3.9.15

Juliana Sinimbú com show e novidades na carreira

A cantora nos mostra "Canalha: canções de amor e agonia", que traz à cena temas frequentes em seu repertório. No palco, além dela, convidados especiais. Tudo a partir das 20h30, nesta quinta-feira (3), no Teatro Margarida Schivasappa do Centur. O blog bateu um papo com Juliana para saber um pouco mais sobre a apresentação e da carreira, que em breve trará algo novo para o público.

Trazendo releituras da carreira e uma boa dose de canções do UNA, o show “Canalha: canções de amor e agonia” é inspirado em “Para um tal amor”, música que ficou conhecida como “Canalha”, depois do sucesso que o videoclipe, filmado nos arredores de Belém, fez nas redes sociais. 

“Canalha é uma espécie de apelido pra ‘Para um tal amor’. Essa música permeia todo o ambiente do próximo disco. Impressionante como me achei nos boleros, na ressaca, no amanhecido”, diz. “E esse show já é um processo de pré-produção”, revela a cantora em novo momento e com visual renovado. 

Juliana conta que a apresentação também é fruto da onda boa de músicas novas que fazem parte do primeiro CD, lançado ano passado pelo edital do programa Natura Musical. “Já fiz esse show no RJ e agora aqui. Claro que vão ter releituras, mas o foco está nas coisas novas”, disse. 

No palco, ela não estará sozinha, além da banda, ela receberá Julia Bosco, amiga e parceira de Juliana, e Ed Guerreiro, que já tocou com ela. “A Julia já tava querendo vir a Belém e aproveitou essa oportunidade pra cantar junto comigo a nossa música. Já o Ed, trabalhou comigo durante um tempo e temos muitas afinidades musicais. Vai ser bom lembrar estar com ele no palco”, conta Juliana 

Depois de uma fase circulando fora do Pará, lançando o novo CD, e também cuidando da filha pequena, Juliana Sinimbú parece ter voltado (tipo Gal), a todo vapor, pra cena e cheia de ideias para um novo CD. Na sexta-feira (4) para que quiser ainda terá mais Juliana neste final de semana. Ela volta ao palco, só que no Tábuas de Maré, na festa da Black Soul Samba, se apresentando com Camila Honda, Natália Matos e Nana Reis. 

A química é boa. Além de amigas, as quatro dividem a cena dessa nova geração de cantoras paraenses. No bate papo que segue, Juliana fala sobre isso, da trajetória do primeiro CD e dos projetos que estão chegando. 

Holofote Virtual: O lançamento do Una em 2014 foi uma maratona. Quais os ganhos com esta experiência? 

Juliana Sinimbú: UNA é, de fato, um primogênito na minha vida. Foi como ser mãe e se adaptar ao mundo com um filho na vida. Saímos em turnê por oito cidades e foi engrandecedor. Pela troca com vários públicos, pelos parceiros que fiz e principalmente, pelas músicas novas que fiz na estrada … acabei criando esse novo show , que vai virar um disco e naturalmente , outra turnê . 

Holofote Virtual: O ano de 2014 também foi um tempo também dedicado a filhota... 

 Juliana Sinimbú: 2013/2014 foi um período de transformação e amadurecimento total, em vários aspectos da vida. A Flora me fez mudar o prisma da vida, amar além do próprio umbigo, olhar mais pro mundo. Isso refletiu diretamente no meu trabalho. A cada dia que passa, ela me ensina mais. 

Holofote Virtual: Você tem feito apresentações com Camila, Natalia e Nana. O show tem circulado, está sempre se transformando, e tem feito sucesso. Qual o formato agora? 

Juliana Sinimbú: O antigo "elas por elas" agora é o Piña Colada. Ninguém mais sai do palco, resolvemos não fragmentar o show, estar ali de mãos dadas, vibrando uma com a outra. Amo as meninas! Amo desde as nossas diferenças até o mais fácil, que é o que temos em comum. Dividimos a produção de tudo nesse trabalho. Pensamos juntas, brigamos juntas e estamos felizes demais com o retorno. 

Holofote Virtual: Você conseguiu patrocínio do Líder para este show. Mas a produção cultural passa por um momento bem delicado. É bem difícil a realização de projetos mais ousados, sem editais. Como você vem gerenciando e sua carreira e driblando isso? 

Juliana Sinimbú: Tá difícil mesmo. Tem sempre que inventar algo novo, readequar tabela de orçamento e seguir firme. Eu sou uma trabalhadora centralizadora, isso me rende alguns cabelos brancos, mas prefiro que seja assim. Com a minha carreira, com o Piña Colada a gente tem de cada vez mais se preocupar desde a estética do trabalho até seguir com unidade de conteúdo e música. 

Holofote Virtual: Como foi a experiência com o Natura Musical? Você concorda que esses editais têm sido espaço único para quem vive de música, num processo independente no país? 

Juliana Sinimbú: Fiquei dois anos consecutivos no Natura (UNA e turnê UNA), e foi um incentivo muito grande até pra minha criação. A Natura me deixa ativa dentro da rede até hoje. Seremos sempre parceiras. Quanto ao resto dos editais, tem que trabalhar diariamente e propor. Acabei de ser aprovada num edital da Prefeitura do RJ pra ocupação de espaços de lá - 3 shows. Passei porque tentei. Tem que ficar ligado! 

Holofote Virtual: E esse show vai continuar ou quem não viu não verá mais?

Juliana Sinimbú: O "Canalha" já está circulando e pretende com certeza continuar. Em Belém temos alguns shows agendados até novembro e fora vamos fazer no RJ novamente e em SP. Até meio do ano que vem temos um disco novo! =)

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