17.4.16

Domingo histórico e com diversidade no Circular

Agendado há cerca de dois meses, o Circular Campina Cidade Velha será neste domingo, 17, quando as pessoas estarão nas ruas pela democracia. Também será lembrada uma data sangrenta no Pará,  o Massacre de Eldorado. Por isso o convite para circular é mais do que nunca irrecusável. Como cidadãos, todos têm o direito de se manifestar. Para que você não se perca, a equipe gestora do projeto, construiu várias plataformas de informação virtuais, além de divulgar a programação geral em toda a imprensa. Além de novidades com novos parceiros, nesta edição, o Circular também laça uma publicação digital a Revista Circular, que traz em sua estreia o tema do turismo sustentável feito de forma compartilhada com a população de Belém.

Veja a programação completa com endereços (que aqui nesta matéria não estamos destacando) e contatos de cada espaço, no site www.projetocircular.com.br . Acompanhem as postagens no Facebook do Circular, no instagram e acesse também pelo celular, baixe o aplicativo no Google Play Circular Mobile e ‪#‎vemcircularbelem‬. A programação já começou e vai até às 20h. Traz novos espaços participando, espalhados pelos bairros mais antigos de Belém, Campina, Cidade Velha e Reduto, cujos endereços você também pode visualizar no mapa disponível no site.


Chegando a sua 11ª edição com fôlego e mais parceiros, o projeto vem num crescente desde a primeira vez que foi pensado como um projeto piloto em dezembro de 2013, reunindo seis espaços parceiros voltados a atividade das artes visuais. Não deixou mais de ser realizado. 

Pessoas que chegam pela primeira vez, voltam sempre nas demais edições. Hoje, com mais de 30 espaços na ativa, o Circular vem realizando uma verdadeira revolução no Centro Histórico de Belém. Espaços de arte, voltados à música ou esporte, pequenos restaurantes, museus, e ateliês de artes visuais, teatro, terapias alternativas e brechós abrem com programações diversas, promovendo um grande encontro das pessoas com esta região da cidade. São e continuam sendo muitas as conquistas.


Para além das quatro paredes, é um dos ideais do Circular Campina Cidade Velha enfatizar a arte pública em suas programações. O movimento, que nasce underground e no desejo de se expressar, enxerga no fazer artístico de intervenção uma forma a mais de se colocar no mundo.

E no Circular, as ruas também invadem as galerias, ateliês, os espaços híbridos e sustentáveis que o formam num conjunto que dá vida ao projeto, e vice versa.  Já foram realizados pocket shows, exposições, cortejos, espetáculos, oficinas e encontros dentro e fora de ateliês e galerias, possibilitando ao público em geral conhecer os vários estabelecimentos de arte e cultura e também as ruas por onde andam e se encontram nos bairros da Cidade Velha, Campina e Reduto.

É pública e urbana

Dentro deste pensamento, já foram realizados pocket shows, exposições, cortejos, espetáculos, oficinas e encontros dentro e fora de ateliês e galerias, possibilitando ao público em geral conhecer os vários estabelecimentos de arte e cultura e também as ruas por onde andam e se encontram nos bairros da Cidade Velha, Campina e Reduto.

Outras iniciativas neste sentido já foram realizadas em Belém, como o projeto R.U.A. (Rota Urbana pela Arte), que em 2013 trouxe ao bairro da Cidade Velha, a experimentação da cidade como local de encontros e percepções. Além de modificar o cenário de alguns pontos do bairro, com pinturas em grafite retratando personagens da cultura, da religiosidade e da histórica da Cidade Velha, o projeto tendia ao resgate de histórias passadas de geração a geração pelos moradores.

A intervenção urbana foi organizada por vários artistas, entre eles, a Artista visual Drika Chagas, que tem um ateliê no centro histórico e é uma das parceiras do Projeto Circular. É ela que, mais uma vez, está responsável por mobilizar o coletivo “10Pintados”, que já trabalha desde o mês de março e vai estrear na nossa 11ª Edição do Circular Campina Cidade Velha. 

Quando você circular pelo bairro da Cidade Velha seja neste domingo, 17, ou em outros dias, verá o trabalho de dez artistas visuais locais, que se expressam e experimentam a arte como tradução de seus sentimentos e pensamentos. Saiba quem são e onde encontrá-los:

Os 10Pintados:

Antônio Maurity - Multi-artista: ilustrador, artista plástico, figurinista, visagista, stylist, multimídia. Atua na área de cinema, televisão, publicidade, teatro, espetáculos e galerias virtuais. Em seus trabalhos, usa técnica com sharpie (marcadores permanentes) e resíduo de cola sobre madeira.
Coletivo Cosp Tinta - É uma CREW de grafite que atua em Belém desde 2005. Fazem suas intervenções nos muros da capital, do interior e fora do estado também. Os integrantes atualmente são: George, Edpaulo, Fábio Graf, Bokão, Rog e Mina Ribeiro. Utilizam as latas de spray para expressar sua arte e a cidade.

Drika Chagas - Artista visual, com poética ligada à linguagem da Arte Urbana. Iniciou sua carreira em 2009 e desde então tem sua produção presente nas ruas e galerias brasileiras e do exterior. Realiza mural com técnicas em spray e stencil, além de outros trabalhos com nanquim e aquarela e participou da 3ª edição da Bienal Internacional Graffiti Fine Art.

Éder Oliveira - Artista que tem já tem alguns murais no bairro Cidade Velha, são retratos do homem amazônico e sua identidade. É licenciado em educação artística e pintor por ofício, e desde 2004 vem desenvolvendo suas experimentações nessa técnica e temática. Já participou de exposições na 31ª Bienal de Artes de São Paulo, várias aqui no Pará e no exterior também.

Igor Felipe – Artista que trabalha técnicas de stencil, spray e tinta gauche. Seu trabalho “Casas Flutuantes” foi premiado no 23º salão de arte CCBEU “Primeiros Passos”. É membro da Crew CRC desde 2013 e atualmente é artista residente do Ateliê 497B.

Luiz Júnior - Pintor profissional de tipografia naval, desenvolve sua arte singular e característica, desde seus 14 anos de idade, na região do Porto do Sal, em Belém. Já participou de várias exposições na capital, no Ateliê 397 em São Paulo e em ocupações promovidas pelo projeto Aparelho. Junior participa do projeto de pesquisa “Letras que Flutuam”, contemplado no Programa Amazônia Cultural do MINC, que realiza ciclos de exposições, conferências e oficinas no país.


Nega Suh - Artista que busca valorizar a estética negra a partir de um viés político e social de militância, arte e envolvimento com as comunidades de periferia, centro e quilombos da cidade. Iniciou na arte em 2006 através do artesanato e logo passou a desenvolver também sua técnica de grafite. Arte educadora, artesã, grafiteira, articuladora e militante do movimento de mulheres negras, e diversos movimentos sociais.

Pablo Mufarrej - Artista e professor. Desenvolve trabalhos que têm o vestígio, o fragmento e a apropriação como motes para investigações poéticas nas mais variadas técnicas, suportes e espaços. Já participou de diversas exposições coletivas no Brasil e exterior. Vai fazer um mural para o projeto 10Pintados na Cidade Velha com suas experimentações poéticas e fluídas.

PP Condurú - Decidiu que seria artista plástico e desde a adolescência passou a estudar desenho e pintura por conta própria. Desenvolveu sua técnica e experimentação em pintura, tela, desenho, gravuras. Morou no Rio de Janeiro e São Paulo em busca de outras linguagens e em Belém pesquisa a arte e materiais da região amazônica, traços e raízes. Também trabalha com computação gráfica, utilizando essa plataforma para desenhar, pintar, editar vídeos-arte, artes gráficas. É artista e designer do projeto.

Véronique Isabelle - artista canadense que vive em Belém desde 2009. Faz doutorado em Antropologia na UFPA e paralelamente desenvolve seu trabalho artístico na pintura, fotografia, instalações, etc. Participou ativamente do coletivo do Atelier do Porto entre 2010 e 2013 e já fez diversas exposições individuais e coletivas, desde 2005, no Canadá, França e Brasil. 

Novas adesões nesta edição

A Associação de Biólogos no Pará propõe sua participação com a mostra “Resíduos sólidos na cidade de Belém” e Exposição Coletivo Jovem de Meio Ambiente sobre energia solar, reciclagem, reutilização e empreendedorismo sustentável. Assuntos que estão na ordem do dia. 

Tem  a estreia da Galeria Elétrica, com a exposição “Diagrama”, reunindo obras de trinta artistas brasileiros que participaram das exposições do Xumucuís. O espaço é um porão situado na Trav. Frutuoso Guimarães, no Bairro da Campina, com suas mais de 30 lojas voltada ao comércio de eletroeletrônica em meio ao caos do Centro Comercial.

Também chega junto a Genuína Cachaça Com Jambu, que fará degustações e terá exposição de leques Lá Fiuza e artesanatos, além de nos apresentar o Projeto Multicor, com Nean Galuccio e Silvinha Tavares. 

Atelier do Zoca
Outro parceiro novo, o Ateliê Zoca abre suas portas para mostrar sua produção, e o ateliê da Drika, nos traz o projeto “10Pintados”, uma intervenção urbana reunindo 10 artistas visuais, que se expressam e experimentam a arte nos muros da Cidade Velha.

A Casa Oiam, também estreante no Circular, chega com muitas conversas e mostras, como a SIMBIOSE, uma roda de conversas de negócios, que propõe um olhar sobre como uma associação entre os seres vivos pode beneficiar uns aos outros. O dia, na casa, é extenso e inclui outras exposições, muito papo e som num quintal aconchegante.

A Belchior Escola de Beats não é estreante, mas traz novidades. Nos apresenta uma casa com sistema de coworking que reúne uma agência de comunicação, um estúdio de fotografia e um Restaurante/Pub, o Capitu, além da escola de beats, aliando tudo isso a uma saída. 

No Casulo Cultural, a novidade será a aula inaugural da oficina de desenho com modelo vivo, com a artista Renata Maués. Mas também tem contação de histórias e um super over bazar com muita coisa bacana.

O Centro Cultural do Carmo, chega sob nova direção e propõe uma grande feira de artesanatos e produtos originais, além de musica em vinil com DJs, oficina de capoeira e dança para as crianças que vivem no entorno do Largo do Carmo, o coração pulsante da Cidade Velha.

O Fábrika Studio está de volta ao Circular, com pocket shows das bandas Meio Amargo, Antes do Erro, Blind for Giant e Netos do Velho. A Rádio Web Idade Mídia, faz um ato lembrando o marco em 17 de abril, o dia do Massacre em Eldorado dos Carajás, com uma Ação de Comunicação e Educação junto ao MST.

A novidade do Sistema Integrado de Museus, entre outras programações, será a Contação de história – “O Conto que te Conto – Contos Populares Portugueses”, no MAS – Museu de Arte Sacra, às 10h30, e a estreia do projeto Cinema no MEP, que exibirá às 11h, o documentário “A Fotografia Oculta de Vivian Maier”. 

A curadoria é de Ismaelino Pinto, jornalista e crítico da Associação Brasileira de Críticos de Cinema do Brasil (ABRACINE) e Associação de Críticos do Pará. Haverá bate papo com Marco Antonio Moreira, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará, da cineasta Jorane Castro, representando a escola da  cinema da Universidade Federal e da galerista Makikó Akao, gestora do Projeto Circular.

Os veteranos

Fábio Vermelho, estará no Espaço Oficina Assim
O projeto ROTEIRO GEO-TURÍSTICO faz o roteiro do bairro da Campina, um dos assntos da Revista Circular, e o Sinhá Pureza volta à programação, em novo endereço e propostas, agora no bairro da Cidade Velha. 

Além disso, há também muita coisa pra acontecer na Associação Fotoativa com seu Casarão de Portas Abertas, encerrando o domingo com música, que desta vez contará com apresentação do músico Delcley Machado.

O Aparelho – Ocupação Artística No Porto Do Sal inicia o dia com uma concentração no Mercado do Porto do Sal (palhaçarias, cirandas e cafés) e segue diverso durante todo o período. Tem comidinhas no Bar do Rubão, no restaurante Dona Joana, no J Lanches e na Tapiocaria da Dona Cléia, além dos espaços que oferecem sabores e quitutes incríveis pra matar a fome de quem ama a arte.

O Bike Tour do Coletivo Pedal Corujão se mantém firme no Circular, com duas saídas da Rua Carlos Gomes em frente ao Prédio Peixoto (loja Vivian Bike), 8h e às 16h. E a Da Tribu mais uma vez nos contempla com programação de cultura e economia criativa reunindo histórias, música, feiras de produtos orgânicos, yoga e massagens na lage. A Eco-Casa participa de mais uma edição com mostras de produtos de moda, beleza e gastronomia sustentável feita com ingredientes orgânicos e programação cultural.

A Elf Galeria traz mostra de acervo da galeria e a exposição: A Carne da Imagem: Pequenos Formatos, com pinturas do artista visual Ricardo Perufo Mello. 

O Espaço Cultural do Banco da Amazônia abre com a exposição “Essa é Você”, da artista Elisa Arruda, e lançamento do catálogo da mostra. 

O Espaço Cultural Valmir Bispo Santos traz atividades gourmet e exposições. O Espaço Oficina Assim abre sua cozinha e conta com a participação do artista Fábio Vermelho.

O Instituto Iacitata traz a culinária tradicional amazônica e produtos orgânicos, além de oficina de fotografia, com Rao Godinho. 

A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos abre com café da manhã e realização de missa em latim, e a Kamara Kó Galeria abre com o “Fluxo”, exposição retrospectiva de Alberto Bitar que tem como seleção inicial obras que estiveram na 30a Bienal de São Paulo em 2012, até trabalhos mais recentes, como imagens da série Imêmores (voos) de 2014 e da série Súbita Vertigem, de 2015.

No Mabe – Museu de Arte de Belém, o público é convidado à exposição “Um olhar contemporâneo na arte do Pará”, comemorativa do aniversário de 400 anos de Belém, reunindo obras de artistas paraenses, pertencentes ao acervo do MABE e colecionadores. Além da exposição “Janelas do Passado, Espelhos do Presente”.

Serviço
11ª Edição Circular Campina Cidade Velha – Dia 17 de abril, das 8h às 20h, em diversos espaços dos bairros da Campina, Cidade Velha e Reduto. Programação completa no www.projetocircular.com.br. Mais informações: https://www.facebook.com/ocircular/ @circularcampinacidadevelha e #vemcircularbelem. Acesse também pelo aplicativo Circular Mobile (Google Play) e assista o Canal Circular Campina Cidade Velha no Youtube.

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