velha. Aberto das 10h às 19h.
  • IDADE MIDIA - Rua Frutuoso Guimarães, 656 – Prox. a General Gurjão. Contato: (91) 98338-9044 / 98848-0126. Rádio Web: http://idademidia.org/ Facebook:  www.facebook.com/idademidia.org / Email: idademedi@gmail.com
  • CCBEU - Travessa Padre Eutíquio, 1309. Aberto de segunda a sexta: 14h às 19h30 e Sábado: 9h às 13h. Contato: (91) 3221-6116
  • Projeto APARELHO – Rua São Boaventura – Mercado do Sal. Elaine Arruda, Veronique e Anne Dias. Contato: 91.98275.7445.

5.4.15

Cia de dança revela no corpo os rituais do tempo

Belém, Ananindeua, Capanema e Marituba vão receber, a partir do dia 10 de abril, o espetáculo "Profanação", da Cia. Danças Claudia de Souza (SP), ganhadora do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna. Entrada franca para o espetáculo e workshops. As inscrições estão abertas.

O espetáculo é inspirado no livro ‘Profanações’, de Giorgio Agamben. Em seu ensaio Elogio da Profanação, o autor se dedica a abrir relações comuns entre as ideias de "usar" e "profanar". 

Para isto, Agamben parte de uma discussão da etimologia de religio - não a etimologia que nos é dada comumente, religare, mas outra, relegere, que aponta para outro sentido do religioso, onde há a indicação de uma atitude de escrúpulo e de atenção que devem caracterizar as relações com os deuses.”

Religio não é o que une homens e deuses, mas o que se encarrega de mantê-los distintos. Profanar não significa somente apagar as separações, cancelar as autonomias, mas também fazer um novo uso delas, ou abrir para um uso possível. Tocar o texto dessa maneira, com as mãos, com o próprio corpo, é tocar também o corpo da imagem, a nudez, a própria matéria da obra, da escrita, e desgastá-la, sobretudo. Fazer experiência e uso do sagrado é, então, profaná-lo.

Dentro destas premissas, Cia. Danças Claudia de Souza compõe esta obra para falar de rituais do nosso tempo, presentes em nossos corpos, nossa cultura, aquilo que testemunhamos e construímos.

O Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna propicia agora a oportunidade de levar o espetáculo, com apresentações gratuitas, a quatro municípios paraenses, e workshops gratuitos em Belém e Capanema. 

Com quase 19 anos de experiência, a Cia pesquisa e realiza suas montagens de espetáculos, transitando entre a técnica de Martha Graham e a reflexão sobre a Dança Contemporânea, envolvendo ainda a capoeira, as danças populares e sociais brasileiras, educação somática e o teatro, para abranger a questão técnica de uma maneira mais pessoal e contextualizada com nosso tempo, respeitando as individualidades, necessidades, corpos e desejos.

Para a coreógrafa Claudia de Souza, “minha história corporal, percurso artístico e subjetividades, estão presentes nesta busca, transformando e resignificando o movimento, contribuindo para um trabalho autoral que perpassa pelo campo do artístico e do pedagógico.”

A produção da circulação no Pará é do coletivo Produtores Criativos, contando ainda com o apoio da Fundação Cultural do Pará/Governo do Estado do Pará, Espaço Experimental de Dança/Cia. Experimental de Dança Waldete Brito, ESMAC/Madre Celeste, Faculdade Pan Americana e Escola Nossa Senhora do Rosário. 

Programação - Abril

10/Sex - Belém
Galpão do Curro Velho (Rua Professor Nelson Ribeiro, 287 – Bairro do Telégrafo)
Workshop - 9h às 11h: 
Informações e inscrições: produtorescriativos@gmail.com (a partir de 08 de abril, na Secretaria do Curro Velho)
Apresentação: 19h

11/Sáb - Ananindeua
ESMAC/Madre Celeste (Rua da Providencia, nº 10, Cidade Nova 8)
Apresentação com bate papo: 17h.
 
13/Seg: Capanema
Auditório da Faculdade Pan Americana (Avenida João Paulo II, 801 – Bairro de Fátima)
Workshop: 9h às 11h
Informações e inscrições: produtorescriativos@gmail.com. E a partir de 08 de abril, no Núcleo de Cultura e Arte da FPA.
Apresentação: 19h

14/Ter: Marituba
Escola Nossa Senhora do Rosário (Avenida Fernando Guilhon, 5126)
Apresentação com bate papo: 17h

Mais informações: (91) 9 8896.2792 (oi) / 8177.7504 (tim)
(texto enviado pela produção local)