13.12.16

Poeta João de Jesus Paes Loureiro lança "A Loba"

Em parceria com a Edições do Escriba, de Marcílio Vosta e Antonio Mou, o livro  "A Loba", de João de Jesus Paes Loureiro ganha noite de lançamento, nesta terça-feira, 13, a partir das 19 horas, na Sala das Artes do MEP – Museu Histórico de Belém – Praça D. Pedro II – Cidade Velha – Centro Histórico de Belém. Entrada franca.

Por Egídio Salles Filho e Paulo Fonteles Filho

A Comissão da Verdade traz à luz do presente, por meio desta publicação, um passado de trevas, a ditadura militar, que assolou por 21 anos o nosso país. Um passado que é preciso ver e compreender para que não renasça em nossas vidas.

Melhor ainda poder fazer isso através da arte, parceira histórica da liberdade, por meio deste belo poema de João de Jesus Paes Loureiro, que versa sobre o golpe de 1964, fato e época em que o autor sentiu na própria carne os sanguinários dentes da loba, que dá título ao trabalho. Isto, hoje, num momento delicado de nossa história em que a loba parece querer rondar novamente nossas casas. Portanto, a publicação deste texto lapidar adquire também um caráter, ao mesmo tempo, factual e simbólico de combate e defesa em favor da democracia.

“Dessa intercorrência entre real e imaginário nasce o poema A Loba.  Poesia temática rigorosa contendo uma sequência moral e busca de justiça, imantada pelo desejo de liberdade para poder celebrar o esplendor da vida. Unidade entre consciência e sentimento. 

É o poema do tempo de uma temporalidade loba do tempo, devoradora da alegria, do sonho, da juventude, da solidariedade, da utopia, da felicidade e da dignidade do ser. Um poema contra o tempo da loba para fazer o tempo da poesia renascer”. João de Jesus Paes Loureiro

Em parceria com a Edições do Escriba, esperamos que tal iniciativa ajude a levar ao público leitor uma nova carga de consciência e respeito pelo sistema democrático e, consequentemente, o repúdio por toda e qualquer forma de autoritarismo, obscurantismo e violência que tal forma acarreta.

Adentremos então este belo e rico poema, que, em suas várias camadas significativas, como a histórica e a sociológica, mantem-se também firme no campo da estética, com sua composição sinfônica, em que o ritmo da escrita ora alegro, ora adágio, ora andante, leva o leitor por uma viagem de beleza e perigo através de um tempo que deve permanecer no passado.

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