10.9.17

Cenário musical paraense agora sem Leandro Dias

Foto do mural do facebook do artista
“Quando nos deixa um passarinho.../ parece que todas as árvores choram / Como lidar com um voo desses?”, escreveu o poeta Vasco Cavalcante, logo após receber a noticia sobre o músico e compositor, que estava internado num hospital em Belém, com um quadro grave, e não resistiu às complicações que sucederam, entrou em coma e faleceu na noite deste sábado, 9, em Belém. Comoção geral entre a classe artística, em especial de parceiros e amigos que convivam e faziam música com ele.

Via Leandro Dias nas rodas de amigos pelo Espaço Cultural Boiúna, o bar do Mário, frequentado por compositores, músicos, artistas e público que curte uma boa música ao vivo, em Belém. 

Estava sempre rodeado de amigos, muito comum era vê-lo sorrindo. Era queridíssimo e deixa a todos nós, desde os mais próximos, aos que como eu, o acompanhando mais de longe, abalados com o sentimento de perda e também com a fragilidade da vida. Nunca nos damos muito conta de que ela pode acabar ou um amigo, como ele, pode partir. Leandro Dias deixa uma obra, muitas homenagens e reconhecimento.  

Leandro respirava música, a contar pela quantidade de parcerias que ele estabeleceu ao longo do tempo. É dono de um repertório sem fim de composições que ele dividiu com Vital Lima, Zé Sequeira, Felipe Cordeiro, Márcia Tauil, Márcio Faria, Paulinho Moura, Cláudia Cunha, Pedro Viana, Delcley Machado, Marcelo Sirotheau, Floriano Santos e Jorge Andrade, além de Ziza Padilha e Dayse Addário, entre outros. 

Foto: Bruno Pellrrin
Foi também interpretado por vários cantores e cantoras, como Andréa Pinheiro, Alba Maria, Olivar Barreto, Livia Rodrigues, Patrícia Rabelo, Patrícia Bastos, Pedrinho Cavalléro, Fábio Cadore (SP), Karina Ninni (SP), Anny Lima e Arthur Nogueira, entre outros. Fica ainda muito a se dizer sobre seu legado, parceiros, projetos, shows, enfim, de inegável importância para o cenário autoral poético, representado na capital paraense.

Autodidata, o compositor e violonista já tocava desde criança, quando já tirava canções de Dori Caymmi, Chico Buarque, Joyce, Guinga, entre outros.  Melodista, escritor de poemas e letras de música, aos 17 anos foi premiado com Melhor Letra no Festival da Assembléia Legislativa do Pará (2001), com a música Flor do Cais. Muitos outros prêmios vieram a seguir.

Foto do mural do facebook do artista
Com a música “Emaranhado”, feita em parceria com Felipe Cordeiro, Leandro arrematou o primeiro lugar no SERVIFEST (Festival do Servidor Público do Pará, 2003) e o terceiro lugar no IBM e-FESTIVAL, organizado pelo crítico musical Zuza Homem de Melo. 

Ele também teve canções premiadas nos festivais de Ourém (2002, 2004, 2007, 2010), Festival da Unama (2003), Servifest-PA (2004), Bragança-PA (2004), Festival do Meio do Mundo-AP (2007), Castanhal-PA (2008). Fonte: http://leandrocardosodias.blogspot.com.br/p/release.html.

Um pouco da obra do violonista e compositor

2 comentários:

Anônimo disse...

Faltou os principais nomes que revelaram o Leandro no mundo da música.Ziza Padilha e Dayse Addário.

Holofote Virtual disse...

grata pela informação. já a incluí :)