26.10.16

Nego Jó e Cais Virado na cena cultural do Reduto

Nego Jó mostra, nesta quinta, 27, o show “E aí, negão?”, com repertório do CD homônimo, acompanhado por Tiago Belém (bateria), Augusto Castro ('Baboo' - baixo ) Michael (guitarra). Nego Jó, no Trombone, também assume o sintetizador). Na sexta, 28, entra na cena a banda Cais Virado, que apresentará músicas de EPs já lançados e inéditas que farão parte do CD, a ser lançado até o final deste ano. 

Pianista popular, arranjador, compositor e também produtor musical, Nego Jó já gravou e tocou com vários artistas renomados, como Sandra de Sá (show), Billy Blanco (DVD), Nosso Tom (DVD), Mundo Mambo (Shows e Cd), Almirzinho Gabriel (CD’s), Banda Calipso (DVD), Manoel e Felipe Cordeiro (shows), Hamileto Stamato (shows), Ney Conceição (shows), Rafael Lima (shows), dentre outros. 

Em “E Aí, Negão”, o primeiro CD autoral da sua trajetória na música instrumental pop, a proposta é colocar o trombone em evidência. "Colocamos o balanço, o groove, solos empolgantes e bastante performance no palco. Passamos por estilos musicais já consagrados como o Rock, Black music, Reggae, Skar e um pouco de regionalismo apimentando tudo isso", enfatiza Nego Jó.

Vale ressaltar o virtuosismo e trabalho desenvolvido pelo músico que é Bacharel em trombone pela Universidade do Estado do Pará (2005) e Pós graduando em Arte e Educação pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI). Integrante da Amazônia Jazz Band e trombonista integrante do Projeto Social “Jovens Talentos”, ministrando aulas no interior do Estado (PA).

Um esquenta pro lançamento do CD

Já, a Cais Virado, formada em dezembro de 2012, reúne uma multiplicidade de referências dentro do universo da música popular autoral. Em suas canções com letras poéticas, o grupo transita desde a guitarrada e rock à multifacetada música africana. 

O nome da banda remete à relação de negação e afirmação entre Belém e os rios que a circundam. Cais também sugere a ideia da fluidez dos rios, a qual tem surgido na composição das canções. 

O CD Cais Virado chega com dois anos de muito planejamento, mas de acordo com o guitarrista Bruno Rabelo, o trabalho vai sair do jeito que eles queriam. Será o primeiro registro em formato físico e digital, que sairá pelo selo Ná Music, com produção do guitarrista Félix Robatto.

“Fazer um disco requer um cuidado muito especial. Principalmente se a própria banda participa da sua feitura em todas as etapas. A gente é bem detalhista. Então chamamos o Félix, mas boa parte da concepção sonora já estava definida. Ele veio pra somar nas gravações da Keila, nas vozes, e auxiliar nas timbragens e mix”, diz Bruno Rabelo. Neste meio tempo a banda Cais Virado ficou um tempinho fora do circuito, mas vem fazendo pequenas apresentações, mais recentemente, num esquenta para o lançamento do disco. 

Pequeno, o quintal da Casa do Fauno traz boas plateias
“Resolvemos que íamos ficar concentrados no disco e não tocar ao vivo. A demora na feitura se deu principalmente porque o disco foi gravado em muitas etapas. 

A gente fez gravações em locais e momentos diferentes. As baterias no Estúdio do Na Figueredo. Guitarras eu gravei em casa. Vozes e baixo no StudioZ. Então realmente foi um processo longo. Mas formalmente encerramos e estamos prontos pro lançamento”, define o guitarrista, que é ex-membro da banda Cravo Carbono, e já integrou a banda base de Mestre Vieira, o criador da guitarrada. 

A banda traz ainda, na bateria, Raniery Pontes (ex-Delinquentes), que experimenta novos ritmos com vigor de um aficionado por metal matemático e música eletrônica. No contrabaixo, Príamo Brandão, músico de carreira consolidada, tendo participado inclusive da última edição  do elogiado espetáculo Terrua Pará em 2013. E Keila Monteiro, vocalista e principal letrista, uma artista que transita no rock experimental, no punk e na pesquisa acadêmica em música. Integra também o grupo lítero-musical Coisa de Ninguém.

O quarteto disponibiliza desde 2013 uma série de canções na internet, como os singles Sobrenome (2013), Zouk/lambada, experimental; “Mal Moderno (2013), inspirada nas levadas africanas de Thomas Mapfumo; “Sem Ilhas”, guitarrada influenciada pelo soukous congolês; “Com Lírios...” lambada com influências do Ijexá, cuja letra versa sobre um relacionamento conflituoso (inspirada na letra “À Beira do Pantanal”, de Raul Seixas), e “Farol Velho", um  instrumental  com influências afro, sons reverberados  e  carimbó estilo Pinduca.

Serviço
"E aí, negão", com Nego Jó. Nesta quinta-feira, 27 de outubro, às 22h e Cais Virado, nesta sexta-feira, 28. Os shows na Casa do Fauno acontecem todas as quintas e sextas feiras, sempre a partir das 22h, com entrada a R$ 10,00. Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa. Couvert R$ 10,00. Estacionamento ao lado - R$ 10,00 - a noite toda. Mais informações: 91 98134.7719 e 3088.5858.

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